ATA DA VIGÉSIMA OITAVA SESSÃO ORDINÁRIA DA PRIMEIRA
SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA DÉCIMA QUARTA LEGISLATURA, EM 25-4-2005.
Aos vinte e cinco dias do mês de abril de dois mil e
cinco, reuniu-se, no Plenário Otávio Rocha do Palácio Aloísio Filho, a Câmara
Municipal de Porto Alegre. Às quatorze horas, foi realizada a chamada, sendo
respondida pelos Vereadores Adeli Sell, Aldacir Oliboni, Bernardino
Vendruscolo, Carlos Comassetto, Carlos Todeschini, Dr. Goulart, Elias Vidal,
Elói Guimarães, Ervino Besson, Haroldo de Souza, Luiz Braz, Manuela d'Ávila,
Margarete Moraes, Mario Fraga, Mônica Leal, Neuza Canabarro e Sofia Cavedon.
Ainda, durante a Sessão, compareceram os Vereadores Alceu Brasinha, Claudio
Sebenelo, Clênia Maranhão, Ibsen Pinheiro, João Antonio Dib, João Carlos Nedel,
Márcio Bins Ely, Maria Celeste, Maristela Maffei, Maurício Dziedricki, Nereu
D'Avila, Paulo Odone, Professor Garcia, Raul Carrion, Sebastião Melo e Valdir
Caetano. Constatada a existência de quórum, o Senhor Presidente declarou abertos
os trabalhos e determinou a distribuição em avulsos de cópias das Atas da
Vigésima Quinta e Vigésima Sexta Sessões Ordinárias e da Quinta Sessão Solene
que, juntamente com a Ata da Quarta Sessão Solene, foram aprovadas. À MESA,
foram encaminhados: pelo Vereador Ervino Besson, o Pedido de Providências nº
816/05 (Processo nº 2583/05); pelo Vereador João Carlos Nedel, os Projetos de
Lei do Legislativo nos 113 e 114/05 (Processos nos 2477 e
2478/05, respectivamente); pelo Vereador José Ismael Heinen, o Pedido de
Informações nº 101/05 (Processo nº 2506/05); pela Vereadora Margarete Moraes, o
Pedido de Informações nº 099/05 (Processo nº 2470/05); pela Vereadora Neuza
Canabarro, as Indicações nos 031, 034 e 035/05 (Processos nos
2555, 2586 e 2587/05, respectivamente). Após, foi apregoado o Memorando nº
079/05, firmado pelo Vereador Elói Guimarães, Presidente da Câmara Municipal de
Porto Alegre, por meio do qual Sua Excelência informa que o Vereador Maurício
Dziedricki representou externamente este Legislativo no Congresso Internacional
Transdisciplinar Ambiente e Direito – CITAD – e no VIII Seminário de Direito
Ambiental, realizados do dia dezenove ao dia vinte e um de abril do corrente,
na Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul – PUCRS. Também, foi apregoado
o Memorando nº 081/05, firmado pelo Vereador Elói Guimarães, Presidente da
Câmara Municipal de Porto Alegre, por meio do qual Sua Excelência informa que o
Vereador João Carlos Nedel se encontra representando externamente este
Legislativo na solenidade de posse do Desembargador Ubirajara Mach de Oliveira,
realizada hoje no Plenário Ministro Pedro Soares Muñoz do Tribunal de Justiça
do Estado do Rio Grande do Sul, em Porto Alegre. Do EXPEDIENTE, constaram os
Ofícios nos 021/05, do Vereador Sérgio Luiz Giovanela Knopf,
Presidente da Câmara Municipal de Mormaço – RS; 021/05, do Vereador Jovir
Sérgio Frighetto, Presidente da Câmara Municipal de Dois Lajeados – RS; 028/05,
da Vereadora Elenara Picada Machado da Luz, Presidenta da Câmara Municipal de
Dom Pedrito – RS; 038/05, do Vereador Antão Lindomar Pavoski, Presidente da
Câmara Municipal de Ronda Alta – RS; 136/05, do Vereador José Luiz Frantz,
Presidente da Câmara Municipal de Mostardas – RS. A seguir, foi apregoado
Requerimento de autoria do Vereador João Antonio Dib, solicitando Licença para
Tratamento de Saúde do dia vinte e cinco ao dia vinte e sete de abril do
corrente, tendo o Senhor Presidente declarado empossado na vereança o Suplente
Newton Braga Rosa, informando que Sua Excelência integrará a Comissão de
Economia, Finanças, Orçamento e do MERCOSUL. Em continuidade, o Senhor
Presidente concedeu a palavra, em TRIBUNA POPULAR, aos Senhores Cláudio Renato
Guimarães da Silva, Presidente da Força Sindical do Rio Grande do Sul e
representando a Central Autônoma de Trabalhadores do Rio Grande do Sul, e
Ademir José Wiederkehr, representando a Central Única dos Trabalhadores – CUT,
que abordaram a política econômica hoje vigente no País, ressaltando seus
reflexos sobre o quotidiano da classe trabalhadora. Ainda, destacaram a
importância de ações públicas voltadas à geração de emprego e renda, com o
incentivo à pequena e média empresa, e discutiram a Proposta de Emenda à
Constituição nº 369/2005, em tramitação no Congresso Nacional, que propõe
modificação na organização sindical brasileira. Na ocasião, nos termos do
artigo 206 do Regimento, os Vereadores Raul Carrion, Dr. Goulart, Luiz Braz,
Newton Braga Rosa, Carlos Todeschini e Sebastião Melo, manifestaram-se acerca
do assunto tratado durante a Tribuna Popular. Também, o Senhor Presidente
registrou a presença dos Senhores José Luis, Presidente da Associação
Profissional dos Trabalhadores em Empresas de Comércio e Exploração de Jogos de
Bingo e Jogos Afins do Estado do Rio Grande do Sul – ASTRABIN; Nilton Souza da
Silva, Presidente do Sindicato dos Comerciários de Porto Alegre; e Atos Motta,
Presidente do SINDICARGA; e da Senhora Eunice, Presidenta da Associação dos
Aposentados. Ainda, convidou a todos para a Sessão Solene a ser realizada nesta
Casa, no dia vinte e oito de abril do corrente, às dezoito horas e trinta
minutos, em homenagem ao Dia do Trabalhador. Às quatorze horas e trinta e sete
minutos, os trabalhos foram regimentalmente suspensos, sendo retomados às
quatorze horas e quarenta minutos, constatada a existência de quórum. A seguir,
foi iniciado o GRANDE EXPEDIENTE, tendo o Senhor Presidente informado que,
durante esse período, seria realizada homenagem ao transcurso do qüinquagésimo
aniversário da Agência Farrapos do Banco do Brasil. Compuseram a Mesa: o
Vereador Elói Guimarães, Presidente da Câmara Municipal de Porto Alegre; o
Senhor Clairton Belém da Silva, Gerente da Agência Farrapos do Banco do Brasil;
o Senhor Nilvo Reinoldo Fries, Superintendente Regional do Banco do Brasil de
Porto Alegre; e o Vereador Adeli Sell, como Secretário “ad hoc”. Em GRANDE
EXPEDIENTE, o Vereador Adeli Sell enfatizou a importância da Agência Farrapos
do Banco do Brasil para o desenvolvimento da região do IV Distrito de Porto
Alegre, citando programas dessa instituição, de apoio a pequenos e médios
empreendimentos. Nesse sentido, lembrou projeto de microcrédito a vendedores
ambulantes e parcerias efetivadas com o Governo Municipal, para implantação de
telecentros destinados à inclusão digital de grupos carentes da população. Na
ocasião, o Senhor Presidente registrou as presenças, como extensão da Mesa, dos
Senhores Evair Camargo e Ademir José Wiederkehr, representando o Sindicato dos
Bancários de Porto Alegre. Após, o Senhor Presidente concedeu a palavra ao
Senhor Clairton Belém da Silva, que agradeceu, em nome da Agência Farrapos do
Banco do Brasil, a homenagem hoje prestada por este Legislativo com referência
ao transcurso dos cinqüenta anos dessa instituição. Às quatorze horas e
cinqüenta e sete minutos, os trabalhos foram regimentalmente suspensos, sendo
retomados às quatorze horas e cinqüenta e nove minutos, constatada a existência
de quórum. Em GRANDE EXPEDIENTE, o Vereador Sebastião Melo, analisando questões
atinentes ao sistema tributário brasileiro, denunciou a ocorrência de evasão
fiscal no pagamento dos impostos que integram contratos de “leasing” para
aquisição de veículos em Porto Alegre. Ainda, solicitou providências da
Secretaria Municipal da Fazenda, para que seja averiguado esse assunto e
cobrados os valores devidos, viabilizando, dessa forma, recursos à prestação de
serviços e realização de obras públicas na Cidade. Em prosseguimento, o Senhor
Presidente registrou a presença de alunos e dos professores Paulo Guerra,
Alexandra Amarante, Aline Amarante, Monalisa da Luz, Miriam Schenkel, Andreza
Azevedo, Andrea Uranga, Cristina Rangel e Helen Macedo, da Escola de Ensino
Fundamental Desenvolver, presentes a este Legislativo para participarem do
Projeto de Educação Política desenvolvido pelo Memorial desta Casa. A seguir,
foi iniciado o período de COMUNICAÇÕES, hoje destinado a homenagear o Senhor
Cláudio Damazio Pacheco, coordenador da Festa do Ridículo, nos termos do
Requerimento nº 066/05 (Processo nº 1312/05), de autoria do Vereador Ervino
Besson. Compuseram a Mesa: o Vereador Elói Guimarães, Presidente da Câmara
Municipal de Porto Alegre; a jornalista Vera Armando; o Senhor Cláudio Damazio
Pacheco, Homenageado; e o Vereador Ervino Besson, Secretário “ad hoc”. Em
COMUNICAÇÕES, o Vereador Ervino Besson discorreu sobre a trajetória
profissional do Senhor Cláudio Damazio Pacheco, destacando sua atuação como
músico e divulgador da cultura tradicionalista gaúcha. Ainda, reportou-se ao
evento conhecido como “Festa do Ridículo”, promovido pelo Homenageado e afirmou
ser essa festa hoje nacionalmente conhecida, a qual atrai turistas oriundos de
todas as regiões do País, gera recursos e valoriza a comunidade do Bairro Belém
Novo. O Vereador Mário Fraga parabenizou o Vereador Ervino Besson pela
iniciativa de propor a presente homenagem ao Senhor Cláudio Damazio Pacheco,
lembrando ter proposto homenagem semelhante por ocasião da comemoração dos
quinze anos da Festa do Ridículo. Além disso, mencionou o apoio dado a esse
evento por parte de assessores de seu gabinete e justificou que a Festa do
Ridículo tem importância não só para a Zona Sul de Porto Alegre, mas também
para todo o Rio Grande do Sul. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, o Vereador Carlos
Comassetto saudou o Senhor Cláudio Damazio Pacheco, lembrando a participação do
Senhor Paulo Pacheco, pai do Homenageado, em movimentos por melhorias no Bairro
Belém Novo. Também, elogiou a atuação do Senhor Cláudio Damazio Pacheco, como
representante de Porto Alegre em eventos culturais no exterior, frisando a
importância da difusão da cultura como instrumento de construção de uma
sociedade mais justa e igualitária. A seguir, o Senhor Presidente concedeu a
palavra ao Senhor Cláudio Damazio Pacheco e à Senhora Vera Armando, que
destacaram a importância da homenagem hoje prestada por este Legislativo. Às
quinze horas e trinta e oito minutos, os trabalhos foram regimentalmente
suspensos, sendo retomados às quinze horas e quarenta minutos, constatada a
existência de quórum. Em COMUNICAÇÕES, o Vereador Luiz Braz questionou a compra
de um incinerador de lixo, realizada pela Prefeitura Municipal de Porto Alegre
em mil novecentos e noventa e um, alegando ter havido irregularidades nessa
transação, que prejudicaram Porto Alegre. Nesse sentido, questionou o paradeiro
de documentos da Comissão Parlamentar de Inquérito constituída na época para
averiguar essas denúncias e registrou ter solicitado providências à Mesa
Diretora sobre o assunto. Em continuidade, o Senhor Presidente informou ter
determinado à Diretoria Legislativa a localização do Requerimento nº 142/91
(Processo nº 1220/91) e do Projeto de Resolução nº 048/91 (Processo nº 2680/91)
e o Vereador Luiz Braz formulou Requerimento verbal, solicitando informações
acerca do resultado de sindicância realizada nesta Casa para apurar o
desaparecimento dos referidos Processos. A seguir, a Vereadora Maristela Maffei
formulou Requerimento verbal, solicitando cópia das notas taquigráficas do
pronunciamento do Vereador Luiz Braz em Comunicações, tendo os Vereadores Luiz
Braz, Carlos Comassetto e Raul Carrion se manifestado e o Senhor Presidente
prestado esclarecimentos sobre o assunto. Em COMUNICAÇÕES, o Vereador Maurício
Dziedricki comentou levantamento realizado pela Brigada Militar, segundo o qual
a maioria dos guardadores de carro do Bairro Cidade Baixa tem antecedentes
criminais, informando denúncias de irregularidades constatadas nesse Bairro.
Também, sugeriu que a Comissão de Defesa do Consumidor e Direitos Humanos
analise esse tema, argumentando que devem ser encontradas soluções práticas
para essa situação. O Vereador Sebastião Melo elogiou o trabalho da Secretaria
Municipal de Saúde, frisando o mutirão para realização de cirurgias pendentes e
a descentralização na distribuição de medicamentos. Ainda, considerou a
importância da transferência da atividade econômica do Cais do Porto para o
Cais Navegantes e, finalizando, discutiu criticamente o Projeto de Emenda à Lei
Orgânica nº 007/05, de autoria do Vereador Aldacir Oliboni, que veda a prática
de nepotismo no Município. Em continuidade, foi apregoado o Ofício nº 193/05,
do Senhor Prefeito Municipal de Porto Alegre, informando sua ausência do
Município nos dias vinte e dois e vinte e três de abril do corrente. Em
COMUNICAÇÕES, o Vereador Adeli Sell discursou sobre as propostas de alterações
na orla do Lago Guaíba, apresentando vantagens que essas mudanças poderão
trazer às áreas de turismo. Além disso, defendeu que a Fundação de Assistência
Social e Cidadania recolha moradores de rua que têm problemas com drogas ou
criminalidade e exclamou que deve ser encontrada uma solução para a situação do
Bairro Cidade Baixa, tendo em vista os índices de criminalidade desse local. Em
PAUTA, Discussão Preliminar, estiveram: em 1ª Sessão, os Projetos de Lei do
Legislativo nos 185/04, 066 e 099/05, este discutido pelo Vereador
Carlos Comassetto, o Projeto de Lei Complementar do Legislativo nº 012/05, os
Projetos de Resolução nos 079, 084 e 085/05; em 2ª Sessão, os
Projetos de Lei do Legislativo nos 092 e 104/05, o Projeto de
Resolução nº 081/05; em 3ª Sessão, os Projetos de Lei do Legislativo nos
003/01, discutido pelo Vereador Ervino Besson, 004/01, discutido pelos
Vereadores Sebastião Melo e Ervino Besson, 189 e 238/04, 024, 085 e 094, 096,
098 e 089/05, este discutido pela Vereadora Mônica Leal, os Projetos de Lei do
Executivo nos 001/03, 017 e 064/04, este discutido pelo Vereador
Carlos Todeschini, e 065/04, discutido pelos Vereadores Carlos Todeschini e
Sebastião Melo, os Projetos de Resolução nos 072 e 075/05. Em
COMUNICAÇÃO DE LÍDER, o Vereador Newton Braga Rosa comentou a realização, a
próxima quinta-feira, da Frente Empresarial pela Aprovação da Lei do Super
Simples, posicionando-se favoravelmente à criação de facilidades para abertura
de novas vagas no mercado de trabalho. Nesse sentido, apontou as dificuldades
enfrentadas por micro e pequenas empresas para a geração de postos de trabalho,
julgando indispensáveis mudanças no sistema tributário em prol dessas
iniciativas. O Vereador Professor Garcia discursou sobre o Projeto de Lei
Complementar do Legislativo nº 019/05, de sua autoria, que propõe mudanças no
Código Municipal de Saúde, no que se refere à possibilidade de as escolas de
educação infantis do Município adotarem animais de estimação. Com relação ao
tema, justificou que essa proposição tem o objetivo de que as crianças tenham
maior respeito pelos animais, tornando-se, dessa forma, adultos mais sensíveis
e comprometidos com um nível de relacionamento humano mais fraterno. O Vereador
Raul Carrion noticiou a realização de reunião, amanhã, na Comissão de Urbanização,
Transportes e Habitação, para debater a ampliação da pista do Aeroporto
Internacional Salgado Filho e o reassentamento de comunidades do entorno,
afetadas por essa obra, destacando a importância desse projeto para o
desenvolvimento do Rio Grande do Sul. Também, discorreu sobre a necessidade de
que o Governo Estadual se empenhe pela continuidade do Programa Pró-Guaíba. A
Vereadora Clênia Maranhão, replicou as críticas feitas à gestão do Senhor José
Fogaça na Prefeitura Municipal, alegando que as dificuldades atuais se devem às
condições deixadas pelo Partido dos Trabalhadores quando à frente do Executivo
Municipal. Ainda, alegou que o Partido dos Trabalhadores, no Governo de Porto
Alegre, usou imagens de obras em desenvolvimento como instrumento de propaganda
política, e que muitas dessas obras não foram concluídas. Na ocasião, o Senhor
Presidente comunicou a realização de reunião para instalação da Comissão
Especial de Políticas Públicas para a Juventude, hoje nesta Casa, no Salão Adel
Carvalho. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, a Vereadora Neuza Canabarro, referindo-se a
Projeto de sua autoria, que trata da distribuição de medicamentos diretamente
na residência dos pacientes que tenham dificuldades de locomoção, teceu
considerações sobre o êxito de iniciativa semelhante adotada no Estado do Rio
de Janeiro desde março de dois mil e dois e propugnou pela aprovação do
referido Projeto de Lei por esta Câmara Municipal. O Vereador Luiz Braz
manifestou-se acerca do problema dos menores de rua de Porto Alegre, sustentando
que essa situação se agravou nos dezesseis anos em que o Partido dos
Trabalhadores governou o Município e que, durante esse período, não foi criado
nenhum programa especial de atendimento a essa faixa da população. Também,
ressaltou a relevância de que sejam geradas oportunidades de estudo e emprego
às crianças abandonadas, a fim de que elas possam se reintegrar à sociedade. A
seguir, constatada a existência de quórum, foi iniciada a ORDEM DO DIA e
aprovado Requerimento verbal de autoria do Vereador Mario Fraga, solicitando
alteração na ordem de apreciação da matéria constante na Ordem do Dia. Em
Discussão Geral e Votação, foi aprovado o Projeto de Lei do Executivo nº
005/05, por vinte e sete votos SIM, após ser discutido pelos Vereadores
Professor Garcia, Maria Celeste, Ervino Besson, Carlos Comassetto, Luiz Braz,
Claudio Sebenelo, Sofia Cavedon, Sebastião Melo, Clênia Maranhão, Maristela
Maffei, Manuela d'Ávila e Margarete Moraes, em votação nominal solicitada pela
Vereadora Sofia Cavedon, tendo votado os Vereadores Adeli Sell, Alceu Brasinha,
Aldacir Oliboni, Carlos Comassetto, Carlos Todeschini, Claudio Sebenelo, Clênia
Maranhão, Dr. Goulart, Elias Vidal, Ervino Besson, Haroldo de Souza, Ibsen
Pinheiro, João Carlos Nedel, Luiz Braz, Manuela d'Ávila, Márcio Bins Ely,
Margarete Moraes, Maria Celeste, Maristela Maffei, Mario Fraga, Maurício
Dziedricki, Mônica Leal, Neuza Canabarro, Newton Braga Rosa, Paulo Odone, Raul
Carrion e Sebastião Melo e tendo apresentado Declarações de Voto,
conjuntamente, os Vereadores Manuela d'Ávila e Raul Carrion e os Vereadores
Adeli Sell, Aldacir Oliboni, Carlos Comassetto, Carlos Todeschini, Haroldo de
Souza, Margarete Moraes, Maria Celeste, Maristela Maffei e Sofia Cavedon. Na
ocasião, o Senhor Presidente registrou a presença do Senhor Mauro Zacher,
Secretário Municipal da Juventude. Também, foram apregoados documentos de
autoria dos Vereadores Sebastião Melo, Líder da Bancada do PMDB, e Luiz Braz,
Líder da Bancada do PSDB, informando a retirada de representantes,
respectivamente, do PMDB e PSDB, para integrarem a Comissão Especial de
Políticas Públicas para a Juventude. Em seguida, em face de manifestações e
Questões de Ordem formuladas pelos Vereadores Manuela d'Ávila, Sebastião Melo,
Paulo Odone, Maristela Maffei, Carlos Comassetto, Haroldo de Souza e Sofia
Cavedon, o Senhor Presidente prestou informações acerca da inclusão de votos
após a proclamação do resultado da votação nominal do Projeto de Lei do
Executivo nº 005/05. Ainda, em face de Questão de Ordem formulada pelo Vereador
Ibsen Pinheiro, o Senhor Presidente prestou esclarecimentos acerca do resultado
da votação do Projeto de Lei do Executivo nº 005/05. Na oportunidade, foi
aprovada a prorrogação dos trabalhos da presente Sessão, por dezoito votos SIM
e um voto NÃO, em votação nominal solicitada pelo Vereador Ibsen Pinheiro,
tendo votado Sim os Vereadores Adeli Sell, Alceu Brasinha, Carlos Comassetto,
Clênia Maranhão, Dr. Goulart, Elias Vidal, Ervino Besson, Haroldo de Souza,
Ibsen Pinheiro, João Carlos Nedel, Luiz Braz, Márcio Bins Ely, Mario Fraga,
Mônica Leal, Neuza Canabarro, Newton Braga Rosa, Paulo Odone e Sebastião Melo e
Não a Vereadora Sofia Cavedon. Em prosseguimento, o Vereador Sebastião Melo
apresentou o Recurso previsto no artigo 99 do Regimento, contra decisão tomada
pelo Senhor Presidente, que viabilizou a continuidade do processo de votação do
Projeto de Lei do Executivo nº 005/05. Em Discussão Geral, 2ª Sessão, esteve o
Projeto de Emenda à Lei Orgânica nº 004/05, o qual foi discutido pela Vereadora
Sofia Cavedon. Em Discussão Geral e Votação, foi aprovado o Projeto de
Resolução nº 039/04, por vinte e um votos SIM, em votação nominal solicitada
pelo Vereador Carlos Todeschini, tendo votado os Vereadores Adeli Sell, Carlos
Comassetto, Carlos Todeschini, Claudio Sebenelo, Clênia Maranhão, Dr. Goulart,
Elias Vidal, Ervino Besson, Haroldo de Souza, Ibsen Pinheiro, João Carlos
Nedel, Luiz Braz, Manuela d'Ávila, Márcio Bins Ely, Mario Fraga, Mônica Leal,
Neuza Canabarro, Newton Braga Rosa, Paulo Odone, Professor Garcia e Sebastião
Melo. Em Discussão Geral e Votação, foi aprovado o Projeto de Lei do Executivo
nº 004/05, por vinte e um votos SIM, em votação nominal solicitada pelo
Vereador Elói Guimarães, tendo votado os Vereadores Adeli Sell, Alceu Brasinha,
Carlos Comassetto, Carlos Todeschini, Claudio Sebenelo, Dr. Goulart, Elias
Vidal, Elói Guimarães, Ervino Besson, Haroldo de Souza, João Carlos Nedel, Luiz
Braz, Manuela d'Ávila, Márcio Bins Ely, Maria Celeste, Mario Fraga, Mônica
Leal, Neuza Canabarro, Newton Braga Rosa, Professor Garcia e Sebastião Melo. Na
ocasião, em face de Questão de Ordem formulada pelo Vereador Luiz Braz, o
Senhor Presidente prestou esclarecimentos acerca do quórum necessário para a
aprovação do Projeto de Lei do Executivo nº 004/05. Em Discussão Geral e
Votação, foi aprovado o Projeto de Resolução nº 049/05, por vinte e três votos
SIM, em votação nominal solicitada pelo Vereador Adeli Sell, tendo votado os
Vereadores Adeli Sell, Alceu Brasinha, Carlos Comassetto, Carlos Todeschini,
Claudio Sebenelo, Clênia Maranhão, Dr. Goulart, Elias Vidal, Ervino Besson,
Haroldo de Souza, Ibsen Pinheiro, João Carlos Nedel, Luiz Braz, Manuela
d'Ávila, Márcio Bins Ely, Maria Celeste, Mario Fraga, Mônica Leal, Neuza
Canabarro, Newton Braga Rosa, Paulo Odone, Professor Garcia e Sebastião Melo.
Em Discussão Geral e Votação, foram aprovados os Projetos de Resolução nos
048 e 058/05. Às dezenove horas e cinco minutos, constatada a inexistência de
quórum, o Senhor Presidente declarou encerrados os trabalhos, convocando os
Senhores Vereadores para a Sessão Ordinária da próxima quarta-feira, à hora
regimental. Os trabalhos foram presididos pelos Vereadores Elói Guimarães, João
Carlos Nedel e Ervino Besson e secretariados pelo Vereador Luiz Braz. Do que
eu, Luiz Braz, 2º Secretário, determinei fosse lavrada a presente Ata que, após
distribuída em avulsos e aprovada, será assinada pelos Senhores 1º Secretário e
Presidente.
O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): Passamos à
Presentes
o Sr. Quintino Marques Severo, Presidente da CUT; o Sr. Cláudio Renato
Guimarães da Silva, Presidente da Força Sindical do Rio Grande do Sul; e o Sr.
José Alfredo Santos Amarante, Presidente da Central Autônoma de Trabalhadores
do Rio Grande do Sul.
Quero
cumprimentar também as lideranças presentes.
O Sr. Cláudio Renato
Guimarães da Silva, representando a Força Sindical do Rio Grande do Sul e a
Central Autônoma de Trabalhadores do Rio Grande do Sul, está com a palavra para
tratar de assunto relativo ao Dia do Trabalhador, pelo tempo regimental de 10
minutos.
O
SR. CLÁUDIO RENATO GUIMARÃES DA SILVA: Obrigado, Sr. Presidente, lideranças sindicais, Sras
Vereadoras e Srs. Vereadores, para nós, Força Sindical, e falando também em
nome da CAT, é importantíssimo vir aqui hoje, nesta tribuna, agradecer a esta
Casa a homenagem ao Dia do Trabalhador, que teremos no dia 28 do corrente. É
uma homenagem que esta Casa vai prestar a todos os trabalhadores do Brasil, do
Rio Grande do Sul e principalmente aos de Porto Alegre.
Nós,
da classe operária, que estamos passando por vários momentos difíceis, por
várias lutas, vimos à Casa do Povo dizer para os Srs. Vereadores e Sras.
Vereadoras que a atual taxa de juros exercida neste País é insustentável - não
a taxa Selic, que os senhores ouvem falar de 19%, mas a taxa de juros que nós
trabalhadores pagamos, no cartão de crédito, no cheque especial, no crediário
de uma loja. Se a taxa Selic está insustentável, imagine esses juros que nós
pagamos.
Vimos
dizer para os senhores que nós, trabalhadores, com certeza, estamos com muita
dificuldade no que diz respeito ao aumento de emprego nesta Cidade, neste
Estado e neste País. Além dos juros, há a carga tributária que o Brasil, que o
Rio Grande do Sul vêm impondo às pequenas empresas, às geradoras de emprego neste
País, e falamos e defendemos as pequenas empresas. Somente um dado para os
senhores: o setor do comércio, onde existem 589 mil empresas, 568 mil empregam
de 4 a 20 trabalhadores. Esses são os que geram empregos, e esses são os que
mais pagam impostos municipais, estaduais e federais.
Então,
nesse 1º de maio, as centrais sindicais, principalmente a Força Sindical,
estamos com a bandeira de mais empregos, menos impostos, menos juros, e redução
da jornada de trabalho. Achamos, provamos, e temos convicções de que, se nós
reduzirmos a jornada de trabalho neste País, provavelmente nós vamos dar um
grande passo para a empregabilidade da mão-de-obra brasileira. Não adianta nós
vermos dinheiro sendo posto em empresas que não geram lucro; o lucro que nós
queremos é o lucro do emprego, o lucro que nós queremos é o lucro do bem
social, e o bem social nós vamos conseguir.
A
dignidade do cidadão nós vamos conseguir é dando trabalho para ele; ninguém
quer esmola, ninguém quer nada dado. Nós queremos o direito sagrado do
trabalho, o direito sagrado de exercer nossa profissão, o direito sagrado de
exercer a nossa função, de ser remunerado para isso.
Por
isso, é importante essa homenagem que a Câmara de Vereadores presta, no dia 28,
à classe operária.
Por
isso, são importantes as manifestações que as centrais sindicais estão fazendo
no Brasil inteiro. A nossa Central está fazendo o 1º de maio aqui no Rio Grande
do Sul, em Porto Alegre, no domingo, no Araújo Viana. Estendemos o convite a
todos os senhores Vereadores e senhoras Vereadoras que quiserem se fazer
presentes. Vamos fazer um 1º de maio, com muito show, com muita festa e muita reivindicação para baixar o imposto,
para baixar os juros e para baixar a carga tributária.
Para
encerrar, nós vamos pedir a todos os Srs. Vereadores o que nós estamos pedindo aos Deputados Estaduais e a vários
Deputados Federais: é preciso fazer uma reforma sindical neste País; é preciso
haver um sindicato que realmente represente seus trabalhadores. É preciso que o
sindicato comprove que realmente tem sócios, que realmente tem legitimidade.
Esta reforma sindical nós queremos fazer: a reforma sindical que bota o
sindicato na mão dos trabalhadores, essa é a que nós queremos fazer. Agora,
esse Projeto que foi apresentado nós não queremos fazer; nós queremos um
sindicato único na base, nós queremos o fim da interferência do Governo nos
sindicatos, nós queremos que esse sindicato, derivado, que nada mais é do que a
pluralidade sindical, não exista; o que nós queremos são sindicatos fortes e atuantes.
E,
Srs. Vereadores, antes de qualquer reforma trabalhista, este Brasil precisa
fazer é uma reforma tributária, uma reforma judiciária e uma reforma da
Previdência, porque nós, trabalhadores, ficamos com o que a empresa paga para
nós, que é o nosso décimo terceiro, um terço das nossas férias e os 8% de Fundo
de Garantia; o resto é encargo, é tributo e é imposto. Se uma empresa quer um
trabalhador à sua disposição, ela tem de dar um bom plano de saúde, ela tem de
dar boas condições para esse trabalhador.
Então,
reforma sindical e reforma trabalhista têm que ser discutidas com as lideranças
sindicais do Brasil inteiro e têm que vir de baixo para cima, e não de cima
para baixo. Muito obrigado.
(Não
revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): Nós convidamos o Sr. Cláudio Renato
Guimarães da Silva a tomar assento à Mesa.
O Ver. João Antonio Dib
solicita Licença para Tratamento de Saúde no período de 25 a 27 de abril.
(Obs.: Foi apregoado
Requerimento de licença do Ver. Antonio Dib e dada a posse ao Suplente,
conforme consta na Ata.)
O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): O Sr. Ademir José Wiederkehr, que falará
pela CUT, está com a palavra.
O SR. ADEMIR JOSÉ WIEDERKEHR: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, Sras
Vereadoras, público aqui presente na Sessão da Câmara Municipal, é uma
satisfação falar em nome da Central Única dos Trabalhadores, em nome do nosso
Presidente Estadual, companheiro Quintino Severo, que, em função de outros
compromissos, não pôde estar aqui, mas certamente estará aqui no dia 28, quando
esta Câmara homenageará os trabalhadores pelo dia 1º de maio.
É
um dia especial para a classe trabalhadora refletir sobre a condição do
trabalho em nosso País, e a CUT - maior Central Sindical deste País -, tem
estado à frente da luta dos trabalhadores, e, neste momento, em nível nacional,
para que a gente possa ter mais trabalho, emprego, renda, neste País, é
fundamental a mudança da política econômica.
A
CUT tem participado de manifestações e estará colocando essa bandeira no dia 1º
de maio para que nós possamos aumentar a geração de empregos e renda em nosso
País. E essa política econômica precisa ser mudada, e passa pela alteração da
política de juros, que são muito altos, pois encarecem a contratação de mais
trabalhadores para que nós possamos, bem mais, reduzir o desemprego e ter mais
postos de trabalho.
Mas
nós vamos, também, aproveitar o 1º de maio para reclamar da política de
incentivos fiscais do Governo do Estado. Essa política também tem andado na
contramão do emprego, pois enquanto são dados incentivos para grandes empresas,
como recentemente para o Grupo Gerdau, nós percebemos que faltam recursos para
a geração de empregos, falta dinheiro para a Saúde, para a Educação, para os
trabalhadores, para os funcionários públicos e para a Segurança.
Portanto, nós vamos fazer também do 1º de
maio um dia de luta contra essa concessão de incentivos fiscais para os grandes
grupos econômicos em nosso Estado. Vamos, também, reclamar do reajuste muito
baixo que está no Projeto que tramita na Assembléia Legislativa para os pisos
regionais. Em anos anteriores, os pisos acompanhavam o reajuste do salário
mínimo, que vai subir, agora, 15%, e está sendo proposto apenas 8% para os
pisos regionais, isso vai significar uma redução da diferença entre o piso
regional e o salário mínimo. Nós já achamos que o salário mínimo é insuficiente
para atender as demandas dos trabalhadores, por isso vamos fazer deste 1º de
maio a luta para aumentar o salário mínimo e para aumentar os pisos regionais
para que nós possamos aumentar a renda da classe trabalhadora.
O
1º de maio será também o dia de luta pela afirmação da soberania nacional,
achamos fundamental que este País seja dono do seu destino, por isso vamos
protestar contra a ALCA, esse projeto norte-americano, que não ouve os povos,
os interesses das nações. Nós queremos soberania, e por isso vamos afirmar a
nossa luta de muitos anos, contra a ALCA, esse projeto de dominação que os
Estados Unidos pretendem implantar na América do Sul para os povos
latino-americanos.
Quero
concluir, agradecendo esta oportunidade de trazer a manifestação da Central
Única dos Trabalhadores e conclamar todos os Vereadores e Vereadoras, o nosso
Presidente, para que participem das nossas atividades em 1º de maio. Vamos
fazer um grande ato público em Caxias do Sul, após a Romaria do trabalhador e
da trabalhadora. Vai ser um grande evento nos pavilhões da Festa da Uva, em
Caxias do Sul. Viva a classe trabalhadora! (Palmas.)
(Não
revisado pelo orador.)
O SR.PRESIDENTE (Elói Guimarães): Nós convidamos o Sr. Ademir a fazer parte
da Mesa. Queremos registrar a presença do Sr. José Luis, Presidente da Astrabin
- Associação Profissional dos Trabalhadores em Empresas de Comércio e
Exploração de Jogos de Bingo e Jogos Afins do Estado do Rio Grande do Sul; do
Sr. Nilton Souza, Presidente do Sindicato dos Comerciários; do Sr. Atos Motta,
Presidente do Sindicarga; e da Srª Eunice, Presidenta da Associação dos
Aposentados.
O
Ver. Raul Carrion está com a palavra, nos termos do art. 206 do Regimento.
O SR. RAUL CARRION: Em primeiro lugar, a nossa saudação ao
companheiro Cláudio Renato, representando a Força Sindical e a CAT; nosso
companheiro Ademir, representando a CUT. Eu queria dizer que estaremos
realizando, no dia 28, nesta quinta-feira, às 18h30min, a primeira Sessão
Solene institucional desta Casa, que até então eram de iniciativa de
Vereadores. Então, por um Projeto de Resolução aprovado por esta Casa, que tive
a honra de ser o proponente, foi aprovado que todos os anos haverá uma Sessão
Solene. A Verª Manuela também terá uma Sessão Solene que se somará nesse dia em
homenagem aos 80 anos do primeiro jornal operário ainda em existência, A Classe
Operária, e certamente será um momento importante para relembrarmos, porque não
é um dia de festa somente, é um dia de luto e de luta para rememorar os
mártires de Chicago que, em 1886, portanto, há 119 anos, foram à luta pela
redução da jornada para oito horas, e tiveram diversos colegas julgados e
enforcados pelo crime de dizer que os trabalhadores deveriam ter oito horas de
descanso, oito horas de lazer e somente oito de trabalho.
Infelizmente,
passados 119 anos, nós temos ainda jornadas de trabalho extremamente
extenuantes se considerarmos as horas extras, e, apesar de toda a tecnologia,
os trabalhadores não tiveram isso revertido em redução da jornada, creio que
essa é uma grande bandeira.
Também
existe a luta pela manutenção da unidade da classe operária. Eu acho que esse
ato com as três Centrais é algo importante. A luta por um novo projeto de
desenvolvimento nacional, soberano, que diga não à ALCA, que afirme a Nação
brasileira como a pátria dos trabalhadores brasileiros, é um ato também pela
democracia, um projeto de democracia e de valorização do trabalho.
Então, parabéns às três
Centrais que se somaram na organização desse ato, independente dos seus atos
particulares que terão: a Força Sindical, em Porto Alegre; a CUT, em Caxias do
Sul. Mas, no dia 28, eu acho que será um grande ato unitário em Porto Alegre.
Parabéns às Centrais, parabéns a esta Casa que teve a iniciativa de criar uma
Sessão Solene institucional. Muito obrigado em meu nome e em nome da Verª
Manuela d’Ávila, Líder da nossa Bancada.
(Não
revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): O Ver. Dr. Goulart está com a palavra,
nos termos do art. 206 do Regimento.
O SR. DR. GOULART: Queria falar, cumprimentando o nosso
querido Cláudio Renato Guimarães Janta da Silva, Presidente da Força Sindical
do Rio Grande do Sul, o nosso representante da CUT, e saudar também a Central
Autônoma de Trabalhadores, não como um operário da Saúde, mas como um
trabalhador que faz parte de um Partido Trabalhista que, provavelmente, tenha
na sua história a grande luta e conquistas de grandes movimentos que trouxeram
algum alento, alguma dignidade, alguma valorização para o trabalhador. Essa é a
nossa grande preocupação.
Eu
que venho da época de João Goulart, embora menino ainda, em que se falava na
grande república sindical, que poderia acontecer com as modificações que podem
fazer com a reforma sindical, que, certamente, vai ser um desprestígio muito
grande para a classe trabalhadora. Sabemos que, neste momento, no Senado,
tramita o que já foi aprovado na Câmara que é, talvez, a extinção do 13º
salário, e mais, do salário maternidade, trazendo um prejuízo gravíssimo para
as mulheres nutrizes, para as mulheres que amamentam, fazendo com que isso
possa ser extinto.
Então,
estamos aqui representando o PDT, dizendo que estamos alerta e estamos juntos
para qualquer luta que tenda a fortalecer o Movimento Sindical. Sindicatos
forte é igual a trabalhador forte. Um abraço! (Palmas.)
(Não
revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): O Ver. Luiz Braz está com a palavra, nos
termos do art. 206 do Regimento.
O SR. LUIZ BRAZ: Sr. Presidente, primeiramente, o meu
respeito às Centrais dos Trabalhadores que estão aqui presentes, e vou ousar
divergir da denominação de uma das centrais, a Central Única, pois acho que ela
deveria adotar uma nova denominação, já que não é mais a única central; existem
outras centrais de trabalhadores. Eu sei do trabalho que vocês fazem, eu o
respeito e admiro, só que acredito que ela não poderia mais ser chamada de
Central Única dos Trabalhadores.
Eu
quero cumprimentar o Janta, tenho acompanhado o trabalho que a Força Sindical
tem feito com relação a um movimento generalizado, para fazer com que a carga
tributária possa ser baixada, que eu sei que é uma luta nacional envolvendo
também as outras centrais, mas sei do envolvimento da Força Sindical. E também
baixar os juros que têm realmente castigado muito toda a nossa sociedade. Mas
essas chagas que nós temos, infelizmente, impedindo a nossa evolução, têm
também feito com esse anúncio sempre rotineiro do Governo de que está
aumentando o numero de empregos seja visto pela população como uma forma
mentirosa de tentar se autopromover, porque, na verdade - eu vi que o Cláudio
Janta abordou isso na tribuna -, o que nós temos hoje é apenas a lamentar, o
número de empregos não cresceu, está estagnado, infelizmente, e nós precisamos
fazer com que essas duas chagas - a carga tributária e os juros - possam
realmente vir a baixar para que nós possamos ter, no futuro, empresas com
condições de oferecerem mais empregos e o trabalhador poder ser mais feliz.
Nós
teríamos, no dia 1º de maio, muito a comemorar, e não como nós estamos fazendo
novamente agora, apesar de toda a luta dos sindicatos, toda a luta das centrais
sindicais, nós temos ainda muito pouco a comemorar. O salário mínimo ainda é
muito baixo, infelizmente, pessoas que no passado brigavam para que nós
tivéssemos o melhor salário mínimo pararam a sua briga, e as centrais sindicais
eu acho que têm, realmente, um papel preponderante para que o trabalhador volte
a ser a grande estrela da nossa sociedade. (Palmas.)
(Não
revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): O Ver. Newton Braga Rosa está com a
palavra, nos termos do art. 206 do Regimento.
O SR. NEWTON BRAGA ROSA: Senhores, enquanto os representantes das
centrais se manifestavam, estava-me ocorrendo a importância das pequenas e
microempresas na geração de empregos no Brasil. Eu não tenho estatística na
mão, mas eu lembro que cerca da metade dos empregos produzidos no País eram por
pequenas e microempresas.
O
Estatuto da Microempresa foi uma conquista importantíssima de 1984, só que, de
lá para cá, ele perdeu força de duas maneiras: os valores dos tetos não foram
corrigidos, e, então, muitas empresas que estavam enquadradas como
microempresas perderam o enquadramento não porque aumentaram o seu faturamento,
mas simplesmente porque não houve o devido reajuste dos tetos, e por isso foram
desenquadradas. Além disso, uma série de atividades estava incluída no rol de
empresas beneficiadas. Ao longo do tempo, várias atividades profissionais
saíram fora.
Nós
temos uma oportunidade, no meu entendimento, ímpar de restabelecimento das
vantagens para as pequenas e microempresas, que são intensivas na geração de
empregos: é a Lei Geral das Micro e Pequenas Empresas. Lembro que haverá uma
manifestação, em Porto Alegre, na próxima quinta-feira e acho que seria
importante que todos estivéssemos conscientes da importância da microempresa
para a geração de empregos e a necessidade de uma legislação mais adequada,
como contempla a citada Lei. Muito obrigado, Presidente. (Palmas.)
(Não
revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): O Ver. Carlos Todeschini está com a
palavra, nos termos do art. 206 do Regimento.
O SR. CARLOS TODESCHINI: Sr. Cláudio Renato, representante da
Força Sindical; meu amigo e companheiro Ademir Wiederkehr; Sr. Presidente, é
com grande alegria e satisfação que nós manifestamos aqui a nossa opinião, como
Bancada do Partido dos Trabalhadores, pois nós temos 25 anos de Partido, somos
praticamente coirmãos da Central Única dos Trabalhadores, que tem dois anos a
menos, mas que já deixa as suas marcas vigorosas nas transformações do Brasil.
E nós, em conjunto, também temos a responsabilidade de conduzir este País à
vitória do atual Governo, do Governo Lula, que, sem dúvida, já deixa marcas
profundas neste País. Como, por exemplo, depois de 29 anos, depois de ter
passado pela ditadura militar, e todos os Governos que a sucederam, é o
primeiro ano que nós não necessitamos recorrer ao Fundo Monetário Internacional
para pagar as contas do nosso País. Isso não é qualquer conquista, isso é algo
extraordinário, importantíssimo e que reverte na retomada do crescimento
econômico e na distribuição de renda no País. Nós passamos pela era Collor, era
FHC, pelo desmonte do Estado Nacional, pelo empobrecimento, desemprego, pelas
privatizações, tudo isso produzido por uma maioria nacional que trouxe
conseqüências graves para classe trabalhadora no Brasil.
No
entanto, esse sinal começa a apresentar um quadro de reversão importante com a
retomada, por parte dos trabalhadores, do emprego, do desenvolvimento, da
distribuição de renda, na contenção da inflação. É verdade que os juros ainda
continuam altos, mas nós temos conquistas extraordinárias que não podem ser
esquecidas e que resgatam a história quem vem de 1968, das grandes manifestações,
do combate à ditadura militar, da criação do novo sindicalismo, da fundação da
Central Única dos Trabalhadores, da luta dos sem-terra, das pastorais, enfim,
de tudo aquilo que nós sempre sonhamos como Partido, em ter um País livre e
soberano, independente e que trabalhe na direção da construção de um País
democrático e socialista. Muito obrigado.
(Não
revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): O Ver. Sebastião Melo está com a palavra,
nos termos do art. 206 do Regimento.
O SR. SEBASTIÃO MELO: Sr. Presidente desta Casa, Ver. Elói
Guimarães, minhas colegas Vereadoras e meus colegas Vereadores, em nome da
nossa Bancada do PMDB, queremos fazer uma saudação muito calorosa ao Cláudio
Janta, amigo e companheiro de tantas jornadas, que aqui representa a Força
Sindical, e ao Ademir que representa uma outra Força, que é a CUT, de grandes
lutas por este País.
Ora,
eu anotei aqui, com muita atenção, o Ver. Todeschini falou pela Bancada do PT,
de que o Partido dos Trabalhadores é coirmão dos trabalhadores; eu não entendi
em que, pois na verdade este é um Governo que não tem sido muito parceiro dos
trabalhadores. Se dissesse coirmão dos banqueiros eu acho que ele estava agindo
correto, mas dos trabalhadores, não. Em segundo lugar, diz que o Governo tem
marcas profundas, mas não diz quais as marcas. Com certeza também não são a
favor dos trabalhadores públicos ou privados.
O
que eu quero dizer com isso é o seguinte: é que lamentavelmente entra Governo e
sai Governo, isso aconteceu na era Fernando Henrique, aconteceu antes da era
Fernando Henrique; de vez em quando até há um crescimento do bolo tributário,
Ademir, mas a verdade é que não há distribuição de renda. A verdade é que há
uma recessão, os governos nas últimas décadas têm apostado na especulação
financeira e não no trabalho, isso é uma inversão de pauta de um País que quer
investir nos seus trabalhadores. Este é o País que tem os maiores juros do
mundo.
Portanto,
eu não vou dar parabéns ao Governo Lula por essa política, porém eu aplaudo
hoje setores do PT do Rio Grande do Sul que estão absolutamente corretos; o Sr.
Raul Pont e outros Deputados que estão nessa luta, porque, efetivamente, este
não é um Governo dos trabalhadores. Eu não estou dizendo com isto que os outros
também foram, mas este Governo que está aí, lamentavelmente, é um Governo que
deu um curso no cunho especulativo.
Portanto,
chegamos a mais um 1º de maio em que os salários estão muito aquém das
necessidades, em que há um arrocho salarial muito grande, e uma carga tributária
que leva à informalidade. Cinqüenta por cento, hoje, estão na informalidade, e
essa grande maioria está na informalidade, porque não consegue se estabelecer
por causa dessa maldita carga tributária.
Então
o nosso abraço muito fraterno por essa luta, com as lutas que os senhores
encampam, tanto na CUT como na CGT, eu acho que tem muitas lutas a serem
enfrentadas, continuam muitas lutas para esse dia 1º de maio. Muito obrigado,
Sr. Presidente.
(Não
revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): Não constam mais oradores, posto que
todas as Bancadas se manifestaram. Nós queremos, ao encerrar esta parte da
presente Sessão, cumprimentar o Sr. Ademir Wiederkehr, que falou em nome da
CUT, bem como o Cláudio Renato Guimarães da Silva, que falou pela Força
Sindical, da qual é Presidente, bem como pela Central Autônoma de Trabalhadores
do Rio Grande do Sul.
Gostaria
de dizer da importância da presente Tribuna Popular e que dia 28, próxima
quinta-feira, faremos, aqui, um grande ato, uma Sessão Solene, em homenagem, em
reflexão, ao Dia do Trabalhador. Estão todos convidados, dada a importância do
trabalhador no desenvolvimento do Município, do Estado, do País.
Os
trabalhos serão suspensos para as despedidas dos convidados.
(Suspendem-se
os trabalhos às 14h37min.)
O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães
-14h40min): Estão
reabertos os trabalhos.
Passamos
ao
O
Grande Expediente, embora não conste do avulso, será destinado a homenagear a
passagem dos 50 anos da agência Farrapos do Banco do Brasil de Porto Alegre,
proposto pelo Ver. Adeli Sell.
Nós convidamos a integrar
a Mesa o Sr. Clairton Belem da Silva, Gerente da agência Farrapos do Banco do
Brasil; O Sr. Nilvo Reinoldo Fries, Superintendente Regional do Banco do Brasil
de Porto Alegre.
O
Ver. Adeli Sell está com a palavra em Grande Expediente.
O SR. ADELI SELL: Meu caro Presidente Elói Guimarães, meus
caros amigos representando o Banco do Brasil, Clairton, Gerente da agência da
Farrapos, homenageada; o Nilvo, Superintendente do Banco do Brasil; meus caros
colegas Vereadores e Vereadoras, eu quero agradecer a Verª Sofia Cavedon que
fez uma troca comigo, porque o tempo, hoje, pertencia a ela, para que
pudéssemos fazer uma fala a respeito do Banco do Brasil, em especial dos 50
anos da agência Farrapos. É uma agência que tem uma tradição muito grande na
cidade de Porto Alegre, porque foi a segunda agência a ser instalada em Porto
Alegre, há 50 anos.
Hoje,
nós já temos 40 agências do Banco do Brasil na Cidade de Porto Alegre; e esse é
um número significativo. A presença desse Banco, que é público, já não é mais
um Banco simplesmente estatal, porque, além da participação efetiva do Governo
Federal, o Banco do Brasil é um Banco que tem acionistas, portanto tem a
participação do público, e continua sendo um Banco público, fazendo o papel de
financiador do desenvolvimento da nossa cidade e do nosso País.
Nós
temos na agência Farrapos, só para dar um exemplo, em torno de mil e duzentas
empresas que se beneficiam, que estão na carteira do Banco do Brasil. São
pequenas, são médias empresas que estão localizadas naquela região da cidade,
no Bairro São Geraldo, 4º Distrito - como historicamente é conhecida toda
aquela macrorregião. Além desses mil e duzentos empresários, nós temos mais
treze mil clientes, pessoas físicas. Portanto, uma agência pujante. Não é
apenas pelo número de pessoas físicas, de empresários que estão nesse Banco é
que se destaca essa agência, mas, fundamentalmente, por sua relação com a
comunidade. A agência Farrapos do Banco do Brasil fez algo inédito nesta
cidade: fez o Pronaf, o financiamento para os pequenos empreendedores da área
agrícola, para os pescadores, para os plantadores de frutas, para os criadores
de suínos na Cidade de Porto Alegre, quando nós estávamos na titularidade da
Secretaria Municipal da Produção, Indústria e Comércio. O primeiro Pronaf, de
Capital, no Brasil, porque nós temos a segunda maior área agricultável em
capitais do País, Verª Mônica Leal, perdendo apenas para a Cidade de Palmas,
Capital do Tocantins, que, sendo a Capital mais jovem do Brasil, naquela
região, evidentemente tem mais área agricultável.
O
Banco do Brasil, agência Farrapos, teve e continua tendo um papel fundamental
no Projeto Integrado Entrada da Cidade, que todos os Vereadores e Vereadoras
conhecem muito bem; a sua efetiva participação nas atividades que estão
compondo uma política econômica de desenvolvimento naquela região. Também é de
fundamental importância ressaltar o papel que tem o Banco do Brasil, e essa
agência em especial, com o microcrédito, porque essa é uma região em que há
muitos pequenos empreendimentos, e o microcrédito é um elemento fundamental
para, hoje, alavancar uma empresa, como é o Pronaf, que é um microcrédito mesmo
para alavancar uma atividade econômica como, por exemplo, um pequeno
financiamento para o pescador do Delta do Jacuí poder arrumar o motor de sua
lancha, fazer uma reforma na sua lancha, comprar redes, reformar redes para
fazer o seu trabalho. Como também foi o microcrédito dado para os criadores de
suínos na região Sul, como muito bem o Ver. Comassetto, o Ver. Ervino e outros
conhecem essa atividade na nossa Capital.
Também
foi com o Banco do Brasil que nós tratamos daquele microcrédito, por exemplo,
para o ambulante, que tem uma grande dificuldade de se enquadrar nas normas
gerais do sistema financeiro. Pois o Banco do Brasil se abriu para isso,
continua aberto para essa questão, e é de fundamental importância. E, o meu
caro Ver. Prof. Newton Braga Rosa, entusiasta dos telecentros, como diretor do
Sindicato das Empresas de Informática do nosso Estado, foi parceiro ativo,
inclusive, com financiamento, com dinheiro, e foi a parceria do Banco do
Brasil, em especial da agência Farrapos, incentivadora fundamental dos
telecentros na Cidade de Porto Alegre. Se hoje nós somos 33, Clairton, meu caro
Nilvo, que é o Superintendente Regional do Banco, nós precisamos mais do que
nunca continuar essa parceria pública que é o Banco do Brasil, mas buscando
também as organizações não-governamentais, como é o caso dos sindicatos e de
outras instituições. Precisamos fazer com que mais pessoas entrem nessa
sustentação dos telecentros, porque nós sabemos que o telecentro significa
inclusão digital. E nesse sentido, Prof. Newton, é fundamental a participação
do Banco nesse processo, porque, além da agência Farrapos ter trabalhado nessa
questão, em especial ali na própria Vila Farrapos, Navegantes, nós também
tivemos outras agências do Banco, isso é importante ressaltar, com a presença
do nosso Superintendente, Nilvo, foi assim também com doação de máquinas e
computadores.
Foi
assim que o Banco do Brasil entrou na Azenha, só para dar outro exemplo,
participando desse espaço, inclusive, da Azenha, que é muito semelhante ao
bairro São Geraldo, pela peculiaridade econômica daquela região, que são os
micro e pequenos empreendedores.
Mas
o Banco do Brasil, agência Farrapos, já tem – e terá cada vez mais – um papel
fundamental na qualificação e revitalização do bairro São Geraldo, do 4º
Distrito, em Porto Alegre.
Verª
Margarete Moraes, tenho certeza que V. Exª participará ativamente da
reformulação do Plano Diretor, com Vereadores como o Ver. Sebastião e outros. O
Banco do Brasil, pela localização estratégica, pelo peso que tem na região,
será fundamental. Nós temos que repensar aquela região, não apenas do ponto de
vista urbanístico, mas do ponto de vista econômico, estratégico, porque aquela
região fica próxima do Centro da Cidade, da Rodoviária – que é uma forma de
acesso à Cidade -, do Aeroporto, do nosso Porto, agora que nós deslocamos todas
ações do Cais Mauá para o Cais Navegantes, mais uma razão para colocarmos o 4º
Distrito no centro das nossas preocupações; talvez fosse o caso de termos uma
sub-relatoria ou uma subcomissão que se ativesse à questão do 4º Distrito. Acho
que o Banco do Brasil, agência Farrapos, deveria ser um dos primeiros a ser
convidado a nos orientar, a nos falar da economia daquela região, porque um
Plano Diretor, sem esse viés econômico, sem essa discussão que dá base à
sustentação de uma cidade - que é o desenvolvimento econômico - e
principalmente pela visão que nós temos de uma economia capilarizada, de uma
economia de pequenos e médios empreendedores, não vai vingar. Daqui a pouco,
estaremos com uma Cidade trancada em alguns lugares e, por outro lado,
completamente desassistida; uma verdadeira porta aberta para fazer qualquer
arranha-céu na cidade, ou coisa do tipo.
Sem
dúvida nenhuma, conversando naquela região sob o ponto de vista econômico, com
a agência Farrapos, provavelmente teremos a combinação de negócios, de
comércio, de atividades nessa área de serviços, com, provavelmente, também, um
projeto habitacional viável e exeqüível nessa região da Cidade.
Com
esta fala, com este instigamento, eu queria fazer não apenas uma homenagem aos
50 anos da agência Farrapos, mas fazer uma homenagem ao Banco do Brasil. Quando
estamos no exterior, se há duas marcas em que a gente sabe que têm guarida,
provavelmente com mais condições de acessar do que a nossa Embaixada, do que o
Consulado da nossa terra, são o Banco do Brasil e a nossa Varig - que passa por
dificuldades; temos que deixar aqui registrada essa questão.
Portanto,
o Banco do Brasil faz parte da nossa história e está no bojo do desenvolvimento
econômico e social do nosso País; é claro que em alguns momentos da sua
história alguns governantes não cuidaram do Banco como deveriam cuidar, mas,
hoje, é a sociedade que, de forma vigilante, está cuidando do Banco do Brasil;
e trago a agência Farrapos como um exemplo para que, no futuro, continue com
essa trajetória, com esse trabalho, com esse dinamismo. Mais uma vez, quero
parabenizar todos os funcionários e colaboradores do Banco do Brasil, em nome
do Clairton e do Nilvo, que aqui estão muito bem representando o Banco do
Brasil. Muito obrigado, Presidente. (Palmas.)
(Não
revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): Queremos registrar também como extensão
da Mesa, a presença do Sr. Evair Camargo e do Sr. Ademir Wiederkehr, que são
representantes do Sindicato dos Bancários de Porto Alegre.
O
Sr. Clairton Belém da Silva, Gerente da agência Farrapos do Banco do Brasil,
está com a palavra.
O SR. CLAIRTON BELÉM DA SILVA: Boa-tarde a todos. Presidente, Elói
Guimarães, obrigado por este espaço; Ver. Adeli Sell, muito obrigado pelas
palavras. Para nós é uma grande honra estarmos aqui falando em nome do Banco do
Brasil, especificamente da agência Farrapos. Estando na Região do 4º Distrito
há 50 anos, foi uma agência que foi edificada e projetada pelo nosso Prefeito,
na época, Dr. Loureiro da Silva, que escolheu a região exatamente pela sua
pujança, escolheu a altura do prédio exatamente para que o Banco do Brasil
participasse do desenvolvimento da região. Acreditamos que, nesses 50 anos e
nos últimos anos de administração do Banco, temos realmente trabalhado nessa direção,
como parceiros das empresas e da comunidade.
Então,
gostaria de deixar aqui registrado o nosso muito obrigado pela homenagem e ao
Ver. Adeli Sell. Muito obrigado, mais uma vez, pelas suas palavras. Obrigado.
(Palmas.)
(Não
revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): Estamos finalizando esta homenagem à
agência cinqüentenária do Banco do Brasil - agência Farrapos. Queremos dizer
que a Casa foi honrada com o convite de comemorar os 50 anos de bons serviços,
fecundos, da agência Farrapos do Banco do Brasil. Dizer que se trata de uma
agência modelo, de uma agência referência para o sistema bancário seria “chover
no molhado”. Devo dizer ao Sr. Clairton da Silva, Gerente da agência Farrapos,
e ao Sr. Nilvo Reinoldo, Superintendente Regional, que tive a oportunidade
também de participar, em Santo Antônio da Patrulha, do cinqüentenário daquela
agência, onde destaquei o papel importante que o Banco do Brasil tem,
principalmente como indutor da economia primária do nosso Estado e também do
nosso País. Trata-se, portanto, de uma homenagem extremamente oportuna e justa
à agência Farrapos do Banco do Brasil, que tem, sim, muitas responsabilidades,
históricas inclusive, no desenvolvimento do 4º Distrito e no desenvolvimento de
Porto Alegre.
Por
isso, Srs. Clairton Belem da Silva e Nilvo Reinoldo recebam a nossa saudação. A
nossa saudação, também, ao Ver. Adeli Sell pela oportunidade que trouxe à Casa
de prestar esta homenagem. Damos por encerrada a presente homenagem.
Estão
suspensos os trabalhos para as despedidas.
(Suspendem-se
os trabalhos às 14h57min.)
O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães -
14h59min): Estão
reabertos os trabalhos.
O Ver. Sebastião Melo está com a palavra em Grande Expediente, por cedência de tempo do Ver. Valdir Caetano.
O SR. SEBASTIÃO MELO: Sr. Presidente, Ver. Elói Guimarães,
minhas colegas Vereadoras, meus colegas Vereadores, primeiro, o nosso
agradecimento ao colega Ver. Valdir Caetano, que cedeu o seu tempo em Grande
Expediente para este Vereador. Eu venho a esta tribuna para retomar um tema
que, no nosso mandato passado, foi um dos eixos da nossa atuação. Qual seja:
que o Poder Público tem de ser eficiente para cobrar impostos daqueles que
podem pagá-los. Nós temos no Brasil um sistema tributário, Vereador-Presidente,
em que os pobres são os que mais pagam impostos, através dos impostos
indiretos. E aqueles que mais podem pagar, geralmente são os que não pagam
impostos!
Vereador
Claudio Sebenelo, durante quatro anos eu pedi desta tribuna para que a
Prefeitura agisse em relação às operadoras de leasing nesta Cidade, nas transações de fundo mútuo. Pois, ora,
terminou um Governo, assumiu o novo Governo - ao qual nós pertencemos - e eu
quero contribuir com este Governo no sentido de que ele efetivamente cobre de
quem pode e deve pagar imposto. Eu peço a atenção dos senhores para o seguinte
raciocínio: Porto Alegre tem uma frota, Ver. Comassetto, de quase 530 mil
veículos; supõe-se que essa frota é renovada anualmente em 20 ou 25%, fruto das
transações de leasing, nesta Cidade.
Significa que nós temos operações de mais de 100 mil veículos por ano nesta
Cidade, para os quais são feitos leasings.
O que é que diz, Verª Margarete Moraes, a Lei nº 116, que esta Casa atualizou?
Ela diz, em um dos seus itens, que o ISS incide sobre a transação de leasing, e, portanto, se alguém vai à
revendedora de carros Unidos, na Ribeiro Jung, na Fiat, na GM, compra um
veículo e faz a transação de leasing,
ele deveria recolher para os cofres municipais 5% da transação de leasing feita sobre aquele veículo. O
que as empresas fazem? O cidadão chega na Ford, na Fiat, fala com o vendedor,
escolhe o veículo que vai trocar, ou veículo novo que vai comprar e, depois,
como há um banco que funciona dentro da empresa, Ver. Haroldo, o cidadão diz
que quer fazer um leasing naquela
transação. Aí, geralmente, há uma pessoa ali atendendo, seja representando o
banco da GM, o banco da Ford, o banco da Fiat, e traz ao cidadão um contrato já
com o nome da cidade: “Este aqui é de São Caetano; este aqui é de Barueri!”
(Mostra contratos.) Antes da Lei nº 116 era permitido cobrar alíquota de 0,1%,
0,15%, 0,20%; mas, agora, com a Lei nº 116, a alíquota mínima é de 2%. Então,
quando essas empresas fazem uma transação aqui, Ver. Comassetto, e trazem um
contrato, por exemplo, da cidade de São Caetano, elas estão cometendo uma
fraude, porque o ISS incide na localidade da transação! E é sobre isso que eu
acho que a Procuradoria do Município, Ver. Carrion, tem de agir, tanto para
trás como para frente!
Se
eu calcular a transação de 100 mil veículos, por ano, nesta Cidade, se eu
colocar um valor cuja média seja de 30 mil reais por veículo, eu estou falando
em três bilhões de reais! Eu estou falando em 150 milhões reais de arrecadação
de ISS, que é o tamanho do investimento desta Cidade!
Hipoteticamente,
se a Dona Maria, do Barro Vermelho; o Sr. José; o Sr. Pedro, do Campo da Tuca;
o Sr. Antônio, lá das ilhas, não pagarem o IPTU, eles correm o risco de
perderem os seus televisores preto e branco e até a bicicleta dos seus filhos
para pagarem o imposto! Mas os banqueiros não pagam imposto neste País! E
também não pagam em Porto Alegre! Isso não está correto! Aqui, há uma fraude,
uma evasão fiscal! Alguém há de dizer que o que ocorre aqui é uma elisão
fiscal! Não é elisão fiscal! Nesse caso aqui há dolo!
Há
evasão fiscal quando eu, ao invés de colocar no contrato a cidade onde está
sendo feita a transação, coloco outra cidade! Eu estou cometendo uma evasão
fiscal! Portanto, há dolo nessa questão. A lei fiscal diz que a cobrança
prescreve em cinco anos, mas quando não há evasão fiscal! Mas quando não há
fraude! Mas quando há fraude, as dívidas fiscais não prescrevem em cinco anos.
Portando,
a Prefeitura pode cobrar, sim, para trás. Eu vou levar ao Prefeito Fogaça, vou
pedir uma audiência com ele e com o Secretário da Fazenda, porque durante
quatro anos eu bati nessa questão e acho que está na hora de a Prefeitura
colocar os seus Procuradores a notificar os sonegadores. Parabéns ao Cristiano,
Secretário, que diz que vai reformular o Conselho do Contribuinte, que é da
idade da pedra, não pelas pessoas que estão lá, que são extraordinárias e
competentes, mas pela forma de não cobrarem dos poderosos. Então, nós queremos
dizer aqui, com toda a sinceridade: esses bancos que ganham bilhões de reais às
custas do sangue do trabalhador; esses bancos que têm lucros astronômicos, têm
de pagar impostos, pois as pessoas pobres têm de pagar centavo por centavo dos
impostos que devem ao erário. Nós estamos preocupados em cobrar de quem não
tem, como da D. Maria, do Sr. José, enquanto dos banqueiros deste País não
cobramos.
Há
problemas lá em cima, há problemas no meio e há problemas aqui em baixo que
precisam ser resolvidos.
O Sr. Carlos Comassetto: V. Exª permite um aparte? (Assentimento
do orador) Ver. Sebastião Melo, sem dúvida nenhuma há problemas em todas as
esferas, o tema que V. Exª traz aqui, em síntese, também traz para discussão o
chamado pacto federativo, que é o papel do Município, do Estado e da União no
fortalecimento das estruturas e, neste caso, nós devemos, sim, defender o
fortalecimento da estrutura municipal. Portanto conte conosco neste debate e
neste tema para ele ir à frente.
O SR. SEBASTIÃO MELO: Muito obrigado, Ver. Comassetto, mas aqui
vai além da questão do pacto federativo, aqui é fraude, porque se há transação
do carro aqui em Porto Alegre, nas revendedoras de carro da Av. Ipiranga, da
Av. Farrapos, elas trazem um contrato pronto de São Caetano para recolher o
imposto para a cidade de São Caetano, porque lá há um paraíso fiscal e aqui teriam
de pagar 5%, Ver. Dr. Goulart, que seriam para enfrentar a dor dessa pobre
gente que não tem remédio, que não tem acesso à Saúde, que são cinco mil
pessoas que moram em áreas de risco nesta Cidade. E não é que os Governos não
queiram investir, Verª Neuza, é porque não há recursos. Vossa Excelência já foi
Secretária, já esteve no Executivo e eu acredito na boa-fé dos governantes. Mas
a verdade é que faltam recursos. Porto Alegre não investe mais do que 150
milhões/ano. E eu estou dizendo de uma fraude que chega a 150 milhões/ano, que
se deixa de arrecadar neste Município.
Então,
o nosso Governo está-se instalando, se modernizando; vamos cobrar de quem deve
e de quem pode pagar. Vamos cobrar dos bancos. Assim não é possível!
Essa
questão deste Governo, deixa-se claro, é uma questão histórica, e eu cobrei do
PT durante quatro anos para ele cobrar; não cobraram. Mas eu tenho certeza de
que o Prefeito Fogaça vai tomar uma atitude. Eu tenho certeza de que o
Secretário da Fazenda, que é um homem de bem, que é um homem sério, vai tomar
uma atitude, porque, senão, fica difícil eu sustentar um discurso. Não adianta
eu discursar para os pequenos e governar para os grandes. Eu tenho de discursar
para os pequenos e governar para quem mais precisa. E governar fazendo pagar.
Não
estou falando de aumento. Eu não quero um milímetro de aumento; eu não quero
uma vírgula de aumento! Mas eu quero que cobrem.
A
Dona Maria, da 5.ª Vara da Fazenda Pública, não agüenta mais: recebe um AR
todos os dias para pagar o IPTU, e ela não tem como pagar. E se ela não pagar,
a Prefeitura vai lá e penhora o bem dela. E os banqueiros estão com o “lombo
liso” nesta Cidade e neste País. Essa carga tributária é a mais extraordinária
do mundo! O país segundo colocado é a Turquia.
Então,
fica aqui o nosso apelo, Sr. Presidente, com absoluta certeza, com a convicção
férrea de que este Governo possa cobrar de quem deve. E os banqueiros devem e
têm de pagar a conta. Muito obrigado.
(Não
revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): Srs. Vereadores, registramos a visita
orientada da Escola de Ensino Fundamental Desenvolver, da Pré-Escola à 5ª
Série, com 45 alunos, acompanhados pelos Professores: Paulo Guerra, Alexandra
Amarante, Aline Amarante, Monalisa da Luz, Mirian Schenkel, Andreza Azevedo,
Andréa Uranga, Cristina Rangel e Helen Macedo.
Esta
atividade faz parte do Projeto de Educação Política que o Memorial desenvolve
com escolas e entidades de Porto Alegre e da Região Metropolitana. Sejam
bem-vindos. (Palmas.)
Passamos
às
Hoje, este período é
destinado a homenagear o Sr. Cláudio Damazio Pacheco, Coordenador da Festa do
Ridículo, nos termos do Requerimento nº 066/05, de autoria do Ver. Ervino
Besson.
Convido
para compor a Mesa: o Sr. Cláudio Damazio Pacheco e a Jornalista Vera Armando.
O
Ver. Ervino Besson está com a palavra em Comunicações.
O SR. ERVINO BESSON: Sr. Presidente, Ver. Elói Guimarães, meu
caro homenageado, Cláudio Damazio Pacheco, nossa querida jornalista Vera
Armando, que, pelo menos uma vez por ano, abrilhanta com grande competência o
Baile do Panificador, com um cerimonial extraordinário que tem o nosso
reconhecimento; Srs. Vereadores e Sras.Vereadoras, senhoras e senhores que nos
acompanham nas galerias, colégios aqui presentes, e demais pessoas que nos
acompanham pela TVCâmara, o nosso querido homenageado, o Kako, é de uma família
tradicional de Belém Novo. Seu avô freqüentava o Bairro na década de 20. Seu
pai, nosso conhecido Pachecão, também é um ilustre morador e líder daquela
comunidade de Belém Novo.
Kako
iniciou sua carreira artística e profissional há mais ou menos 20 anos; sempre
teve um grande carisma e facilidade de conquistar e agregar amigos. Muitas
festas rolaram no Galpão do Pachecão, onde se reuniam amigos, como o Renato
Borghetti, Neto Fagundes, Porca Véia, Leo Almeida, entre outras personalidades
do meio tradicionalista gaúcho, para baterem papo e se descontraírem.
Com
o passar do tempo, foi descobrindo seu talento e potencial para a música de
forma autodidata. Passou a se dedicar e a estudar a música, tornando-se um
grande percussionista. Depois de acompanhar muitos cantores na noite de Porto
Alegre, passou a acompanhar pelos palcos do mundo o músico Renato Borghetti,
que, com o seu talento, levou o nome do nosso País de uma forma extraordinária
nessa sua trajetória artística. Com ele o nosso homenageado já convive há mais
de 16 anos.
Kako
iniciou paralelamente à música uma criação que foi, com o tempo, ganhando
forma, volume e identidade, que é a Festa do Ridículo. Ela iniciou como uma
brincadeira no Galpão do Pachecão, no dia do aniversário do seu mano, em 1980.
E foi conquistando, desde a primeira edição, muitos adeptos e seguidores. A
partir daí, ela veio crescendo, crescendo, tendo passado por vários lugares,
como CTGs, clubes, salões de igrejas, até chegar à sua 15ª edição, numa imensa
lona de circo na praça central da nossa querida Belém Novo.
Nesse
momento a Festa passou a contar com a dedicação de uma extraordinária e
competente jornalista, que está compondo a Mesa e que orgulha esta Casa no dia
hoje: Vera Armando, que começou a apoiar os trabalhos para que a Festa do
Ridículo fosse cada vez mais conhecida nacionalmente.
Em
2004 completou 25 anos, tendo uma megaestrutura, com show do Sidney Magal, contando com um público de mais de 20 mil
pessoas, gerando cerca de 400 empregos diretos e indiretos, além de movimentar
todo o comércio local.
O
camarote vip contou com a presença de
personalidades como Deise Nunes, Yamandú Costa, Renato Borghetti, Família
Fagundes, jogadores de futebol - cito aqui, como exemplo, o nosso Ronaldinho
Gaúcho; diversos Partidos políticos se fizeram presentes durantes todas as festividades;
jornalistas, juízes, desembargadores, a RBS TV, e também outros veículos de
comunicação.
Alguns
dados importantes: os carros da Festa do Ridículo foram todos construídos e
modelados na comunidade de Belém Novo; na última edição, vieram cinco ônibus
fretados de São Paulo diretamente para a Festa do Ridículo.
O
apresentador Maurício Kubrusly, do Fantástico, se encantou com a história da
Festa, e promete estar presente na próxima.
Caro
Presidente, colegas Vereadores, também fica aqui o nosso reconhecimento para
com a Brigada Militar e a EPTC, que, ao longo desses 25 anos, deram uma
extraordinária colaboração e cobertura. E, vejam V. Exas., não houve durante
esse período um incidente sequer nessa Festa com extraordinária organização,
com extraordinária competência do nosso querido homenageado.
Portanto,
meu caro Kako e minha cara jornalista Vera, esta Casa sente-se extremamente
orgulhosa em prestar esta mais do que justa homenagem pelo seu talento e
trabalho. Sem dúvida nenhuma, é um orgulho para a nossa querida Porto Alegre -
e, por que não? -, para o nosso País. Muito obrigado. (Palmas.)
(Não
revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): O Ver. Mario Fraga está com a palavra em
Comunicações, por cedência de tempo da Verª Neuza Canabarro.
O SR. MARIO FRAGA: Sr. Presidente Ver. Elói Guimarães, Sras
Vereadoras, Srs. Vereadores, nossos convidados especiais, meu amigo Kako e
minha amiga Vera, o Ver. Ervino escreveu algumas coisas sobre a história da
Festa do Ridículo, que aconteceu na nossa Cidade e agora já fora da nossa
Cidade, fora do nosso Estado.
Quero
parabenizar o Ver. Ervino, que teve a brilhante idéia de homenagear o Kako,
coisa que este Vereador já fez exatamente há 10 anos, em 1995, quando
entregamos ao Kako uma placa homenageando o 15º aniversário da Festa do
Ridículo. Quero agradecer também, Kako, à Verª Neuza, pois há uma dificuldade
para se conseguir um espaço aqui, e a Verª Neuza foi sensível à nossa causa,
até porque a Vereadora também tem uma historia com Belém Novo. Aliás, Vera,
graças a Deus, nosso cantinho está lá, e tu também tens história com Belém
Novo, todos têm uma história com o nosso cantinho.
Quero dizer para o Kako
que fico muito contente com essa homenagem do Ver. Ervino, e não escrevi nada
porque tenho no meu gabinete, a começar pelos dois que aqui estão, o Elton e o
Paulinho, nosso Chefe de Gabinete; também o tio Cezar e o Pedrinho, todos gente
da nossa comunidade, que trabalham comigo e fazem parte dessa Festa; assim como
a Dega e a Lucy, que já fizeram parte.
É de coração que nós
fazemos esta homenagem, junto com o Ver. Ervino, pelos 25 anos da Festa do
Ridículo. Esta história da Vera Armando e do Kako nós acompanhamos desde o
galpão do Pachecão, e para nós ela é muito importante.
Lembro-me
também de uma época - não sei bem certinho, Kako, porque eu não fiz o estudo -
em que nós saímos de Belém. Eu não lembro bem, pensei que era uma vez, mas
lembrei-me agora: uma no 1001 e outra no Gigantinho. Para nós, de Belém Novo,
graças a Deus, não deu tão certo. E nós trouxemos novamente para o Belém Novo.
E agora, Kako, com a base de Governo que somos - o Ervino, o Presidente, a
Neuza e eu -, nós queremos também para este ano tentar melhorar. Não sei se
vamos conseguir. Para mim, a Festa do Ridículo em Belém Novo está ótima. Mas
hoje, com base de sustentação do Governo Fogaça, Vice-Líder que sou, quero, se
puder, te ajudar mais um pouco.
O
PSDB pediu para que nós falássemos em nome dele também; então, eu falo em nome
do Ver. Claudio Sebenelo, do Ver. Luiz Braz, e tenho certeza, do Ver. José
Ismael Heinen, que hoje está ausente. Falo
em nome, também, do Ver. Bernardino Vendruscolo, que também conhece a nossa
história, conhecedor da Zona Sul.
Então,
esta Casa, às vezes, quando ouve falar, num primeiro momento, Kako, sobre Festa
do Ridículo, parece uma coisa fora da nossa realidade, mas para quem está nos
assistindo pela TVCâmara, a Festa do Ridículo, para nós da zona Sul, é muito
importante.
Então,
parabenizo o Ver. Ervino, e coloco, sim, para quem não conhece, a Vera Armando
e o Kako no mesmo patamar dessa festa. Meus parabéns a vocês. (Palmas.)
(Não
revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): O Ver. Carlos Comassetto está com a
palavra para uma Comunicação de Líder.
O SR. CARLOS COMASSETTO: Prezado Sr. Presidente, Ver. Elói
Guimarães, prezados colegas Vereadores, prezadas colegas Vereadoras, prezado
público que nos visita e que nos assiste, prezados Kako e Vera Armando, vir
aqui falar em nome da Bancada do Partido dos Trabalhadores é uma honra para
nós. Quero trazer aqui também, porque é impossível fazer uma homenagem ao Kako
sem falarmos do seu pai, o Pachecão, ou Pacheco, de Belém Novo, um grande
lutador, uma pessoa que doou a sua vida para construir e conquistar espaços de
justiça e de igualdade. O resultado desse trabalho também está expresso na
conquista do espaço que o senhor vem construindo, Kako, em Porto Alegre, no Rio
Grande do Sul, no Brasil e no mundo.
E
por falar em mundo, o Kako, juntamente com
o Borghetti e a sua turma, assim podemos dizer, já representou, inúmeras vezes,
Porto Alegre: no “Porto Alegre em Cena”, no “Porto Alegre em Buenos Aires”, no
“Porto Alegre em Montevidéu”, também na França, levando a nossa cultura,
expressando uma política municipal, expressando uma construção e uma referência
do nosso tradicionalismo, do nosso nativismo e da elaboração do novo paradigma
cultural do Rio Grande do Sul e de Porto Alegre.
E
isso vem de muitos anos, de algumas décadas, quando se iniciava o trabalho, em
Belém Novo, de criar uma referência cultural, por uma visão de descentralização
da cultura, com a realização da Festa do Ridículo. A descentralização da
cultura foi, e é, um projeto que a nossa Administração levou e deixou
constituído, com as mais de 70 oficinas descentralizadas de música em Porto
Alegre.
Queremos contribuir para
que a sua continuidade seja uma realidade. Estamos na expectativa de que isso
se mantenha, com o firme propósito de que, por meio da cultura, nós possamos
resgatar principalmente a criança, o jovem, o adolescente dessa luta tão desigual
que é o enfrentamento da violência que nos cerca em todas as esferas: do nosso
Município, do nosso Estado, do nosso País.
Dizendo
isso, eu sugiro a todos os colegas que leiam a coluna “Página 10” de Zero Hora,
da Rosane de Oliveira, do dia 23/4, em que ela faz um depoimento sobre essa
postura, da violência.
Eu
não tenho dúvida de que um dos grandes espaços para fazermos com que a
sociedade não enverede para o caminho da barbárie, mas que consiga ter a sua
dignidade constituída, será com o resgate da cultura e do envolvimento das
pessoas, desde os seus primeiros dias entendendo esse processo.
Portanto, Kako e Vera,
nós, do Partido dos Trabalhadores, construímos, por intermédio da nossa
Secretária Margarete Moraes, aqui no Município de Porto Alegre, toda uma
política referenciada para valorizar esses espaços, sejam eles do
tradicionalismo como do nativismo, das diversas etnias representativas da
cultura porto-alegrense e da cultura do Rio Grande do Sul.
Ver.
Mario Fraga, Ver. Ervino Besson - propositor desta homenagem ao Kako -, tenha
de nossa Bancada, não só o apoio como o abraço fraterno à comunidade de Belém
Novo, e o abraço fraterno ao nosso companheiro “Pachecão” que, além de ser um
grande defensor e construtor dos espaços culturais é um grande defensor e
construtor da questão ambiental - como um navegador que conhece esse nosso Lago
do Guaíba e a Lagoa dos Patos como ninguém aqui em Porto Alegre -, é um aliado
no processo de qualificação e de avanço para construirmos uma cidade
descentralizada, igualitária, e que representa a expressão não só individual,
mas coletiva de todos nós. O nosso abraço sincero da Bancada dos Trabalhadores.
(Palmas.)
(Não
revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): A Casa se manifestou pelos seus
oradores, em especial pelo proponente desta homenagem, Ver. Ervino Besson.
O
Sr. Cláudio Damazio Pacheco está com a palavra, e, posteriormente, passarei a
palavra para a nossa querida jornalista Vera Armando.
O SR. CLÁUDIO DAMAZIO PACHECO: Sr. Presidente, muito obrigado pela
hospitalidade de todos, Sras Vereadoras e Srs. Vereadores presentes,
e aos Vereadores que não puderam comparecer, eu quero trazer o meu
agradecimento, do fundo do meu coração, por este momento maravilhoso que, para
mim, vai entrar na história. Por todas as andanças que eu já fiz pelo mundo -
pelo País, pela cultura, pela música -, e hoje estando aqui pelo evento chamado
Festa do Ridículo que, apesar de o nome parecer ser um pouco pejorativo, é
muito sério para mim e para toda uma comunidade de milhares de jovens, hoje, do
Estado do Rio Grande do Sul, e extremo Sul de Porto Alegre, pois hoje é um
evento que movimenta, sem dúvida, todo o comércio de Belém Novo - já foi dito
pelos Vereadores que estiveram aqui, como
o Ver. Ervino Besson, a quem dou um especial agradecimento por essa iniciativa
que me deixou muito feliz e indócil para chegar este momento.
Eu
estou bastante ansioso, nervoso. Não sou bom de palavras, mas meu coração está
trepidando aqui. Eu não poderia deixar de chamar a minha querida companheira
Vera, que está colocando a Festa do Ridículo, hoje, no cenário nacional pela
grande imprensa do País. É uma companheira de anos, e é uma festa que a gente
realiza com recursos próprios. É um megaevento, um investimento muito caro; a
gente, na maioria dos anos, ficou “no vermelho”, mas é uma paixão que a gente
tem - isso tem de ser dito -, porque a gente acredita na posição desse evento.
Depois
de 25 anos, tendo o apoio desta Casa aqui, não precisa de dinheiro; é apoio, é
colo, é fazer com que a comunidade continue se integrando a esse evento, que os
jovens que vão lá, que os pais levam e buscam, tenham esse apoio de vocês. Eu,
em nome desses jovens, agradeço do fundo do meu coração pelo que está
acontecendo hoje para mim. Vai para a história desse Evento, de que hoje eu sou
só um representante. Hoje é um evento que tomou um vulto muito maior do que se
imagina. Eu quero trazer a querida Vera aqui, minha companheira, para continuar
falando um pouco por mim, porque eu não sou muito bom nisso. Muito obrigado a
vocês. (Palmas.)
(Não
revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): A Srª Vera Armando está com a palavra.
A SRA. VERA ARMANDO: Excelentíssimo Sr. Presidente desta
Casa, Ver. Elói Guimarães, Sras Vereadoras, Srs. Vereadores, público
presente, senhoras e senhores, funcionários desta Casa, para nós, realmente, é
motivo de muito orgulho hoje podermos estar aqui e dizer a todos os senhores
que não somos organizadores de eventos; nós somos organizadores de apenas uma
festa que tem este nome, Festa do Ridículo, que, como foi falado aqui num
primeiro momento, soa um pouquinho diferente, mas o que nós queremos levar aos
jovens, uma vez ao ano, é a possibilidade de todos se divertirem de uma forma
muito saudável, de todos poderem aproveitar, os pais saberem onde seus filhos
estão, de que maneira chegaram e como vão poder voltar para suas casas.
A
nossa festa prima pela organização, pela segurança, e nós somos integrados a
uma comunidade chamada Belém Novo, que fica na zona Sul de Porto Alegre, onde
nós, por meio da Festa do Ridículo, podemos, ano após ano, participar junto às
escolas, muitas vezes doando o material necessário; junto a outras entidades da
comunidade; possibilitamos também que crianças em situação de risco estejam na
nossa festa duma forma muito segura, que sejam nossos convidados e que
participem.
Queremos
dizer do nosso orgulho de podermos estar aqui; agradecer mais uma vez a todos
os Vereadores que foram sensíveis, e aqueles que ainda não conhecem a nossa
festa, por gentileza, sintam-se nossos convidados para as próximas edições.
Evento como esse que estamos vivenciando, temos certeza, eu e o Kako, que é o
grande mentor intelectual dessa festa, para nós é uma renovação, para que nós
possamos, nos próximos anos, e cada vez mais, fazer uma festa que se supere a
cada nova edição.
Muito
obrigada, mais uma vez a todos os senhores. Estamos muito orgulhosos e
agradecidos por esta tarde, que para nós será sempre inesquecível. E o Kako
merece, sim, todo o respeito de uma comunidade, porque realmente é uma pessoa
de alma pura, de um grande coração, e ele merece estar hoje aqui, muito mais do
que eu. (Palmas.)
(Não
revisado pela oradora.)
O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): Nós queremos, ao encerrar esta parte da
Sessão, agradecer às manifestações dos Srs. Vereadores, em especial ao
proponente desta homenagem, Ver. Ervino Besson; cumprimentar aqui o Sr. Cláudio
Damazio Pacheco, carinhosamente chamado de Kako. E, inclusive, aqui se prestou
uma homenagem à família do Kako, seu pai, e é muito importante, pois as
comunidades se constroem desta forma, Ver. Ervino Besson, são as pessoas, as
lideranças que vão construindo as nossas comunidades. Portanto, Cláudio Damazio
Pacheco, receba a nossa saudação. A nossa saudação também à nossa querida
jornalista Vera Armando, essa figura brilhante, mestre-de-cerimônias de grandes
eventos que se realizam na cidade de Porto Alegre, pessoa ligada à comunicação
social da nossa mídia televisada e falada.
Foi
um momento importante da Casa, que é a expressão dessas realidades que se
desenvolvem nas nossas comunidades, e nós queremos desejar que o Evento
continue, cresça, porque evento - é bom que se diga - mexe com a roda da
economia, são impostos, são empregos, enfim, é necessário que façamos os mais
diferentes eventos. A Festa já trouxe gente de fora do nosso Estado. Então, são
coisas importantes produzidas lá no seio da comunidade.
Portanto,
recebam, ao encerramento, Kako e Vera, as nossas homenagens, e que a Festa que
organizam, a chamada Festa do Ridículo, ganhe os seus espaços, porque isso é
bom para a cidade de Porto Alegre.
Então,
levantamos os trabalhos para as despedidas.
Estão
suspensos os trabalhos.
(Suspendem-se
os trabalhos às 15h38min.)
O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães -
15h40min): Estão
reabertos os trabalhos.
O Ver. Luiz Braz está com a palavra em Comunicações.
O SR. LUIZ BRAZ: Sr. Presidente, Ver. Elói Guimarães, Sras
Vereadoras e Srs. Vereadores, senhoras e senhores, o lixo é um dos negócios
mais ricos que existe em nosso País; tanto é assim, que assassinatos são
praticados com o objetivo de punir os maus parceiros nesse rico negócio, ou de
calar testemunhas, ou por desavenças entre os grandes beneficiados.
São
casos, por exemplo, verificados em Santo André, e, também, em Campinas, duas
Prefeituras administradas pelo Partido dos Trabalhadores. Aqui em Porto Alegre,
só na arrecadação e na destinação, o Prefeito atual tem de cumprir contratos
assinados no Governo do PT, e esses contratos sobem a cifras de cerca de 2
milhões de reais mensais; contratos que devem ser revistos, pois não é justo
para com a população prosseguir nessa atitude insana começada no Governo
passado.
Mas
os problemas nessa área não ficam por aí, na arrecadação, na destinação e
nesses muitos reais que circulam nessa área do lixo. Aqui, bem debaixo do nariz
de cada um dos Srs. Vereadores, existe o malcheiroso caso do incinerador de
lixo, que foi comprado sem licitação, sendo que um dos proprietários da empresa
vendedora desse incinerador era um integrante militante do PT, lá de Campinas,
onde foi assassinado o ex-Prefeito Toninho, também do PT. O pagamento que
deveria, em sua maior parte, ser feito quando da entrega e funcionamento do
incinerador, foi realizado, quase na íntegra - por iniciativa dos dirigentes,
na época, do DMLU, o Sr. Darci Campani, e o Prefeito, na época, também do PT,
hoje Ministro das Cidades, o Sr. Olívio Dutra -, na época da assinatura do
contrato! Quase todo o dinheiro foi passado para os proprietários da empresa na
época da assinatura do contrato! Como se isso não bastasse, no final do Governo
João Verle, foi feito um novo trato, altamente prejudicial para a nossa Cidade,
Ver. Maurício Dziedricki, um dos jovens que honram esta Casa com sua presença.
Houve uma parte desse incinerador que foi paga pelo Sindicato dos Hospitais;
essa parte, num trato que foi feito entre o Prefeito João Verle e o Sindicato
dos Hospitais, está sendo devolvida, mensalmente, até que ela se complete,
ficando o prejuízo total de um aparelho que não funcionou, que está atirado em
um canto qualquer desta Cidade, com Porto Alegre. Ver. Dr. Goulart.
E
o prejuízo não é só esse, o incinerador que não funcionou foi substituído sabem
por quê? Por uma central, por uma usina de incineração do lixo, lá na Restinga,
que V. Exª conhece bem. Mas eu acho que não conhece o prédio onde está essa
usina, ou onde deveria estar funcionando essa usina. Um contrato entre o
Município de Porto Alegre, na época do Sr. João Verle, e a empresa Cavo,
contrato esse também altamente lesivo aos cofres públicos, gerou uma empresa
que também não consegue cumprir com seus objetivos, apesar de ser regiamente
paga pelo Governo petista, ela não consegue cumprir o seu objetivo, que é
incinerar lixo hospitalar. E aí nós ficamos com dois prejuízos: um, do
incinerador, cuja CPI foi feita nesta Casa e indicou culpados. A CPI disse para
a Prefeitura desfazer o negócio, que não foi desfeito; e essa CPI - eu pedi
providências ao Presidente desta Casa -, simplesmente desapareceu, essa CPI
desapareceu!
Acontece
que, muito embora aqui nesta Casa tenham desaparecido com essa CPI, os
documentos daquela má negociação feita entre o Município de Porto Alegre, na
época o Sr. Olívio Dutra e o Sr. Darci Campani, com uma empresa cujo
proprietário é militante do PT lá de Campinas, um negócio sem licitação, esses
documentos existem, nós sabemos deles. Os documentos estão aí para serem
revistos, e nós queremos analisá-los. Mas eu quero, hoje ainda, ouvir de parte
do Presidente desta Casa as informações a respeito dessa CPI, porque eu lembro
que, na Sessão passada, na quinta-feira, solicitei ao Ver. Elói Guimarães que
fornecesse a este Vereador essa documentação, e o Vereador ficou de me informar
a respeito da sua localização, de onde ela andaria.
Mas
eu quero, Ver. Goulart e Vereador-Presidente, receber aqui ainda hoje, as
cópias do Processo ou as informações do sumiço desse Processo, porque as duas
coisas me servem, Vereador-Presidente. O que nós não podemos é deixar que Porto
Alegre arque com os prejuízos desse negócio malfeito, malcheiroso, que eu
acredito que tem um só culpado: o PT.
(Não
revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): Devo informar ao Ver. Luiz Braz que, tão
logo recebido o seu Requerimento, determinei, solicitei à área para que fizesse
a localização do Processo. Tão logo receba, Ver. Luiz Braz, imediatamente
comunicarei V. Exª. Mandei localizar, buscar, procurar, enfim, o referido
dossiê, o referido Processo.
O SR. LUIZ BRAZ (Requerimento): Sr. Presidente, eu sei que já houve
inclusive, fui informado que já houve inclusive uma outra sindicância para
buscar esses documentos, para apurar o sumiço desses documentos, e eu pediria que
V. Exª pelo menos, me desse informações a respeito dessa sindicância feita na
Casa.
Se, porventura, essa
sindicância tiver desaparecido, que eu possa ser informado, para saber que rumo
tomar, Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): Informaremos a V.Exª.
A SRA. MARISTELA MAFFEI (Requerimento): Sr. Presidente, gostaria de solicitar as
notas taquigráficas, porque acho que não escutei bem. O Vereador que estava na
tribuna parece que fez uma acusação ao Partido dos Trabalhadores quanto ao
sumiço de documentos.
Gostaríamos
de ter as notas imediatamente para que possamos tomar as providências cabíveis.
Obrigada.
O SR. LUIZ BRAZ: Pediria que as minhas notas
taquigráficas fossem entregues à Vereadora Maristela Maffei logo após a entrega
dos documentos da sindicância a este Vereador.
O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): Tão logo tenhamos os dados...
O SR. CARLOS COMASSETTO: Sr. Presidente, gostaria de saber se é
regimental tentar barrar as notas taquigráficas para algum Vereador?
Se
for regimental, aceitaremos; caso contrário, queremos a sua posição.
O SR. RAUL CARRION: Parece que a colocação do Ver. Braz é
incorreta.
A
solicitação das notas taquigráficas são um direito.
Quanto
à questão do sumiço, que se descubra. Somos os maiores interessados.
Aliás,
há uma outra CPI, do DEMHAB, que sumiu. Gostaríamos de saber o que aconteceu.
Não
vamos colocar questões que não têm nada a ver uma com a outra.
O SR. LUIZ BRAZ: Este Vereador não está assustado com as
manifestações do lado de lá, porque, em Campinas e Santo André, chegaram a
matar pessoas para eliminar testemunhas.
Aqui,
não sei o que vai acontecer.
O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): Vamos ater-nos à questão colocada.
A
partir da cobertura do Canal 16, as notas taquigráficas são públicas. Mas acho
que o Ver. Luiz Braz não terá nenhum problema em oferecer as notas à
requerente.
O
Ver. Maurício Dziedricki está com a palavra em Comunicações.
O SR. MAURICIO DZIEDRICKI: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, Sras
Vereadoras, servidores desta Casa, público do Canal Legislativo, é com muita
delicadeza que trato o tema ora proposto que reflete o comportamento dos nossos
flanelinhas, em especial no bairro Cidade Baixa. Hoje, na Rádio Gaúcha, pela
manhã, foi anunciado um levantamento feito pelo 9º BPM, que dos 1.500
flanelinhas, dos 1.500 guardadores de carro, um dado grave foi constatado: que
80% destes têm antecedentes criminais. Isso faz com que a comunidade da Cidade
Baixa hoje sofra com inúmeras situações de tráfico de drogas, de roubo e furto
a automóveis, seqüestros relâmpagos. Não que esses crimes estejam relacionados
com esses flanelinhas, mas há de se ter políticas e há de se discutir neste
Plenário de que forma nos comportaremos com o trato desses que, por muitas
vezes, extorquem, coagem os proprietários de automóveis, que deixam seus carros
nas ruas para usufruir as casas noturnas, os restaurantes, as benesses
culturais que têm, como exemplo, o bairro da Cidade Baixa.
Desses 1.500, 1.200 foram
apontados com antecedentes criminais. Dos 1.200, inúmeros foram reconduzidos ao
sistema penitenciário uma vez que haviam fugido, que estavam em contradição com
a lei. O que aponta o 9º BPM? O rádio toca-fita é comercializado por R$ 40,00;
o CD-Player por R$ 150,00, e o preço da nossa liberdade, da nossa tranqüilidade,
qual é? Em quanto nós podemos precificá-la? Será que podemos precificá-la?
Dessa forma, quero levar
ao Presidente da Comissão de Defesa do Consumidor, Direitos Humanos e Segurança
Urbana esse tema, a proposta de análise do comportamento dos flanelinhas, em
especial no Centro e na Cidade Baixa. Na semana passada, ouvimos a nossa
querida Eva Sopher fazer alguns relatos...
O Sr. Adeli Sell: V. Exª permite um aparte? (Assentimento
do orador.) Eu gostaria de lhe dizer que tenho um projeto aqui na Câmara que
revoga as duas leis, na minha opinião demagógicas, desta Câmara, que dão
sustentação a isso. Se nós conseguirmos aprovar o Projeto de Lei que revoga as
duas leis, eles vão ter guarida nacional, porque têm base nacional; uma lei de
1975. Mas, daí, a Prefeitura pode tomar atitude: se não tem licença, tira da
rua. A Brigada investigou 153 flanelinhas na semana passada, os 153 tinham
passagem pela polícia. Tudo o que falei dos flanelinhas da Cidade Baixa está
comprovado pela imprensa. Todos "têm culpa no cartório"!
O Sr. Nereu D'Avila: V. Exª permite um aparte? (Assentimento
do orador.) Eu quero discordar do Ver. Adeli Sell, e, se V. Exª entendeu bem o
aparte dele, ele quer simplesmente extinguir a lei que criou o sindicato de
organização dos flanelinhas. Ora, é a mesma coisa que eu sentir dor no braço,
aí eu corto o braço. Não tem nada a ver. Muito pelo contrário, eu acho que nós
temos que organizá-los, responsabilizá-los, sim, porque nós não somos infensos
aqui, que seja coibida a presença de marginais entre eles. Agora, não podemos é
tirar o direito deles, dos que são honestos; e não são só desonestos, não! Isso
não existe. Não existe classe que só tenha desonestos. Então eu só quero trazer
para o debate essa situação: eu não concordo com a extinção das leis.
O SR. MAURÍCIO DZIEDRICKI: Tendo em vez estes dois posicionamentos,
é mais do que recorrente este assunto neste Plenário, uma vez que nós devemos
procurar positivar não somente em lei, mas positivar em ações práticas o
controle daqueles que buscam a posição de guardador de carro como alternativa
de trabalho, de ocupação.
Então
faço este registro público para que, na CEDECONDH, nós possamos discutir e
trazer a este Plenário um tema tão próprio, que por muitas vezes condiciona
oportunidade de trabalho, oportunidade de geração de renda, mas, também, que
leva intranqüilidade às comunidades que hoje estão afetas a essa questão.
(Não
revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): O Ver. Sebastião Melo está com a palavra
em Comunicações.
O SR. SEBASTIÃO MELO: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, Sras
Vereadoras, inicialmente, nós queremos, Ver. Dr. Goulart, dizer que, apesar de
todas as dificuldade, o Governo Municipal, através de sua Secretaria da Saúde,
vem fazendo a sua parte. Primeiramente, estabeleceu um mutirão para fazer
algumas centenas, para não dizer milhares, de cirurgias, que estavam represadas
há muito tempo nesta Cidade. Portanto, eu acho que ele está, do seu jeito, da
sua toada, fazendo, tentando colocar
a carreta na linha certa.
Hoje
se anuncia que haverá uma descentralização, através de quatro novas farmácias,
na distribuição dos remédios. Nós sabemos que, historicamente, no Posto Santa
Marta - e muitas vezes nós estivemos lá -, há por parte do cidadão de Porto
Alegre, da Grande Porto Alegre e do Interior, a expectativa da fila no início
do mês para buscar o remédio, porque sabia que depois de cinco ou seis dias já
não tinha mais o remédio. Então, acho que o Governo age bem ao descentralizar a
distribuição de remédios, dando a garantia de que não vai faltar remédio
durante todo o mês. Portanto, o cidadão, já sofrido, dolorido, não precisa
ficar na expectativa de, no início do mês, mas que ele possa, no dia que puder,
ir ao Posto e pegar o seu remédio.
Então,
nós queremos gizar, aqui, que é um passo muito importante.
Por
outro lado, quero dizer que o Governo do Estado, hoje, deu um passo
extraordinário na revitalização do Cais do Porto. O Sr. Governador e a sua
equipe transferiram para o Cais Navegantes, Ver. Adeli, toda a atividade
econômica do Cais do Porto, deixando livre essa área para que, em parceria com
a Prefeitura de Porto Alegre, possa fazer um projeto extraordinário, que deve
estar lincado a uma série de outras ações com o Centro da Cidade. O Cais do
Porto não pode ser um projeto isolado, ele tem de estar integrado com o
comércio ambulante, que deve receber os mercados populares. Essa expressão shopping popular é muito americanizada,
não me agrada, mas mercados populares, onde o cidadão que está na rua, hoje,
possa ter uma opção de trabalhar.
Eu
acho que o Governo caminha bem nessa direção. Acho que o Governo também caminha
bem quando vai instrumentalizar a Guarda Municipal, dando a ela mais condições
de trabalho. Então, estou muito entusiasmado; hoje não pude ir lá no Cais do
Porto, porque estava cumprindo outra missão no Comando Regional do PMDB, mas
quero cumprimentar o Governador, a sua equipe, e dizer que foi dado o pontapé
inicial para esse projeto que só tem sentido e só tem condições de sustentação
se ele for feito em parceria com a Prefeitura e o Governo do Estado.
Por
final, eu não estou vendo aqui o Ver. Oliboni, mas quero dar um cutucão apenas,
e deixar para um debate mais acalorado no momento oportuno. Eu considero o
Projeto do Ver. Oliboni o “projeto bode”, que é o projeto do nepotismo. Durante
16 anos a Bancada do PT botou esse projeto do nepotismo, aqui na Casa, e
tirava; botava e tirava. Então, chama-se o “projeto bode”. E, agora, eu espero
que seja para valer. Então, quero dizer que tem o meu apoio, o meu aplauso, tem
o meu voto, com muita tranqüilidade, mas o Ver. João Verle, na época, foi quem
protocolou o “projeto bode”. A Bancada do PT a cada ano desarquivava o projeto,
e não sei por qual razão, no meio do mandato - eu não entendi bem até hoje, só
sei que o projeto ia parar em alguma gaveta, em algum lugar e ele nunca andava.
Agora, eu espero que o projeto funcione, porque, durante 16 anos, eles botavam
o bode na sala e tiravam o bode da sala, até porque eu estava olhando o
seguinte, quem mais emprega parentes neste Brasil são os ministros do
Presidente Lula. Tem uma lista extraordinária. Eu quero fazer este debate com
grande galhardia. Tem problemas em todos os Partidos, mas hoje, na “cotação da
bolsa”, quem ganha é o PT, quem ganha são os Ministros. E eu quero cumprimentar
o Ver. Oliboni. Espero, Ver. Oliboni, que desta vez seja para valer, que não seja o
“projeto bode”, porque 16 anos foi o “projeto bode”, tira o “bode”, e bota o
“bode”. Muito obrigado.
(Não
revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): Há uma comunicação por meio do Ofício nº
193/05, do Sr. Prefeito José Fogaça, informando o seu afastamento do Município,
nos dias 22 e 23 do corrente, ocasião em que estará em São Paulo.
O
Ver. Adeli Sell está com a palavra em Comunicações, por cedência de tempo da
Verª Sofia Cavedon.
O SR. ADELI SELL: Meu caro Presidente, Ver. Elói
Guimarães, Colegas Vereadores, Vereadoras, cidadãos de Porto Alegre, hoje o dia
está bom, estamos fazendo verdadeiros debates aqui. Primeiro sobre a orla: quem
desafetou o Cais Mauá foi o Comitê de Autoridades Portuárias no mês de março de
2003. Até então era porto, de lá para cá, por essa decisão, nós podemos ter
atividades comerciais, de turismo, porto, inclusive para ancorar barcos, enfim.
Mas estou de acordo com que a operação comercial deva ser no Cais Navegantes;
há um acordo sobre isso. Queremos discutir a orla como um todo, mas não
discutir grandes projetos e depois nada acontece. Eu fiz aqui um Seminário
sobre a questão do Estaleiro e dei contribuições ao Governo. Sexta-feira, fui
chamado pela Diretora do Escritório de Turismo para discutir turismo; estive lá
dando a minha contribuição. Se é para o bem da Cidade, estamos juntos, não há
nenhum problema.
O
que eu vou trazer aqui hoje, meus caros colegas Vereadores, é a situação
catastrófica dos moradores de rua da cidade de Porto Alegre. Nós temos que
discutir um conceito, do qual eu discordo radicalmente - sempre discordei
publicamente -, que é essa história da FASC dizer que o morador de rua tem o
direito de ir e vir. É óbvio que as pessoas têm o direito de ir e vir; isto é
constitucional. Eu sou um democrata, sou um sujeito de esquerda, eu sei que as
pessoas têm o direito de ir e vir, não como acontece nos Estados Unidos, em que
as pessoas não podem ir lá para trabalhar, mas os Estados Unidos podem explorar
o mundo inteiro. Agora, morador de rua, drogadizado, que não tem a mínima
condição sobre o seu próprio corpo, pessoa com sofrimento psíquico, que não tem
nenhuma noção de espaço público, espaço urbano, não pode ficar na rua. É óbvio.
Só que esse óbvio não acontece. A FASC me disse: “Quinta-feira passada,
retiramos as pessoas debaixo do viaduto da Conceição”. Tiraram do lado da rua,
porque, sábado e ontem, todos estavam no outro lado da rua. Só mudaram de lado
da rua. Tudo continua igual.
Vejam
a situação da Praça da Matriz. Hoje de manhã, entre a Secretaria de Cultura do
Estado do Rio Grande do Sul até a Duque de Caxias, o cidadão de Porto Alegre
não conseguia passar na calçada, pois estava tomada de moradores de rua, que
dormiam, e junto tinha um galpão de reciclagem a céu aberto, a 50 passos da
Catedral, a 60 passos do Palácio Piratini, e era só atravessar a rua, estávamos
na Assembléia Legislativa do Estado, para não falar do Ministério Público e da
Justiça, que ficam do outro lado da Praça. Esta é uma situação inaceitável! E
aqui eu quero dizer aos senhores e às senhoras, que querem fazer a Cidade
benemérita, ajudar as pessoas que moram na rua: vão à FASC, vão aos albergues e
dêem comida nos albergues, não na rua, porque isso é estimular a pessoa a ficar
na rua. A rua não é espaço para as pessoas morarem, para as pessoas tomarem.
Esse lugar é do povo, é para circular. As pessoas que têm necessidade têm de
estar nos albergues; nos albergues! Esta tem que ser uma política que tem que
ser feita com o Governo do Estado, com o Município, com as Igrejas, discutindo
conosco, aqui, formando um grande mutirão, porque é uma vergonha uma Cidade
como a nossa ter as suas praças tomadas de moradores de rua, de crianças que
moram na rua!
Vejam,
no Centro de Porto Alegre, na Praça da Alfândega, é a mesma coisa; a Praça
Otávio Rocha, idem; a Praça Daltro Filho, idem; debaixo do Viaduto da
Conceição, idem; debaixo do Viaduto da Silva Só, idem. Alguma coisa está
errada! Isso para não falar da orla. Então nós temos que ter uma política para
isso.
Eu
estou aqui para ajudar, para discutir, para organizar um mutirão; se o Governo
estiver disposto a enfrentar essa triste situação, nós vamos ajudar, nós vamos
chamar as entidades, nós vamos chamar a iniciativa privada, agora, tem que ter
vontade política. Vamos fazer um mutirão, nós estamos juntos, porque esse não é
um problema somente da Prefeitura, não é somente um problema do Governo do
Estado, é um problema da cidade de Porto Alegre. Porto Alegre nunca vai ser uma
cidade turística, uma cidade que possa receber - porque tem condições de
receber - se não resolver o problema dos moradores de rua.
Para
concluir, tem que enfrentar o problema dos flanelinhas. Não me venha aqui o
Ver. Nereu D’Avila querer dizer que eu quero acabar com o Sindicato; quem acaba
com o Sindicato é o Congresso Nacional. Nós aprovamos duas leis demagógicas -
não sei em que ano -, nesta Câmara, dando sustentação aos flanelinhas. Foi
constatado que todos os flanelinhas que foram pegos na semana passada pela
Brigada Militar tinham passagem pela polícia; têm contas a prestar. A Cidade
Baixa virou a “cidade dos marginais”, junto com moradores de rua, inclusive.
Então
temos que dar um jeito nessa situação. É triste, essa é a verdade, é a
realidade como ela é. Se querem colaboração da oposição nesta Câmara, estamos
dispostos a ajudar a resolver o problema. Obrigado.
(Não
revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): O Ver. Valdir Caetano está com a palavra
em Comunicações. Ausente.
Passamos
à
PAUTA - DISCUSSÃO PRELIMINAR (Art. 151 do
Regimento)
(05 oradores/05 minutos/com aparte)
1.ª SESSÃO
PROC.
N.º 4148/04 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 185/04, de autoria do Ver. Luiz Braz, que
denomina Rua Padre Pedro Leonardi um logradouro não-cadastrado, localizado no
Bairro Restinga.
PROC.
N.º 1436/05 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 066/05, de autoria da Ver.ª Margarete Moraes, que
acrescenta parágrafo único ao art. 1º da Lei n.º 6.946, de 27 de novembro de
1991, que dispõe sobre o funcionamento de estabelecimentos destinados à venda
de animais, determinando que a exposição dos animais ao público somente seja
feita na parte interna do estabelecimento, bem como veda a exposição deles na
vitrina.
PROC.
N.º 1998/05 - PROJETO DE LEI COMLEMENTAR DO LEGISLATIVO Nº 012/05, de autoria do Ver. Luiz Braz, que altera
a redação do § 2º do art. 4º da Lei Complementar n.º 317, de 22 de março de
1994, passando de 8 cm2 para 15 cm2 a área da publicidade
a ser inserida no canto superior direito da placa indicativa do nome do
logradouro.
PROC.
N.º 2078/05 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 099/05, de autoria da Ver.ª Maristela Maffei, que
oficializa o dia 11 de outubro como sendo o Dia Municipal de Luta por Creches,
passando a integrar o Calendário de Eventos Oficiais de Porto Alegre.
PROC.
N.º 2105/05 - PROJETO DE RESOLUÇÃO Nº 079/05, de autoria da Ver.ª Maria Celeste, que
confere ao Centro de Tradições Gaúchas Gildo de Freitas o Prêmio
Tradicionalista Glaucus Saraiva.
PROC.
N.º 2311/05 - PROJETO DE RESOLUÇÃO Nº 084/05, de autoria da Ver.ª Maria Celeste, que
concede o prêmio de teatro Quorpo Santo ao Diretor Nilton Salgado Pereira
Filho.
PROC.
N.º 2447/05 - PROJETO DE RESOLUÇÃO Nº 085/05, de autoria da Ver.ª Maria Celeste, que
concede o Prêmio Francisco José Zaffari de Promoção e Defesa dos Direitos da
Criança e do Adolescente ao Clube de Mães Novo Mundo.
2.ª SESSÃO
PROC.
N.º 1872/05 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 092/05, de autoria da Ver.ª Mônica Leal, que
institui, no Município de Porto Alegre, a Central de Informações de Estoque
Excedente de Hemocomponentes, que integrará a Secretaria Municipal da Saúde. Com Emendas n.os 01, 02 e 03.
PROC.
N.º 2121/05 - PROJETO DE RESOLUÇÃO Nº 081/05, de autoria do Ver. Claudio Sebenelo, que
altera a Resolução n.º 1.178, de 16 de julho de 1992, e alterações posteriores
(Regimento da Câmara Municipal de Porto Alegre), mediante o acréscimo de § 6º
ao art. 42, que estabelece norma para flexibilizar as atividades das Comissões
Permanentes.
PROC.
N.º 2164/05 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 104/05, de autoria do Ver. João Carlos Nedel, que
denomina Rua Ana Abruzzi um logradouro público cadastrado, localizado no Bairro
Mário Quintana.
3.ª SESSÃO
PROC.
N.º 0087/01 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 003/01, de autoria do Ver. Raul Carrion, que
dispõe sobre o fornecimento de água aos trabalhadores desempregados e dá outras
providências.
PROC.
N.º 3003/04 - PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO Nº 017/04, que dá nova redação ao inciso VIII do
art. 2.º, da Lei n.º 8.936, de 03 de julho de 2002. (Fundo Monumenta /altera
número de representantes de ONGs vinculadas à preservação histórico-cultural)
PROC.
N.º 4238/04 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N.º 189/04, de autoria dos Vereadores Raul Carrion e
Margarete Moraes, que dispõe sobre a reserva de vagas para pessoas portadoras
de deficiência (PPDs) na contratação do serviço terceirizado pelo Executivo
Municipal, bem como para estágios oferecidos pelos órgãos públicos do
Município.
PROC.
N.º 0479/05 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 024/05, de autoria da Ver.ª Margarete Moraes,
que concede o título honorífico de Cidadã de Porto Alegre à Senhora Liliana
Fiúza Magalhães.
PROC.
N.º 1570/05 - PROJETO DE RESOLUÇÃO Nº 072/05, de autoria do Ver. Bernardino Vendruscolo, que acrescenta §
2º ao art. 7º da Resolução n.º 1.178, de 16 de julho de 1992, e alterações
posteriores - Regimento da Câmara Municipal de Porto Alegre, renumerando o
atual § 2º para 3º, estabelecendo a realização de sessão plenária no
Acampamento Gaúcho, durante a Semana Farroupilha.
PROC.
N.º 1760/05 - PROJETO DE RESOLUÇÃO Nº 075/05, de autoria da Ver.ª Clênia Maranhão, que altera a Resolução
n.º 1.178, de 16 de julho de 1992, e alterações posteriores, (Regimento da Câmara Municipal de Porto
Alegre), dando nova redação ao art. 95, estabelecendo que Moção é a proposição
em que o Vereador se manifesta sobre assunto determinado, hipotecando
solidariedade, protestando ou repudiando.
PROC.
5838/04 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 238/04, de autoria do Ver. Elói Guimarães, que
concede o título honorífico de Cidadão de Porto Alegre ao Senhor Pedro Dauro de
Lucena.
PROC.
1765/05 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 085/05, de autoria do Ver. Haroldo de Souza, que
dispõe sobre a instalação de benfeitorias nos terminais e paradas de ônibus e
lotações, na área central da cidade e nos ônibus e lotações, objetivando
auxiliar os deficientes visuais em sua locomoção.
PROC.
1839/05 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 089/05, de autoria da Ver.ª Mônica Leal, que
institui o Ensino do Planejamento Familiar no currículo escolar dos Ensinos
Fundamental e Médio, nas escolas da rede municipal de Porto Alegre. Emenda n.º 01.
PROC.
1884/05 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 094/05, de autoria do Ver. Alceu Brasinha, que
permite a colocação de anúncios publicitários em áreas públicas destinadas à
prática de esportes em geral.
PROC.
1938/05 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 096/05, de autoria do Ver. Maurício Dziedricki,
que dispõe sobre a coloração do recipiente e esterilização das bombonas e
garrafões de 20 litros a serem utilizados na distribuição de água a
estabelecimentos da área da Saúde.
PROC.
N.º 0088/01 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N.º 004/01, de autoria do Ver. Raul Carrion, que cria
a passagem gratuita nos serviços de transporte coletivo do Município de Porto
Alegre para os desempregados. Com
Substitutivos n.º 01 e n.º 02.
PROC.
0050/03 - PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO Nº 001/03, que revoga a Lei n.º 5.311, de 13 de
setembro de 1983. (revogação/logradouro público)
PROC.
5787/04 - PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO Nº 064/04, que denomina Celso Furtado a passagem de
nível da Avenida Teresópolis na Terceira Perimetral.
PROC.
5789/04 - PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO Nº 065/04, que denomina Leonel Brizola o viaduto de
transposição da Avenida Farrapos a Terceira Perimetral.
PROC.
2031/05 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 098/05, de autoria do Ver. Sebastião Melo, que
denomina Rua Mery Weiss um logradouro público cadastrado, localizado no Bairro
Rubem Berta.
O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): O Ver. Carlos Todeschini está com a
palavra para discutir a Pauta.
O SR. CARLOS TODESCHINI: Sr. Presidente, Sras
Vereadoras e Srs. Vereadores, assistência do Canal 16, público das galerias, eu
quero discutir aqui hoje o Projeto de Lei do Executivo nº 065/04, que objetiva
denominar Leonel Brizola o viaduto de transposição da Av. Farrapos, à 3ª
Perimetral, obra que a gente conhece como Viaduto do Laçador, que é obra
integrante do complexo da 3ª Perimetral, de financiamento do BID e mais o Fonplata.
Pois
bem, nós estamos aqui discutindo a denominação de uma obra de arte
importantíssima, que está por vir, que está por acontecer, mas ao manter o
ritmo, os cuidados e as tratativas, possivelmente essa obra não aconteça ou
está no mínimo seriamente ameaçada de acontecer.
Eu vou falar disso, porque
imbricado na negociação dessa obra, estão as contrapartidas que são originárias
de recursos do Fonplata, que é um financiamento de uma instituição financeira
para a América Latina, que faz parte e que integra o complexo Entrada da
Cidade, e que aporta recursos para viabilizar a implantação dessa
importantíssima, estratégica e inédita obra na cidade de Porto Alegre. E para
isso acontecer, é necessário que o Governo tome essa atitude, que não está
tomando; é necessário que o Governo tenha cuidado e atenção para fazer com que
os investimentos e o que cabe ao Município se dê, pari passu, no conjunto e no contexto dessas obras, porque caso
isso não aconteça, é possível, sim, que o Banco suspenda o financiamento, tanto
a parte do BID como a parte do Fonplata.
Então Porto Alegre estaria
perdendo o vultoso recurso que faz parte, hoje, do sistema de financiamento de
grandes, importantes e fundamentais obras de nossa Cidade. E aí está implicada
a conclusão também da 3.ª Perimetral, e aí faz parte também o Programa Entrada
da Cidade, e também estão contidas as 75 obras de pavimentação comunitária, que
se o BID vier a suspender o financiamento, a Cidade terá prejuízo, pois serão
os programas que irão cessar.
Eu
quero fazer um alerta a esta Casa, de forma muito contundente e importante, que
a iminência da perda é muito próxima, é muito próxima porque não estão sendo
cumpridos os calendários, as regras, as contrapartidas e os deveres da
Municipalidade. E não estão sendo cumpridos, não é por falta de recursos,
porque recursos há e não são tão expressivos. Para os senhores terem uma idéia,
o que está faltando para que o Fonplata dê continuidade não são mais do que 700
ou 800 mil reais, que é a parte de responsabilidade da Prefeitura a ser
integralizada. E assim sempre foi durante todas as obras e todos os projetos,
para que elas tenham o efetivo acontecimento e a efetiva realização.
E,
vejam bem, estou falando do viaduto do Laçador, da conclusão da 3.ª Perimetral,
estou falando da Entrada da Cidade e estou falando, também, do Programa
Socioambiental, que é um outro Projeto, à parte, que nós deixamos com todas as
condições para que ele fosse contratado e ele começasse a acontecer.
E
o Governo, não sei se é com a justificativa de que não deva dar continuidade
aos projetos que são da Administração Popular, se é falta de competência, ou
não é saber o que fazer. O fato é que Porto Alegre se aproxima de ter um grande
sem precedentes e sem comparativo prejuízo pela perda possível desses
financiamentos que estão muito próximos. Faço esse alerta a esta Casa, faço
esse alerta ao Governo, porque a cobrança será muito severa se isso vier a
acontecer. Obrigado.
(Não
revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): O Ver. Newton Braga Rosa está com a
palavra para uma Comunicação de Líder.
O SR. NEWTON BRAGA ROSA: Sr. Presidente, prezados colegas,
considero oportuno, nesta tribuna, fazer uma menção a um evento que será
realizado em Porto Alegre, na próxima quinta-feira, na Federação das
Indústrias. Trata-se da Frente Empresarial pela Aprovação da Lei do Super Simples.
O que é a Lei do Super Simples? Como já havia falado numa intervenção anterior,
o Brasil foi um dos primeiros países do mundo a criar facilidades para a
criação de novos empregos, isso por volta do ano de 1984. O Estatuto da
Microempresa, que foi um avanço importante do ponto de vista social e
empresarial, criava e desburocratizava a vida dos pequenos empresários,
propiciando que mais empreendedores se aventurassem na vida empresarial. O
resultado disso é que, hoje, 60% dos empregos gerados estão nas pequenas e
microempresas. Qual é o problema que está ocorrendo hoje? Em função da elevada
carga tributária e das sucessivas modificações que foram feitas referentes ao
enquadramento das microempresas, a grande maioria das empresas, hoje, não
consegue mais se enquadrar no Simples, pela simples razão de que,
gradativamente, uma a uma das categorias profissionais e empresariais foram
sendo excluídas ao longo desse tempo. A Lei Geral das Micro e Pequenas Empresas
está sendo capitaneada pelo SEBRAE, que é uma entidade de reconhecida
competência, de lisura e de eficiência na formação de empreendedores e criação
dessas novas oportunidades. Porto Alegre é uma das quatro cidades brasileiras
que estará sendo privilegiada pela realização desse Fórum Empresarial. O
objetivo, então, é a mobilização de toda a sociedade em busca de uma legislação
mais justa, que facilite a vida do empresário e diminua a carga tributária,
porque só assim será possível criar novos empregos.
Acredito
que esta Casa, onde o assunto do emprego tem sido exaustivamente tratado, não
poderia ficar alienada a respeito desta intervenção. Estão todos convidados.
Muito obrigado pela atenção.
(Não
revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): O Ver. Carlos Comassetto está com a
palavra para discutir a Pauta.
O SR. CARLOS COMASSETTO: Sr. Presidente, Ver. Elói Guimarães,
prezados colegas Vereadores, prezadas colegas Vereadoras, prezado público que
nos assiste, quero tratar, hoje, do Requerimento nº 122/05, de nossa autoria.
Estamos apresentando para esta Casa discutir e apreciar, e desejamos que seja
aprovada e enviada à Conferência Nacional dos Bispos do Brasil - CNBB, uma
Moção de Apoio pela realização da Campanha da Fraternidade de 2005, com o lema
“Felizes os que Promovem a Paz”. Isso nos motivou, porque no último dia 15 de
abril, foi comemorado o Dia do Desarmamento Infantil. Esse Dia, que se
assinalou no dia 15 de abril, tem o objetivo e visa a conscientizar a sociedade
para a importância da busca desse objetivo, ou seja, construir a paz. Em um
País como o Brasil, que detém o triste recorde, que contabiliza o maior índice
de mortes por armas de fogo no mundo, essa data cumpriu e cumpre a função de
alertar o País, os pais, educadores e autoridades para a necessidade de conter
a mortalidade. Considerando somente o ano de 2002, houve no Brasil cerca de 40
mil mortes por armas de fogo. Há violência na família, nas relações sociais,
nas ações de indivíduos ou grupos de crime organizado, e há muita violência nas
relações internacionais, nas guerras e no terrorismo.
O Sr. Mario Fraga: V. Exª permite um aparte? (Assentimento
do orador.) Ver. Comassetto, eu creio que V. Exª se enganou em relação ao tema
a ser discutido. Eu o parabenizo por discutir esse tema, mas nós estamos
discutindo a Pauta, Vereador.
O SR. CARLOS COMASSETTO: Vereador, se V. Exª verificar os
Requerimentos que fazem parte da Pauta, no dia de hoje, 25 de abril...
O Sr. Mario Fraga: A Pauta se refere a projetos, Vereador.
O SR. CARLOS COMASSETTO: Sr. Presidente, eu creio que os
Requerimentos e as Moções fazem parte da discussão e eu gostaria que V. Exª
garantisse o meu tempo. Eu me refiro ao Requerimento nº 122/05, Processo nº
2.444/05, de minha autoria.
O Sr. Mario Fraga: Não, Vereador. Conforme se verifica na
página 3, nós estamos no período de discussão preliminar de Pauta, podendo ser
discutida por cinco oradores, por um período de cinco minutos, com aparte. O
tema que V. Exª está discutindo é relevante, Vereador, só que este não é o
momento para discuti-lo.
O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): Eu pediria a V. Exª que examinasse a
Pauta.
O SR. CARLOS COMASSETTO: Por gentileza, Sr. Presidente, eu
gostaria de um esclarecimento. O Requerimento que foi encaminhado por este
Vereador, e que está em Pauta para votação, não faz parte da Ordem do Dia?
O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): Ele está na Ordem do Dia, mas ele não
consta da Pauta.
O SR. CARLOS COMASSETTO: Está na Ordem do Dia?
O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): Vossa Excelência tem de discutir a
Pauta. Eu pediria que V. Exª se ativesse à Pauta.
O SR. CARLOS COMASSETTO: Não há problema. Eu pediria a gentileza
à nossa Secretaria para que me alcançasse a Pauta. (Pausa.) Eu mantenho a
posição sobre a importância do tema, mas vou tratar do Projeto da Verª
Maristela Maffei, que oficializa o dia 11 de outubro como sendo o Dia Municipal
da Luta por Creches. Eu creio que esse entendimento, de que esse dia passe a
integrar o calendário de eventos oficiais de Porto Alegre determina o Dia
Municipal das Creches. Mais do que isso, protocolamos recentemente um Projeto
de Lei - pegando o Dia Internacional do Desarmamento -, que busca a proibição
em todas as escolas infantis do Município de Porto Alegre, da rede pública ou
da rede privada, Verª Maristela Maffei, de qualquer brinquedo que represente
arma de fogo ou que ocasione a violência.
Portanto,
esse seu Projeto que apresenta o dia 11 de outubro como sendo o Dia Municipal
de Luta por Creches, passando a integrar o calendário de eventos de Porto
Alegre - nós precisamos, sim, que todas as nossas crianças estejam em creches -
nos auxilia a fazer com que essas instituições reproduzam a cultura da paz,
reproduzam a cultura da não-violência, reproduzam a cultura que venha a
potencializar a formação do indivíduo no seio da sua família. Por esse motivo,
nós apresentamos essa Moção também à CNBB, para apoiar não só os projetos que
tratam da criança e do adolescente, mas para conseguirmos que o nosso
Município, nas suas políticas, se dedique a construir o que nós estamos
chamando de a cultura da paz, que é uma obrigação de todas as instituições
públicas de Porto Alegre, do Brasil e do mundo. Muito obrigado.
(Não
revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): A Verª Mônica Leal está com a palavra
para discutir a Pauta.
A SRA. MÔNICA LEAL: Sr. Presidente, Ver. Elói Guimarães; eu
ocupo a tribuna hoje para falar de um problema que preocupa a todos nós, que é
a gravidez na adolescência. A gravidez na adolescência ocupa grande espaço na
mídia, é o mais grave dos problemas sociais e de Saúde pública. Os índices de
gestações na adolescência são maiores do que os índices das estatísticas
oficiais entre 20% e 30%, conforme a região, e vêm crescendo assustadoramente
na população de baixa renda. De cada cinco crianças que nascem no Brasil, uma é
filha de mãe adolescente, conforme informação dada pelo IBGE. Pesquisa de
estatísticas de registros civis nos censos mostra que 20% das mães têm entre 15
e 19 anos; dos 2,6 milhões de partos realizados pelo Sistema Único de Saúde -
SUS -, em 2003, 31 mil foram feitos em meninas com idades entre dez e 14 anos.
É a maior causa de evasão escolar entre as meninas, conforme pesquisa da
UNESCO, de 2005.
É
considerada também a terceira causa de morte na adolescência, sem considerar as
privações básicas necessárias na primeira infância, que serão fatores decisivos
na formação de um adulto. As adolescentes grávidas vivenciam dois tipos de
problemas emocionais: um, pela perda de seu corpo infantil; e outro, por um
corpo adolescente recém adquirido que está se modificando novamente pela
gravidez.
Com
essa preocupação eu entrei com um Projeto nesta Casa de planejamento familiar.
O planejamento familiar não se restringe só à sexualidade como tema educativo,
mas também sobre a responsabilidade de gerar um filho. A questão do despreparo
emocional, do equilíbrio, da falta de afeto e do cuidado desses pais
adolescentes pode gerar problemas futuros sérios nessa criança que irá nascer.
É importante levar essa questão de responsabilidade da maternidade de forma que
a criança e o jovem adolescente compreendam a seriedade desse passo.
É
preciso ter informação real desse ato de ter um filho para constituir uma
família mais forte, equilibrada, e, acima de tudo, saudável.
Sabemos
que é preciso um conjunto de necessidades básicas para se ter um filho, como
moradia, alimentação, saúde, estudo, lazer, e o mais importante item de todos:
o amor e o acompanhamento. E isso, mesmo que o Estado e o Município quisessem,
não poderiam fornecer. A novela da Globo, A Senhora do Destino, usou muito bem
esse fato: uma menina grávida que colocava os problemas que aconteciam com a
gravidez precoce.
Em
Cruz Alta - eu tenho aqui uma matéria do jornal Zero Hora (Mostra o jornal.) -,
os administradores do Programa de Saúde em Família distribuíram 50 pintinhos,
para que as crianças os levassem para casa para saberem a preocupação, o
problema que é alimentar, cuidar desse ser vivo. O que eu quero dizer com isso?
Por que não oferecer por meio da educação o conhecimento e a informação
necessários ao planejamento de uma família? “Ser mãe não é apenas abrigar uma
criança no útero, mas na mente para sempre”, essa foi uma frase que eu colhi do
Psiquiatra e Psicoterapeuta da Universidade Federal de São Paulo, Dr. Eduardo
Navajas Filho. Obrigada.
(Não
revisado pela oradora.)
O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): O Ver. Sebastião Melo está com a palavra
para discutir a Pauta.
O SR. SEBASTIÃO MELO: Sr. Presidente, Sras
Vereadoras, Srs. Vereadores, quero dizer ao meu querido Ver. Adeli que é a
primeira vez que estou falando, neste ano, em Pauta, viu Ver. Adeli? Foi a
primeira vez que eu consegui me inscrever aqui em tempo hábil.
Inicialmente
quero, de forma muito respeitosa, dizer que, mesmo não estando na Pauta, o Ver.
Todeschini colocou uma série de informações, e na medida em que a Presidência
concedeu o direito de ele falar desses assuntos na Pauta, tenho o direito de
responder. Quero dizer que V. Exª está equivocado; V. Exª sabe que o Programa
Socioambiental, que os senhores propagaram no Programa Cidade Viva com o
dinheiro do contribuinte, na verdade o...
(Aparte
anti-regimental da Verª Maristela Maffei.)
O SR. SEBASTIÃO MELO: Não! O Ver. Todeschini falou isso aqui,
dizendo que o nosso Governo não ia colocar em prática. Vossa Excelência sabe
que o Socioambiental foi suspenso, porque...
O SR. CARLOS COMASSETTO: Sr. Presidente, uma Questão de Ordem.
Quero saber se o Socioambiental está em Pauta, porque acabaram de me corrigir
por um equívoco que cometi ali.
O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): Encareço ao ilustre Vereador, Líder do
PMDB, Ver. Sebastião Melo, que se atenha à Pauta.
O SR. SEBASTIÃO MELO: Sr. Presidente, eu vou continuar falando
desse assunto, porque o Ver. Carlos Todeschini utilizou o item sete da Pauta -
que é sobre o Viaduto Leonel Brizola - e fez toda uma discussão para chegar ao
Socioambiental. Posso suspender a minha fala, e vamos pedir a fala do Ver.
Todeschini, que teve todo o direito de fazer a sua peroração sobre esse tema, e
eu vou responder: não é verdade! Vossa Excelência sabe que no Socioambiental -
os senhores foram comunicados - a Prefeitura não estava pagando a contrapartida da Perimetral. Vossa Excelência sabe que
isso é verdade!
A SRA. MARISTELA MAFFEI: Sr. Presidente, por favor.
O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): Questão de Ordem; interrompo o ilustre
orador.
A SRA. MARISTELA MAFFEI: Sr. Presidente, não temos nenhum problema
em fazer essa discussão, mas é anti-regimental o que o nobre Vereador está
fazendo. Não está em Pauta, portanto, solicito que V. Exª, como Presidente
desta Casa, tome as medidas necessárias.
Não pode haver dois pesos e duas medidas. Esse é meu requerimento, muito
obrigado.
O SR. SEBASTIÃO MELO: Vou concluir, mas "não vou costear o
alambrado". Vossa Excelência estava falando nesse tema, que o Governo vai
privatizar, vai fazer isso, vai fazer aquilo, por favor! A única privatização
que eu conheço, do DMAE, foi na última eleição. Então, vamos devagar com esta
questão!
Quero
voltar a dois temas importantes, sendo que o primeiro deles, Sr. Presidente, é
o seguinte: o Ver. Carrion propõe passagem gratuita aos trabalhadores
desempregados. Há uma Lei nesta Casa - de autoria de um dos seus mais
extraordinários Vereadores, André Cecil Forster, que foi Presidente desta Casa
quando ela ainda funcionava lá na Rua Siqueira Campos - que já regulou esta
matéria. E eu quero dizer que fui ao Ministério Público por três vezes para que
o Governo de V. Exª atendesse aos desempregados. Mas o Governo de V. Exª preferiu
ficar, na grande maioria, com as empresas de ônibus e não com os trabalhadores.
Aliás, em dez anos aumentou a passagem em 37% acima da inflação! Então, há Lei
sobre essa matéria.
Concordo,
acho que é um tema que precisa ser aprofundado, mas se há Lei, vamos fazer
cumpri-la!
O Sr. Raul Carrion: V. Exª permite um aparte?
O SR. SEBASTIÃO MELO: Com muita alegria e muito gosto, Ver.
Carrion.
O Sr. Raul Carrion: Em primeiro lugar, quero lembrar que essa
Lei de que V. Exª fala é de 1984, portanto, anterior aos Governos da Frente
Popular, e nunca foi aplicada porque ela não tem viabilidade de ser aplicada da
forma como está feita. Então, nós fizemos um Projeto de Lei tornando possível a
aplicabilidade da passagem gratuita para o desempregado. Se não me engano,
tivemos um Parecer favorável de V. Exª na Legislatura passada, por isso nos
parece incoerente sua posição. E, ademais, nós fizemos ainda algumas concessões
para que seja gratuita pelo menos na segunda-feira, porque não tivemos acolhida
na Legislatura passada.
Então,
acho que V. Exª não deve, necessariamente, fazer uma discussão meramente
político-partidária, mas discutir também o conteúdo, a importância.
Trazer
a Lei do ex-Vereador André Forster é uma forma de fugir do problema, porque faz
21 anos que essa Lei foi feita, e nunca foi aplicada por Governos anteriores
também, Vereador! Muito obrigado.
O SR. SEBASTIÃO MELO: E 16 anos pelo Governo de V. Exª, mais
cinco anos de outros Governos. Então, vamos depositar 75% do não-cumprimento ao
Governo de Vossa Excelência.
Agora,
quero dizer que 30% não pagam passagem nesta Cidade, e há 20% de desempregados.
Eu vou levar para 50%, vou transformar a passagem de Porto Alegre em R$ 3,00.
Não, eu quero fazer um debate para perguntar quem é que vai pagar essa conta.
Porque quem paga a conta, hoje, infelizmente, é o cidadão da economia informal,
é o desempregado. Então, eu não posso falar em isenções, eu tenho de falar como
é que eu vou corrigir as injustiças nesta Cidade para tornar mais barata essa
passagem. Muito obrigado, Sr. Presidente.
(Não
revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): O Ver. Ervino Besson está com a palavra
para discutir a Pauta.
O SR. ERVINO BESSON: Sr. Presidente, Ver. Elói Guimarães, Srs.
Vereadores, Sras Vereadoras, senhoras e senhores que nos acompanham
nas galerias e também, pela TVCâmara, eu queria saudar a todos.
Vou
falar sobre dois Projetos do Ver. Raul Carrion, em 3ª Sessão de Pauta. O Ver.
Raul Carrion quer que os trabalhadores desempregados sejam isentos do pagamento
de água. Gostaria de saber de V. Exª como é que o caixa da Prefeitura
conseguirá, sendo aprovado esse Projeto de autoria de V. Exª, não cobrar água
dos trabalhadores. Eu acho que o trabalhador não quer isso aí, Ver. Raul
Carrion; o trabalhador quer uma vida digna, eles querem emprego para que possam
custear as suas despesas, inclusive com a água, Vereador. O trabalhador quer
emprego, e não existe emprego neste País, porque o Presidente desta Nação
ofereceu não sei quantos mil empregos, e, até agora, não se viu nada de
emprego, Vereador. Eu acho que nós temos é que dar emprego para essa gente.
O Sr. Raul Carrion: V. Exª permite um aparte? (Assentimento
do orador.) Em primeiro lugar, no ano passado o Governo Lula criou mais de 2
milhões de empregos com carteira assinada. Foram os Governos neoliberais,
durante dez anos, que destruíram o mercado de emprego.
Em
segundo lugar, sendo bem objetivo, a nossa proposta, Vereador, é que, durante
seis meses, o trabalhador que venha a ser desempregado, não tenha a água
cortada. Não é para ser perdoado. Proponho que a água não seja cortada, porque
a água é vida, Vereador, e, objetivamente, existem, na Grande Porto Alegre, 250
mil desempregados, o senhor sabe, e isso não vai mudar da noite para o dia;
segundo, que não corram juros ou multas; pode até correr a correção monetária.
Passados os seis meses, ele parcela o pagamento - esta é a questão.
O SR. ERVINO BESSON: Vereador, essa é outra história.
O Sr. Raul Carrion: Pelo meu Projeto sobre passagem de
ônibus para os desempregados, na segunda-feira, que é o dia de procurar emprego
- e “ele quer emprego”, como diz V. Exª -, eles poderão ter a passagem. Isso é
investimento do próprio sistema de transporte, porque mais um empregado é mais
um usuário.
Eu espero que V. Exª estude
com carinho esses temas. Eu tenho certeza de que V. Exª é um homem sensível
para a situação do desemprego e irá dar o seu voto favorável. Obrigado.
O SR. ERVINO BESSON: Eu estou no lado do trabalhador; agora,
não é isentando o trabalhador do pagamento de água que nós vamos resolver o
problema.
E
esses milhares de empregos que V. Exª disse que o nosso Presidente, Lula, criou
não é verdade. Não é verdade! Por que milhares de carteiras foram assinadas?
Aconteceu que milhares de empregados deste País perderam seus empregos e depois
retornaram ao emprego. Não surgiram novos empregos! Não surgiram novos
empregos! O que aconteceu foi que essas pessoas, por um período, ficaram sem
emprego, depois retornaram ao emprego; houve uma mudança de economia neste País,
e esses mesmos foram readmitidos nas empresas. Então, não surgiram novos
empregos! Não surgiram novos empregos! Quem lê os jornais sabe que o meu
pronunciamento está na linha da veracidade da situação: não é que tenham
surgido milhares de novos empregos, não é verdade!
O Sr. Carlos Todeschini: V. Exª permite um aparte? (Assentimento
do orador.) Só para corroborar, nobre Ver. Ervino, em relação ao abastecimento
de água: é uma discussão mundial, hoje, a garantia do direito de acesso de
todos à água. Na África do Sul, por exemplo, os primeiros seis metros cúbicos
de água, para todas as famílias, é gratuito. Então, esta não é uma discussão
estranha. É verdade que os trabalhadores da cidade têm que sustentar o sistema;
agora, é possível, sim, realizar uma discussão de modo que a água seja
garantida a todos, independente da condição social. E Porto Alegre abastece 53
mil famílias extremamente carentes que são beneficiárias da tarifa social.
Obrigado, Vereador.
Em outro Projeto, o Ver.
Raul Carrion “cria a passagem gratuita nos serviços de transporte coletivo no
Município de Porto Alegre para os desempregados”. Ora, Vereador, o pessoal quer
emprego; o pessoal quer emprego! As pessoas querem ter dignidade, emprego! O
Projeto do Ver. Raul Carrion não resolve o problema do trabalhador.
(Aparte anti-regimental do
Ver. Raul Carrion.)
O SR. ERVINO BESSON: Nós temos, sim, que ter uma política
para emprego para essas pessoas que não têm onde trabalhar. Elas querem
emprego! E eu quero que V. Exª aponte de onde o Governo vai tirar recursos para
subsidiar mais passagem gratuita. No meu Projeto, eu aponto para o estudante
carente que não tem condições de freqüentar as salas de aula, eu aponto de onde
o Governo pode retirar o recurso - simplesmente por transferência de recursos
-, o ônibus gratuito que nós temos uma vez por mês; durante o ano nós temos 12
finais de semana de ônibus gratuito, sim; que nós retirássemos 6 ou 8 deles e
repassássemos - enfim, uma discussão que nós vamos abrir nesta Câmara. Aí, sim,
que esses recursos sejam canalizados para as pessoas, para os jovens que estão
perambulando pelas ruas.
Quem
assistiu, ontem, após o Fantástico, ao programa Teledomingo, viu o que anda
acontecendo com os nossos jovens nas ruas, à noite, à meia-noite, à uma hora da
madrugada-, porque os jovens têm de freqüentar as salas de aula, temos que dar
condições para que eles não fiquem perambulando aí pelas ruas.
Então, simplesmente, o meu
empenho é para dar a isenção, dar condições para que as pessoas, os jovens,
freqüentem as salas de aula, mas eu aponto de onde podem sair esses recursos. É
isso que nós temos de fazer aqui na tribuna, Ver. Raul Carrion: apontar de onde
o Governo pode tirar os recursos para que nós possamos dar água gratuita e
transporte coletivo gratuito também, o que não é o caso dos seus dois Projetos;
mas no meu, sim, eu aponto de onde saem os recursos. Obrigado, Sr. Presidente.
(Não
revisado pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães):
Está encerrada a discussão de Pauta.
O
Ver. Professor Garcia está com a palavra para uma Comunicação de Líder.
O SR. PROFESSOR GARCIA: Obrigado, Presidente, Sras
Vereadoras, Srs. Vereadores, nós queremos fazer uma discussão com os senhores e
com as senhoras. Acho que todos tomaram conhecimento de um episódio recente que
sensibilizou e tem sensibilizado a sociedade do Rio Grande do Sul, e,
inclusive, de outros Estados. É aquele incidente que ocorreu em Pelotas, quando
alguns jovens pegaram uma cachorra, que estava grávida, uma cadela, e andaram
pelas ruas da cidade e a mataram. Inclusive, há toda uma mobilização em cima
disso, e nós estamos apresentando para apreciação dos Srs. Vereadores e das Sras
Vereadoras um Projeto em que nós estamos fazendo uma alteração no Código
Municipal da Saúde.
Atualmente,
a Vigilância Sanitária não permite que as creches do Município de Porto Alegre
possam ter animais domésticos, e várias creches têm o que eles chamam de
minizôo. Ora, esses minizôos, para esclarecimento dos Vereadores, das
Vereadoras e daqueles que nos assistem, possuem alguns patos, marrecos,
galinhas, galos, tartarugas, alguns peixes exóticos, e a Vigilância Sanitária,
por um cumprimento da legislação, não permite que essas creches possam ter esse
tipo de animais, que eles chamam de minizôo. E o que nós estamos fazendo? Nós
estamos fazendo uma alteração na Lei Municipal, justamente da forma contrária:
para que se possa permitir que as creches possam ter esse tipo de animais
domésticos para sua convivência. Fizemos uma alusão, no início da nossa fala,
relativamente a esse episódio da cadelinha, que ocorreu lá em Pelotas, porque,
na realidade, aqueles jovens não tiveram sensibilidade.
O
que nós queremos fazer, é propor que as crianças, desde cedo, tenham esse
contato com os animais domésticos, comecem a ter uma compreensão diferente,
para que essa interlocução com os animais seja algo mais próximo, até porque
hoje existem inclusive várias terapias, por exemplo, ligadas a animais, como há
a questão dos cavalos, e que tem dado resultados muito significativos para
crianças com Síndrome de Down. Existem hoje, inclusive, algumas terapias -
ecoterapias, o Vereador está colocando -, alguns programas que permitem que as
mães e pais levem os animais domésticos aos hospitais, como forma de agilizar
para que a criança possa ter uma maior relação.
Então,
na realidade, o que nós queremos, com essa nossa alteração da Lei Municipal, é
sensibilizar os órgãos públicos, sim; e queremos que a Vigilância Sanitária
continue fiscalizando, mas que faça o contraponto. Ora, fiscalizem para ver se
o local está adequado, mas, por favor, permitam que essas crianças possam ter
contato com uma galinha, com um galo. Para nós, que já somos de mais idade,
pode até parecer banal, mas a grande realidade é que, hoje, as crianças não
conhecem um galo, não conhecem uma galinha, não conhecem um marreco, não
conhecem a tartaruga. Só conhecem por televisão. O que este Vereador, que é da
área educacional, está querendo é criar políticas públicas educacionais para
que as crianças possam ter uma maior vinculação com os animais e fazer com que
esse tipo de atitude como ocorreu lá em Pelotas, mostrando descaso total,
chegando às raias do absurdo - e eu tenho certeza de que a polícia vai cuidar
muito de perto para que esses jovens sejam penalizados, porque não justifica
aquele tipo de atitude, ainda mais que a cadela estava grávida -, deixem de
acontecer.
Eu
tenho certeza de que, na medida em que as crianças possam, na creche, ter
contato com esses animais domésticos, elas vão tornar-se adultos mais
sensíveis, serão adultos mais identificados com os animais, serão adultos mais
identificados com o nosso mundo global. Porque o que notamos é que, muitas
vezes, as pessoas não têm essa sensibilidade, não têm este comprometimento. A
não ser que queiramos um mundo virtual. Talvez o mundo virtual seja mais fácil:
ora, quer conhecer galinha, pato, marreco, aperta num play e vai ver pela televisão. Mas esse contato, as pessoas,
infelizmente, não conhecem. E estamos falando de algo que até há 15 anos era
comum; hoje, dentro da nossa cidade, dentro de outros municípios, passa a ser
inviável.
Então,
estamos propondo uma alteração no Código de Saúde do Município de Porto Alegre
para fazer o contrário: em vez de não permitir, que o Município incentive as
creches a terem animais de estimação. Quem vai lucrar com isso? As próprias
crianças, que vão ter uma formação melhor; e nós, como um todo, porque o mundo
vai ser melhor. Muito obrigado, Sr. Presidente.
(Não
revisado pelo orador.)
O SR.PRESIDENTE (Elói Guimarães): O Ver. Raul Carrion está com a palavra
para uma Comunicação de Líder.
O SR. RAUL CARRION: Exmo Ver. Elói Guimarães,
demais Vereadores, Vereadoras e todos os que nos assistem, queríamos, no dia de
hoje, fazer referência a uma importante reunião que teremos no dia de amanhã,
da CUTHAB, e inclusive convidar os Vereadores, até de outras Comissões, que
tenham interesse em participar. Em primeiro lugar, às 14 horas, teremos uma
reunião somente dos Vereadores com o Secretário Isaac Ainhorn, para tomarmos
conhecimento das propostas da Secretaria do Planejamento do Município para a
nossa Cidade. Esse foi um pedido dos Vers. Mario Fraga e Ismael Heinen para
que, em todas reuniões da CUTHAB, se passe a ter um primeiro momento em que as
diversas secretarias do Município venham trazer os seus planos de trabalho.
Creio que será uma reunião importante pela dimensão da SPM. E o segundo ponto,
a partir das 15 horas, será uma espécie de audiência pública, Verª Maria
Celeste e Verª Margarete Moraes, para tratar da ampliação da pista do Aeroporto
Salgado Filho. Nós sabemos que é um problema de interesse da economia gaúcha e
tem tudo a ver com a nossa Comissão, que engloba tanto a habitação como o
transporte. Nós sabemos que o nosso Aeroporto deixa de receber aviões de maior
porte ou com carga completa devido à extensão da pista, que é insuficiente para
que os novos grandes aviões possam decolar ou chegar com carga completa. Isso
causa deseconomias no campo da importação, da exportação, do próprio turismo,
em termos de custo da vinda a Porto Alegre, que é uma base intermediária,
inclusive para o turismo nacional e interessa aos setores produtores,
trabalhadores, à FIERGS, às empresas aéreas, às empresas de logística e assim
por diante.
Nós
já temos, do Governo Federal, a garantia dos recursos, por intermédio da
Infraero, para a expansão da pista. Só que se esbarra num problema, Ver.
Haroldo, que é o problema de que será necessário o reassentamento de algumas
comunidades - como é o caso da Vila Dique, como é o caso da Vila Nazaré, ali na
própria Vila Floresta -, e, portanto, além dos recursos que o Governo Federal,
irá colocar, Ver. Todeschini, é necessário que o Governo do Estado e que o
Governo Municipal assumam a tarefa do reassentamento dessas comunidades. E já
existem inclusive protocolos assinados, entendimentos iniciais assinados, só
que temos esbarrado, Verª Neuza Canabarro, no Estado, que tem de executar e
assumir a sua parte.
Então,
entendemos que a reunião de amanhã pode ser extremamente importante. Estão
convidados o Ministério das Cidades, a Caixa Econômica Federal, que representa
o Ministério, a Secretaria Especial de Habitação e Desenvolvimento Urbano do
Governo do Estado, o DEMHAB, as comunidades envolvidas, as empresas aéreas, as
empresas de logística, a FIERGS, porque nós temos o entendimento desse
interesse global da sociedade gaúcha pela expansão da pista do Aeroporto
Salgado Filho.
Então,
esperamos que seja uma reunião que avance na execução do que foi acordado,
através de inúmeras reuniões anteriores.
Inclusive,
já na semana passada, recebemos notícias de que a Bancada Gaúcha, no Congresso
Nacional, estaria destinando 10 milhões de reais para ajudar o Estado a
executar essas obras. Chegou a hora de fazermos algo acontecer!
Para
concluir, queria lamentar a perda de financiamento do BID para o Pró-Guaíba;
que é um Projeto de 1989. E o Estado está perdendo financiamento do BID por
absoluta incapacidade de endividamento e pela sua impossibilidade de fazer uma
contrapartida. É uma grande lástima para o Estado que esse Projeto Pró-Guaíba
seja perdido, mas isso mostra a situação lamentável a que chegaram as finanças
do nosso Estado, Ver. Luiz Braz. Plenamente diferente das finanças do Município
de Porto Alegre, que tem capacidade de endividamento, que é um dos poucos
Municípios do nosso País que tem essa capacidade. Muito obrigado.
(Não
revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (João Carlos Nedel): A Verª Clênia Maranhão está com a palavra
para uma Comunicação de Líder.
A SRA. CLÊNIA MARANHÃO: Sr. Presidente, Sras
Vereadoras e Srs. Vereadores, é uma tática antiga na política a de se jogar aos
ventos informações dispersas, repetidamente, como forma de transformá-las em
verdade, do ponto de vista da compreensão pública - é o que literalmente fez
aqui o Ver. Todeschini. Eu queria relembrar a V. Exª, Vereador, que o Governo
Fogaça, ao assumir este Governo, teve de enfrentar várias “bombas de efeito
retardado”, armadilhas pendentes, e uma delas é exatamente a respeito do tema a
que V. Exª aqui se referiu. O Governo anterior, na Prefeitura, usou amplamente,
nos programas de televisão, no período eleitoral, imagens da 3ª Perimetral como
instrumento de propaganda. Mas é importante que as Sras. Vereadoras e os Srs.
Vereadores saibam que aquela obra estava com risco de paralisação, apesar de
toda aquela propaganda eleitoral, porque a Prefeitura de Porto Alegre não
pagava, conforme o contrato, a contrapartida para o BID. O atraso estava
inviabilizando a continuidade das obras, e quem passava, por exemplo, pela Zona
Norte via a paralisação das obras do viaduto em direção à Av. Assis Brasil. O
prazo para o pagamento da próxima parcela - não estou nem me referindo às
parcelas atrasadas - era 28 de janeiro. O Governo atual tinha 26 dias para
desarmar essa “bomba de efeito retardado”. A capacidade de articulação, a
política de integração das Secretarias, o conceito da transversalidade garantiu
que, num prazo de 26 dias, o Governo regularizasse essa situação, cumprisse o
compromisso com o BID, e articulasse as Secretarias de maneira que pudéssemos
ter a continuidade das obras.
O
mesmo aconteceu com o Projeto Entrada da Cidade. E em relação ao outro tema que
V. Exª trouxe, a respeito do Viaduto da Av. Farrapos, ele tem muito a ver com
essa discussão que trouxe o Ver. Carrion, com relação à discussão do Aeroporto.
Uma longa discussão que tem avançado, infelizmente, muito pouco. Eu quero dizer
para as Sras. Vereadoras e para os Srs. Vereadores - mas o Ver. Todeschini
evidentemente sabe disso, pois foi aqui feito um discurso político -, que houve
um desperdício do dinheiro público naquela proposta, porque qualquer Prefeitura
que constrói uma obra próxima ao Aeroporto, sabe que tem de ter articulações e
licenças do DAC e da Infraero. A política de fechamento, de isolamento, de
falta de diálogo, não permitiu que o Governo passado tratasse de um tema
fundamental para o desenvolvimento dos moradores daquela região da Farrapos,
dessa forma.
É
por isso que a forma com que foi tratada - isoladamente -, fez com que houvesse
aplicações inadequadas dos recursos do Fonplata em relação àquela região da
Cidade. Isso tem, evidentemente, causado sérios problemas que estão sendo
sanados pela política de articulação e de rediscussão em relação a esses
contratos. Eu queria tranqüilizar V. Exª, porque a posição deste Governo é uma
posição de resolução rápida e imediata dos problemas, porque isso é uma
conseqüência de uma política de agilização e de modernização da estrutura
administrativa do setor público.
(Não
revisado pela oradora.)
O SR. PRESIDENTE (João Carlos Nedel): Gostaria de comunicar aos membros da
Comissão Especial da Juventude que a reunião para a instalação da referida
Comissão será realizada, agora, no Salão Adel Carvalho. Os membros desta
Comissão estão convidados a comparecer para a instalação da referida Comissão.
A
Verª Neuza Canabarro está com a palavra para uma Comunicação de Líder.
A SRA. NEUZA CANABARRO: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, Sras
Vereadoras, nós estamos com um Projeto em tramitação que trata da distribuição
de medicamentos em residência para pessoas que tenham dificuldade de locomoção.
Este Projeto está tramitando nas Comissões e nós temos a certeza de que terá
amplo apoio dos nossos Vereadores. Nós estamos em 2005; em janeiro de 2002, há
exatamente três anos, no Rio de Janeiro já estava em vigendo esse Projeto.
No
dia de ontem, lemos o seguinte: “A Secretaria Municipal da Saúde do Rio de
Janeiro encerrou o mês de março com a marca de 642.787 entregas de medicamentos
pelo Programa Remédio em Casa, desde o seu lançamento, em janeiro de 2002, até
o dia 31 de março. O mês teve 37.566 remessas; cerca de 259 mil usuários da
Rede Municipal de Saúde fazem parte do Programa. Os beneficiados são pacientes
hipertensos e diabéticos. Nos primeiros dois anos do Remédio em Casa, a taxa de
abandono para pacientes com mais de um ano de tratamento caiu cerca de 30% nas
unidades municipais. O Remédio em Casa é um programa pioneiro no Brasil, e está
implantado em 109 postos de saúde e hospitais do Município do Rio de Janeiro.
Os pacientes recebem os remédios pelos Correios, gratuitamente. Os usuários são
avaliados e cadastrados nas unidades participantes, onde recebem acompanhamento
médico em intervalos que podem chegar a 6 meses, evitando as idas aos postos
somente para pegar os remédios. Entre as principais vantagens do Programa estão
a comodidade, o descongestionamento da porta de entrada das unidades, e a
diminuição do número de pessoas que abandonam o tratamento. Além disso, os
medicamentos ficam estocados em uma farmácia dentro dos Correios, evitando
desvios e roubos, e permitindo total controle do destino dos remédios. Com o
sucesso do Projeto, outros Municípios já estão aderindo”.
Nós,
aqui, na Câmara Municipal, estamos em tramitação com este Projeto de minha
autoria, ao qual peço a maior atenção. Obrigada.
(Não
revisado pela oradora.)
(O
Sr. Elói Guimarães reassume a presidência dos trabalhos.)
O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): O Ver. Luiz Braz está com a palavra para
uma Comunicação de Líder.
O SR. LUIZ BRAZ: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, Sras
Vereadoras, nos debates da tarde de hoje, nós ouvimos uma afirmação vinda do
Ver. Adeli Sell de que a Bancada oposicionista, formada pelo PT e seus aliados,
estaria disposta a dar uma colaboração para resolver um dos problemas mais
graves que temos em nossa Cidade - aliás, nas grandes cidades, esse sempre se
transformou num grande problema -, que é a população que vive jogada nas ruas.
Disse o Ver. Adeli Sell, Ver. Brasinha, que a Bancada do seu Partido teria a
solução para o problema. Eu fiquei pensando: como é que a Bancada do PT tem a
solução para esse problema, se não conseguiu resolvê-lo nos 16 anos em que
esteve à frente do Governo? Como é que agora ousam dizer que podem dar a
fórmula milagrosa para o Governo Fogaça! Eles deveriam ter utilizado essa
formula milagrosa durante os seus 16 anos, porque nesses 16 anos houve tempo
mais do que suficiente para se tratar com dignidade a questão dessa população
que vive nas ruas da nossa Cidade. E não apenas esse tema não foi tratado, como
a situação dessas pessoas foi extremamente agravada.
Eu
me lembro - e não posso deixar de registrar - de o então Prefeito Tarso Genro,
na segunda vez em que assumiu a Prefeitura Municipal, aqui, nesta Casa, quando
estava fazendo o seu discurso de entronização, dizer o seguinte: “As crianças
de rua seriam levadas para programas especiais e a partir daquele momento - a
partir do Governo Tarso Genro -, nós teríamos um novo momento para essas
crianças que estavam atiradas nas ruas da nossa Cidade”.
Ver. Sebenelo, sabe o que aconteceu em
dois anos do Governo Tarso Genro - porque depois ele foi substituído pelo
Governo João Verle? Aconteceu a triplicação do número de crianças nas ruas da
Cidade. Isso são dados estatísticos! Três vezes mais crianças nas ruas da
Cidade, atiradas nas ruas sem nenhum programa especial para tratá-las. E a
única vez que eu ouvi um programa ser comentado de forma alvissareira, aqui,
como solução para essas crianças, foi numa saudação ao Dia da Criança do ano
passado, quando um Vereador ou uma Vereadora petista, não lembro bem, se
referia ao fato dizendo o seguinte: “Agora, na Washington Luiz, existe um lugar
para onde as crianças de rua são levadas pelo Governo para aprenderem artes
marciais”. Sabem o que isso significava? Significava o seguinte: como não se
dava profissão para essas crianças, como não as tiravam das ruas, como não se
criava nenhum programa especial e só ensinavam a essas crianças artes marciais,
davam a elas a condição de enfrentar os Guardas, porque, afinal de contas, elas
iriam continuar nas ruas e marginalizadas, com isso só davam condições de elas
enfrentarem os Guardas com supremacia, porque elas saberiam todos os golpes
contra os nossos Guardas, que não eram treinados. Agora eles estão sendo
treinados através deste Governo. Mas essa foi a única ação que eu vi ser
anunciada pelo então Governo petista para se retirar as crianças das ruas.
Hoje eu ouço essa afirmação por parte de
um integrante da Bancada petista, o Ver. Adeli Sell, de que ele, agora,
juntamente com a sua Bancada, tem a fórmula mágica para ensinar o Governo
Fogaça de como tratar desse tema. Mas eu acho que a fórmula não devia ser tão
mágica assim, porque, afinal de contas, ela nunca foi utilizada nos 16 anos de
Governo petista.
Eu acho que houve tempo mais do que suficiente
para que o PT pudesse apanhar essas crianças, porque, afinal de contas, as
crianças são parte apenas desse contingente das que vivem atiradas nas ruas de
nossa Cidade e que devem merecer por nós o carinho em nossa Legislação para que
elas possam ser bem atendidas.
Ganharam
o Prêmio Abrinq, me diz o Ver. Sebenelo.
É verdade! Mas o Diretor das Organizações Abrinq é membro, praticamente, do
Governo petista; então, por isso mesmo fazia questão de presentear a Direção
petista aqui com o Prêmio Abrinq, mesmo tendo triplicado o número de crianças
nas ruas de nossa Cidade.
Mas
eu acho que tudo isso deve servir de exemplo, não deve servir apenas para que
nós estejamos criticando o Governo passado por não ter feito absolutamente nada
e ter piorado a vida dessas crianças. Nós temos políticas públicas para que, a
partir de agora, Ver. Sebenelo, essa questão possa ser novamente avaliada e
possa ser enfrentada com muita coragem a fim de que nós não tenhamos mais essa
chaga vergonhosa de passarmos pelas ruas da nossa Cidade e vermos muitas
crianças sem nenhuma oportunidade do amanhã, de terem um emprego, de terem uma
profissão, de poderem estudar e de poderem integrar-se novamente na sociedade.
(Não
revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): Havendo quórum, passamos à
O
Ver. Mario Fraga está com a palavra para um Requerimento.
O SR. MARIO FRAGA (Requerimento): Sr. Presidente, solicito a inversão da
ordem dos trabalhos. Em primeiro lugar, o PLE nº 005/05. Logo após, o PELO nº
004/05; o PR nº 039/04; o PLE nº 004/05; o PR nº 049/05; o PR nº 048/05; o PR
nº 058/05. Depois, segue-se a ordem normal.
O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): Em votação o Requerimento do Ver. Mario
Fraga. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: bancadas/05 minutos/sem
aparte)
PROC.
N.º 1522/05 - PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO N.º 005/05, que altera a redação do art. 7º da Lei n.º
9.772, de 27 de janeiro de 2005, que cria, na Administração Centralizada do
Município, a Secretaria Municipal da Juventude e autoriza o Executivo Municipal
a abrir créditos adicionais necessários ao funcionamento da mesma. Com Mensagem Retificativa.
Parecer
Conjunto:
- da CCJ, CEFOR, CUTHAB, CECE e CEDECONDH. Relator-Geral Ver. Márcio
Bins Ely: pela aprovação do Projeto e da Mensagem Retificativa.
Observação:
- incluído na Ordem do Dia
em 25-04-05.
O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): Em discussão o PLE nº 005/05. O Ver.
Professor Garcia está com a palavra para discutir o PLE nº 005/05.
O SR. PROFESSOR GARCIA: Sr. Presidente, Sras
Vereadoras e Srs. Vereadores, já me pronunciei com relação a este Projeto em
duas oportunidades. O que nós estamos aguardando é que venham aqui e nos digam
quais são os CCs que estão sendo criados e os valores desses CCs. É isso que
nós pedimos. Já discutimos bastante, inclusive a própria incoerência do Governo
Municipal com relação à questão do Conselho Municipal da Juventude, porque foi
dito que essas alterações foram para ajustar pequenos erros administrativos.
Dissemos na oportunidade: erros administrativos, por que não foi feito isso na
configuração do Conselho Municipal da Juventude? Não, era erro de origem!
Inclusive alguns Vereadores da base governista – vejo, por exemplo, a Verª
Neuza Canabarro, vejo o Ver. Mario Fraga - estão propondo a criação de
conselhos, e este Vereador vai apoiar, porque quer ser coerente. O que eles têm
de explicar é por que para uma coisa vale e para outra não.
Vejo
que o Vereador e Secretário Mauro Zacher está aqui, e ele, como Secretário, é a
pessoa que mais pode nos esclarecer isso. Nós queremos saber a configuração dos
CCs. É somente isso. Queremos votar favoravelmente, sim. Inclusive no último
dia votamos favoravelmente, com restrições. Mas gostaríamos que a base do
Governo ocupasse esta tribuna para nos informar algo que parece mais do que
justo. O que nós queremos saber é a descrição dos CCs, quem são os CCs, onde
vão ficar os CCs e quais os valores desses CCs, porque lembro-me que no
primeiro dia de votação nós autorizamos 39 CCs a mais, e a discussão toda era
para não criarmos novos cargos. Criamos novos cargos! Então, este Vereador, de
forma simples e singela, está solicitando apenas isso, pois faltou coerência
nos detalhes. Eu digo que faltam apenas três anos e oito meses para este
Vereador terminar esse assunto; é um assunto que vamos ter de discutir muito -
sobre a questão da criação dos conselhos.
Agora,
por gentileza, vou solicitar que o Secretário Mauro Zacher e a Verª Clênia
Maranhão, como Líder do Governo, ocupem esta tribuna e só nos informem quantos
são os CCs, quem são os CCs, quais são os valores destes CCs e onde estão
lotados estes CCs, e aí este Vereador vai ter a máxima vontade de votar
favoravelmente. Muito obrigado, Sr. Presidente.
(Não
revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): Quero registrar a presença do Secretário
da Juventude, Mauro Zacher.
A
Verª Maria Celeste está com a palavra para discutir o PLE nº 005/05.
A SRA. MARIA CELESTE: Sr. Presidente, Ver. Elói Guimarães, Sras
Vereadoras e Srs. Vereadores, que bom que vejo a presença do nosso
companheiro, colega Vereador e titular da Secretaria da Juventude neste
plenário, porque nós precisamos esclarecer muitas dúvidas em relação a este
Projeto que veio. Nós fizemos uma reunião conjunta das Comissões na semana
passada, e a nossa Bancada votou favorável ao Parecer, todos nós votamos “sim,
com restrições”, porque não está claro, e em momento algum ficaram claras
exatamente as colocações que o Ver. Professor Garcia fazia aqui: aonde vai todo
esse recurso? São cinco milhões de reais para a criação dessa Secretaria,
quando o Orçamento da Secretaria do Esporte do Município, para o gasto deste
ano, é de oito milhões. É uma Secretaria nova, exato; precisamos desta
Secretaria e votamos favoravelmente a ela, mas não está explicado no Projeto, e
não está explicitado em lugar algum aonde vai esse recurso, qual é o objetivo
desse recurso, de onde sai esse recurso; é uma verba de contingência que
certamente vai sair de uma outra Secretaria. De onde está saindo esse recurso?
Não há documento. O termo aditivo que veio não diz de onde sairá esse recurso
para suprir essa verba na Secretaria da Juventude.
Uma
outra preocupação: foram criados cargos para essa Secretaria, e agora fica embutido, não diz claro,
mas está embutido neste Processo de que haverá também a criação de novos
cargos. Todas essas explicações nós queremos ouvir do Sr. Secretário e também
da Líder do Governo, mesmo quando o Ver. Paulo Odone aqui fez um compromisso
solene, naquela reunião conjunta, e nós queremos aqui retomar esse compromisso
solene do Governo, para que nos diga e que nos apresente, em 30 dias, um plano
de trabalho dessa Secretaria.
Nós
estamos dando um voto de confiança para o Secretário, para o Governo que está
instalando essa Secretaria, mas queremos ter a certeza de que, em 30 dias,
haverá uma apresentação do plano de trabalho dessa Secretaria. Cinco milhões,
ora vamos, é muito dinheiro, comparado com o Orçamento da Secretaria de
Esportes, uma Secretaria que há mais de 12 anos desenvolve um trabalho na
cidade de Porto Alegre com poucos recursos - como já desenvolvia no nosso
Governo, e continua desenvolvendo agora -, atingindo todas as comunidades de
Porto Alegre. Em todas as 16 regiões do Orçamento, há uma participação efetiva
da Secretaria de Esportes do Município de Porto Alegre.
Queremos,
então, ouvir do Secretário, da Líder do Governo, o compromisso com esse plano
de trabalho tão importante para nós, porque nós estamos dando, de certa forma,
um voto de confiança ao Secretário e para a instalação dessa nova Secretaria,
tão importante para a cidade de Porto Alegre. Muito obrigada.
(Não
revisado pela oradora.)
O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): O Ver. Ervino Besson está com a palavra
para discutir o PLE nº 005/05.
O SR. ERVINO BESSON: Sr. Presidente, Sras
Vereadoras e Srs. Vereadores, meu caro colega e companheiro Ver. Mauro Zacher,
hoje Secretário da Secretaria da Juventude, aqui votada e criada; votada por
unanimidade por todos os Srs. Vereadores e Sras. Vereadoras.
Verª
Maria Celeste, no Orçamento passado, não poderia ser criada uma rubrica de algo
que não existia. A Secretaria da Juventude foi criada neste ano, e o Orçamento
para este ano foi votado no ano passado. Então, como é o Governo criaria uma
rubrica para uma coisa que não existia? Mas, hoje, já existe a Secretaria. Como
é que essa Secretaria vai-se instalar e criar uma estrutura para que funcione,
se não há recurso nenhum? Eu, às vezes, ouço alguns pronunciamentos desta
tribuna que me preocupam. Será que o jovem Mauro Zacher - que foi muito bem
votado nessas eleições; um jovem que promete muito politicamente - vai ser um
Secretário ingênuo para receber recursos e gastar esses recursos de uma forma
inadequada, sabendo muito bem que o Ministério Público está aí; que o Tribunal
está aí para verificar se os recursos públicos são gastos dentro da Lei? Será
que o Vereador-Secretário da Secretaria da Juventude, meu caro Ver. Sebastião Melo
- V. Exª que é um excelente advogado -, vai fazer algo para complicar a vida
dele, como um jovem Vereador desta Cidade? Ora, minha gente. Ora, meus caros
Vereadores e Vereadoras, se esta Casa criou, inclusive aqui foi um desfile de
Vereadores e Vereadoras que se pronunciaram nesta tribuna, destacando a criação
da Secretaria da Juventude, aqui na Cidade; o Presidente da República criou uma
Secretaria da Juventude em nível nacional, com belos pronunciamentos, e agora o
que se vê são essas colocações aqui de Vereadores e Vereadoras, questionando os
recursos a serem canalizados para que a Secretaria possa funcionar.
Portanto,
meus caros colegas Vereadores e Vereadoras, eu, às vezes, tenho dificuldades de
entender alguns pronunciamentos aqui nesta Casa.
Então,
eu gostaria que se esses Vereadores, que têm dúvidas para que votemos
determinado recurso para que a Secretaria consiga funcionar - pois como é que
uma Secretaria vai funcionar se não tem recursos nenhum? - que coloquem, aqui,
claramente, nesta tribuna, se foi criada a Secretaria, como é que a Secretaria
funciona se não tem recurso nenhum? Por que são colocados empecilhos aqui, os
quais eu não consigo entender?
Meu
caro colega, companheiro, Ver. Mauro Zacher, Secretário desta nova Secretaria
que foi criada, V. Exª é um jovem promissor, como eu já disse, V. Exª está com
o pé no chão. Se alguns Vereadores duvidam, talvez achem que V. Exª não tenha
competência, o tempo será a maior testemunha disso tudo, sobre essa, talvez,
nebulosa, desconfiança que alguém tenha de Vossa Excelência. Mas V. Exª é um
jovem preparado, e tenho certeza de que o seu trabalho como Secretário será
reconhecido, até por muitos desses Vereadores e Vereadoras que tenham alguma
dúvida sobre a sua capacidade. E quem vai ganhar com isso, sem dúvida nenhuma,
é a nossa Cidade, principalmente os nossos jovens, promissores, futuros, nesta
nossa querida e amada Porto Alegre. Muito obrigado, Sr. Presidente.
(Não
revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): O Ver. Carlos Comassetto está com a
palavra para discutir o PLE nº 005/05.
O SR. CARLOS COMASSETTO: Sr. Presidente, Ver. Elói Guimarães,
prezados colegas Vereadores, prezadas colegas Vereadoras, prezado público que
nos assiste, voltamos ao tema aqui da Secretaria da Juventude. Secretaria da
Juventude esta que votamos, sim, aqui favoravelmente; votamos aqui a favor de
uma Secretaria da Juventude para a qual foi apresentado, em um primeiro
momento, um conjunto de premissas a ser desenvolvido como seu plano de
trabalho. Premissas essas que compete à Secretaria da Juventude formular uma
política municipal da juventude, acompanhar, avaliar e criar planos, programas
e projetos voltados para o desenvolvimento social, educacional, entre outros.
Foi dito aqui nesta tribuna que, naquele momento, nós estávamos assinando um
cheque em branco para a criação da Secretaria. E assim o fizemos.
Voltou
a discussão, na semana passada, ou há poucos dias, para discutirmos e
aprovarmos nas Comissões, inclusive, uma suplementação de verba de 5 milhões de
reais. A Bancada do Partido dos Trabalhadores, juntamente com as Bancadas que
compõem a Frente Popular, votou com restrições. Naquele momento, nós votamos
com restrições, porque queríamos saber quais eram os programas, quais eram os
planos. E, aí, o Vereador que me antecedeu, o Ver. Ervino Besson, diz que não
entende por que algumas Bancadas fazem exigências! Ora, nós não queremos criar
uma Secretaria da Juventude que só diga que vai fazer programas, planos e
projetos. Nós queremos saber quais são os planos, quais são os projetos.
Secretário
Mauro Zacher, nós queremos ajudar, sim, essa Secretaria, para que ela tenha
transparência, para que ela construa melhores planos e projetos, mas não basta
somente dizer que vão criar planos, programas e projetos. Isso é fácil de
dizer.
Outro
dia, nós votamos pela aprovação do Conselho Municipal da Juventude, mas o Sr.
Prefeito Municipal vetou a criação desse Conselho. E esse é um órgão que
aconselha, que fiscaliza, que potencializa. Será que não é responsabilidade
destes Vereadores, da Bancada da oposição propositiva, Vereadores da base
governista, que venhamos a aprovar, sim, o PLE nº 005/05, mas que não aprovemos
um terceiro cheque em branco? Nós, quando aprovamos a criação da Secretaria da
Juventude, depositamos no Governo um voto de confiança. Inclusive, um Vereador
da base governista, o Ver. Paulo Odone, veio aqui e disse que o Governo
Municipal apresentaria os programas, os projetos dessa Secretaria. E a
discussão voltou à pauta. Nós só queremos aprofundar e qualificar essa
discussão, Ver. Haroldo. Se é uma Secretaria da Juventude, quais são esses
programas? São referentes ao esporte, à cultura, ao lazer?
Está
dito, aqui, também, que se vai estabelecer parcerias mediante convênio,
contrato ou acordo de cooperação com entidades públicas ou privadas, nacionais
ou internacionais. Quais são esses contratos, quais são esses acordos? Isso
está previsto nesses cinco milhões de reais, ou não?
O
nosso papel, aqui, é fazer uma discussão qualificada, é aprofundar esse assunto.
Um terceiro “cheque em branco” sobre o mesmo tema já é demais! Prestem conta
dos “dois cheques” anteriores que nós assinaremos o terceiro, o quarto, ou o
quinto cheque, caso seja necessário, para construir uma Secretaria da Juventude
com qualidade, já que o Conselho Municipal da Juventude foi barrado; Conselho
esse que defendíamos; Conselho esse que ajudaria a fiscalizar e a constituir
essas políticas para o Município. Nesse caso, estão-nos pedindo um terceiro
cheque em branco. Nós saímos aqui desta tribuna, no mínimo, com muitas
restrições à postura que está vindo novamente a esta Casa, Sr. Presidente.
Nosso
papel aqui é de oposição clara, propositiva, que venha a fazer a discussão com
transparência. Esse programa aqui colocado é um programa genérico, é um
programa que não aponta, é um programa que não define políticas, é um programa
que não apresenta uma lógica que evolva realmente a juventude de toda a cidade
de Porto Alegre, que envolva a juventude em todos os seus segmentos, em todos
os setores.
Eu
quero saber, Secretário Mauro Zacher, que está aqui conosco, de que maneira nós
vamos envolver as minorias desta Cidade na Secretaria da Juventude? Isso não
está dito! Nós queremos aplicar esse recurso, mas que esse recurso contemple
também essas diversidades que existem na juventude e que representam a nossa
Cidade na pluralidade. Muito obrigado.
(Não
revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): Eu comunico que (Lê.) “O Partido do
Movimento Democrático Brasileiro - PMDB - retira a indicação do seu integrante
da Comissão Especial da Juventude, que se encontra em fase de constituição.
Assina o Ver. Sebastião Melo, Líder do PMDB; Sala das Sessões, 25 de abril de
2005.”
O
Ver. Luiz Braz está com a palavra para discutir o PLE nº 005/05.
O SR. LUIZ BRAZ: Sr. Presidente, Ver. Elói Guimarães;
Srs. Vereadores, Sras Vereadoras, senhoras e senhores, quando nós
estávamos aqui discutindo o Parecer que foi dado para esta matéria na reunião
conjunta das Comissões, este Vereador levantou uma dúvida relacionada à
impossibilidade de se criarem créditos adicionais naquele instante em que o
processo tramitava e dizia que o momento de se criar o crédito adicional - o
que aconteceu nas outras vezes em que se criaram Secretarias -, é exatamente o
momento em que se cria a Secretaria. Cria-se a Secretaria e, imediatamente, no
mesmo processo, se cria o crédito adicional especial. Por que deveria ser
assim? Deveria ser assim, porque o crédito adicional especial é um crédito que
é aberto para despesas que não estão previstas, para despesas que ainda não
estão orçadas, e, por isso mesmo, é um instrumento que deve ser utilizado pelas
administrações para abrir o crédito, a fim de que a Secretaria, e o futuro
Secretário, possa administrar aqueles recursos que foram colocados à
disposição. Assim foi feito nas Secretarias que foram criadas pelo Governo do
PT, que, sabiamente, quando mandou para cá os Projetos, mandou-os criando as
Secretarias e, imediatamente, no mesmo processo, criando os créditos adicionais
especiais. Isso está absolutamente correto. Qual foi a falha deste processo? A
grande falha é que se criou a Secretaria, disse-se dos cargos que iriam compor
a Secretaria, mas não se disse dos recursos que iriam provê-la e como esses
recursos seriam distribuídos. Então, como no processo inicial não havia esses
dados, o Governo ficou realmente num brete; ele tinha que mandar para a Casa
alguma coisa que já deveria ter sido aprovada, quando aprovamos o Projeto de
criação da Secretaria.
Por
isso, nós nos manifestamos, quando da votação do Parecer, na reunião conjunta
das Comissões, no sentido de que precisaríamos de mais explicações para que nós
pudéssemos votar o Processo. Mas eu quero dizer uma coisa correta aos
Vereadores do PT - eu tenho discutido essa matéria com muita isenção -, para os
senhores e senhoras, que a única diferença dos processos anteriores que foram
votados, que criaram as Secretarias na época dos Governos do PT, é que os
créditos adicionais já vinham junto, quando da criação da Secretaria. Então,
eles, na verdade, satisfaziam àquilo que é definido por crédito adicional
especial. Estava absolutamente correto, mas a diferença aqui é que faltou um
item, faltou um artigo quando da criação da Secretaria.
Mas
isso não pode, eu acredito, simplesmente inviabilizar a criação da Secretaria,
porque é claro que se nós não dermos para eles o crédito especial, vamos,
simplesmente, inviabilizar. Seria a mesma coisa de não termos criado Secretaria
nenhuma, porque, afinal de contas, uma Secretaria sem os recursos não vai poder
fazer o trabalho ao qual está destinada.
Então,
acho que essa cobrança de explicações é correta, mas acho que todos os
Vereadores, inclusive aqueles que também são da Bancada de oposição, devem
trabalhar no sentido de fazer com que esta Secretaria não seja inviabilizada
por esse motivo, porque se nós somarmos os dois Projetos, teremos os mesmos
Projetos que aprovamos na Legislatura passada. Se nós somarmos os dois Projetos
- este e o da criação da Secretaria -, vamos ter os mesmos Projetos que criaram
Secretarias nas administrações passadas.
Então,
acho que isso não é justo agora, simplesmente por uma falha. E realmente houve
uma falha quando foi mandado o Projeto de criação da Secretaria da Juventude;
falhou o Governo quando não mandou para cá, no mesmo Projeto, um artigo criando
os créditos adicionais especiais. Mas se não foi feito, não é por isso que
devemos inviabilizar a criação da Secretaria. Vamos, no máximo, exigir que haja
explicações, porque, afinal de contas, acredito que o Legislador tem obrigação
de ter todos os conhecimentos a respeito daquilo que está acontecendo no
Executivo, mas eu acho que seria realmente demasiado nós, aqui, estabelecermos
qualquer estratégia para inviabilizar o funcionamento da Secretaria.
(Não
revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): O Ver. Claudio Sebenelo está com a
palavra para discutir o PLE nº 005/05.
O SR. CLAUDIO SEBENELO: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, é
evidente que o componente “fígado” está muito colocado nesse debate. Depende do
fígado do Partido dos Trabalhadores se essa votação vai até às 10h da noite ou
até daqui a pouco; eles que já votaram a favor do Parecer, portanto, são a
favor. Então, depende do fígado do Partido dos Trabalhadores, nada mais do que
isso. Porque essa opinião figadal passa pelo Processo que foi enviado pelo
Prefeito José Fogaça, pela presença do Secretário Mauro Zacher, por um Processo
assinado por todos os Vereadores do Partido dos Trabalhadores que pertencem às
Comissões já aprovadas, e por uma extensa lista do programa em que se descreve
a Lei nº 9.722, de 27 janeiro de 2005, que cria, na Administração Centralizada,
a Secretaria Municipal da Juventude. Existem, aproximadamente, 20 itens dizendo
o que se vai fazer com esse dinheiro (Lê.): “... II - acompanhar, avaliar,
criar planos,....; III - colaborar com as demais Secretarias...; IV -
desenvolver estudos e pesquisas sobre o jovem; V - promover e organizar
seminários...; VI - estabelecer parcerias...; VII – fortalecer as ações
voltadas aos movimentos associativos da juventude; VIII - garantir a
participação juvenil na elaboração das políticas públicas da área de cidadania;
IX - fiscalizar e adotar as providências necessárias para garantir o
cumprimento da legislação pertinente aos direitos da juventude; X - reconhecer
e valorizar os jovens e grupos juvenis...; XI - incentivar o desenvolvimento de
programas municipais voltados para jovens portadores de necessidades
especiais...; XII - estimular políticas destinadas ao anti-racismo e
anti-sexismo; Art. 4º - Fica criado o cargo de Secretário Municipal da
Juventude”.
Cria
cargos em Comissão e, por fim, as despesas dessa Lei correrão por conta das
dotações próprias.
Se
isso aqui não satisfaz, se isso não explica a destinação dos cinco milhões de
reais, Ver. Haroldo, se isso é alguma coisa a mais do que quer o Partido dos
Trabalhadores em relação à aprovação, ora, está na hora de pôr de lado a má
vontade, as indisposições figadais, e partir para a aprovação desse Projeto,
que, queira ou não a Bancada do Partido dos Trabalhadores, vai ser aprovado.
A
discussão feita aqui que não satisfaz através dessa ampla explicação dada pelo
Governo a respeito da destinação desse dinheiro, que parece que passa a ser
inócua, por maior que seja a qualidade dos Vereadores do Partido dos
Trabalhadores. Podem dizer que sim, que não, podem aceitar, ou não, mas na
verdade esse Processo vai ser aprovado pela unanimidade dos Vereadores, e se
não o for, vai ser pela situação que tem o número de votos suficientes para
aprová-lo, independentemente das questões da vesícula biliar, do fel, ou da
doçura dos pensamentos dos Srs. Vereadores da Bancada do Partido dos
Trabalhadores. É apenas uma questão de gênio, se estão geniosos, ou não, os
senhores, dignos Vereadores do Partido dos Trabalhadores, de cuja boa vontade
contamos para a aprovação deste Projeto. Se não houver a boa vontade, a
paciência, ele vai ser aprovado do mesmo jeito.
(Não
revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): A Verª Sofia Cavedon está com a palavra
para discutir o PLE nº 005/05.
A SRA. SOFIA CAVEDON: Sr. Presidente, Ver. Elói Guimarães,
colegas Vereadores e Vereadoras, quando debatemos esse tema eu fico me
lembrando do artigo do nosso Secretário da Juventude, no jornal Correio do
Povo, intitulado: Juventude sem Tutela. Eu já comentei esse assunto aqui na
tribuna. Era um artigo em que ele não explicava bem o que queria dizer com a
idéia da juventude sem tutela, porque ele respondia a um artigo que eu havia
escrito, em que eu ponderava que o nascimento dessa Secretaria, a votação que
nós fizemos para a criação dessa Secretaria, não estava à altura da inovação e
dos desafios de uma Pasta como esta, ao responder ao artigo, que tinha esse
título: Juventude sem Tutela.
E me parece, Secretário Mauro Zacher, aqui presente, e
nobres Pares, que mais uma vez, ou pelo menos se expressa, ao se pedir um
crédito adicional de 5 milhões, sem o Governo indicar que obra será suprimida, que Secretaria terá o seu custeio
reduzido, que compras serão diminuídas, de onde o Governo vai retirar os
recursos para essa Secretaria. E o Projeto não diz - apesar dos esforços da
nossa Bancada, dos pedidos, apesar do tempo em que ele tramitou aqui, apesar de
várias reuniões conjuntas de Comissões - em que será aplicado esse recurso, se
será em pessoal, em custeio, em novos programas. Nós não temos notícias, desde
a sua criação, Secretário Zacher, das atividades da Secretaria da Juventude.
Então, parece-me, começa a se esboçar uma juventude sem tutela. Talvez essa
Secretaria - e a crítica que eu fazia aqui era uma crítica política - não seja
transparente, que ainda não mostrou em que vai atuar, como vai atuar e também
não quer dizer de onde virão seus recursos e em que eles serão aplicados.
Isso não pode ser confundido com a vontade da juventude, de
liberdade, de experimentar o novo, porque nós estamos tratando de uma
Secretaria pública, de políticas públicas, de orçamento público. Sejam jovens
ou idosos os que estão desempenhando essa função pública, terá de haver, sim, o
controle social, terá de haver, sim, a tutela da sociedade, da cidadania, do
contribuinte, de cada cidadão desta Cidade e, portanto, a tutela desta Câmara
de Vereadores.
Esta é a nossa
inconformidade com a forma como esse pequeno Projeto vem tramitando na Casa. A
nossa Bancada está contribuindo, e contribuindo muito mais do que votando “sim,
com restrições", contribuindo com a crítica, desafiando o Governo a
apresentar de onde virá o recurso. Eu gostaria muito que o Conselho do
Orçamento Participativo fosse consultado sobre como alocar recursos para essa
Secretaria e de onde retirá-los, porque o Conselho do Orçamento tem a tarefa,
dificílima, de ajudar o Governo a realizar um conjunto de obras e programas que
são demandados pela população, ativada, trabalhando o ano inteiro para
construir políticas públicas democraticamente. É um processo que nós estamos
vivendo e que o Prefeito Fogaça reconheceu, na quarta-feira, na região
Noroeste. A Cidade fez o Orçamento Participativo - a cidadania e a população. E
é essa cidadania que o está mantendo - são palavras quase textuais do Prefeito
Fogaça -, mas a gente não está enxergando, neste Projeto que estabelece os
recursos para a Secretaria da Juventude, este compromisso para com a cidadania,
esta transparência, a tutela necessária, sim, da sociedade, para qualquer
política pública.
Então,
esse registro a gente quer fazer: que junto com a criação da Secretaria, em que
não houve negociação para a redução dos CCs, em que houve muita dificuldade de
criar a Conferência da Juventude, em que se teve o veto do Conselho da
Juventude, e agora não se dá quórum para a Comissão da Juventude e não se quer
explicar de onde vem a verba para a Secretaria da Juventude, não há como dizer
que essa política pública, essa inovação, tem tido uma bela trajetória. A gente
só pode lamentar e tentar continuar contribuindo até a cidadania exigir mais
transparência deste Governo.
(Não
revisado pela oradora.)
O
SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães):
O Ver. Sebastião Melo está com a palavra para discutir o PLE nº 005/05.
O SR. SEBASTIÃO MELO: Sr. Presidente, Sras
Vereadoras e Srs. Vereadores, Vereador e Secretário Mauro Zacher, eu tenho
recortados, talvez uns 10, 12, 15 jornais do Centro do País em que o Presidente
Lula e todo o seu Ministério dizem que o Governo Federal dá todo o incentivo à
juventude, dizendo que um eixo principal do Governo é incentivar a inclusão da
juventude em vários programas - do emprego, da educação, do trabalho, para sair
das drogas -, e então eu vejo esse discurso do Presidente da Nação - Presidente
que é do PT -, aí a gente baixa, aqui, para o mundo real da Cidade, e vê toda
essa discussão que não casa com aquilo que nós estamos vendo dos seus líderes
maiores.
Esta
Casa, Ver. Haroldo, aprovou uma Secretaria Municipal da Juventude. Se fosse
para não dar condições, Verª Clênia, para ela funcionar, deveria então não ter
aprovado a Secretaria. Esta Casa, então, deveria ter dito não à Secretaria da
Juventude.
Eu
quero dizer, meu querido Presidente, que o Governo que assume tem o direito de
cometer os seus pequenos erros. Aqui, Ver. Paulo Odone, deveria ter vindo, na
Lei que criou a Secretaria da Juventude, um artigo que dissesse o seguinte:
fica autorizada a abertura dos créditos adicionais para a Secretaria; então
essa matéria estava resolvida lá atrás. Aliás, em toda matéria dessa ordem que
veio nos 16 anos a esta Casa - e eu posso mandar buscar nos arquivos desta Casa
- a Bancada da Frente Popular, ou seja, o Executivo, agiu dessa forma!
Existe
um limite para suplementação; este Projeto não altera o limite da suplementação.
Nós defendemos aqui, nesta tribuna, que houvesse suplementação, rubrica a
rubrica. Esta Casa nunca acolheu. Portanto, o Prefeito está autorizado a tirar
dinheiro duma rubrica e botar noutra rubrica. Isso também é lei.
O
Governo está dizendo que está autorizando um crédito de até 5 milhões de reais.
Pode ser 100 mil, pode ser 200 mil, pode ser 300 mil, pode ser 50 mil, pode ser
500 mil, até 5 milhões.
Então,
me desculpem, com todo respeito, eu vou dizer que sou daqueles que acham que o
bom debate qualifica uma Casa Legislativa. Eu, mais do que ninguém, fiz
oposição nesta Casa; fiz, com vários outros colegas, debates intermináveis,
aqui, a noite toda; que venha o debate! Agora, cá para nós, estão “agarrando
fio desencapado”! Porque, na verdade, na verdade, não estão sustentando um
discurso de coerência. São a favor da Secretaria da Juventude? São. Votaram a
favor? Votaram a favor.
O
Presidente Lula todos os dias utiliza os meios de comunicação para dizer que
devemos instrumentalizar. O Prefeito Fogaça vai a Brasília junto com o
Secretário da Juventude, e faz uma bela parceria. Bela parceria, tem de
cumprimentar o Presidente! Parceria com o Governo Municipal, e, aí, os senhores
ficam aqui nesse choro para aprovar os créditos adicionais da Secretaria! Mas
me desculpem!
Com
todo respeito, eu acho que a boa oposição é extraordinária, mas, cá para nós,
Verª Sofia, V. Exª tem de se agarrar em coisas mais consistentes! Agora há uma
pressa para formar a Comissão Especial; eu vi este Plenário num burburinho; durante
duas horas, aqui, nós estamos querendo formar a Comissão, e não querem votar o
suplemento, os créditos para funcionar a Secretaria? Então, cá para nós, os
senhores são a favor da juventude, mas votam contra... O Governo Federal diz
que é a favor da criação da Secretaria da Juventude, e a Bancada aqui...
Pensava que era só o Raul Pont que estava contra o Presidente Lula, mas estou
vendo que é toda a Bancada aqui.
(Manifestação
fora do microfone. Inaudível.)
Pensava
que era só o nosso querido ex-Prefeito da Cidade, o Deputado Raul Pont, que
estava contra o Presidente da República; agora, estou vendo que é toda a
Bancada. O Presidente aprova, sim, a questão da juventude, e a incentiva.
Então,
queremos dizer que a nossa Bancada votou favorável; se votamos favorável, temos
de dar as condições para que se tenham políticas públicas para a juventude
nesta Cidade.
Então,
era isso, Sr. Presidente, o que gostaríamos de registrar, e queremos, mais uma
vez, frisar que, quando o debate é em cima das idéias, acho que é favorável,
mas, neste, estamos todos juntos, não estou entendendo. Nesta estamos todos
juntos! Porque sempre vi o PT defendendo a juventude. Muito obrigado.
(Não
revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): A Verª Clênia Maranhão está com a palavra
para discutir o PLE nº 005/05.
A SRA. CLÊNIA MARANHÃO: Sr. Presidente, Sras
Vereadoras, Srs. Vereadores, queríamos saudar também a presença das
porto-alegrenses e dos porto-alegrenses que acompanham os debates no plenário
na tarde de hoje.
Estamos
discutindo o Projeto de Lei que trata da possibilidade de atividades concretas
da Secretaria da Juventude. Nesse sentido, queria saudar aqui a presença do
Secretário Mauro Zacher, que veio ao plenário colocando-se à disposição das
necessidades de informação do conjunto das Bancadas desta Casa.
Queria
lembrar que já são 18h, estamos já há algumas horas discutindo esta temática, e
dizer que consideramos muito importante que possamos concluir a Sessão de hoje
aprovando o Projeto que trata da aprovação deste Parlamento referente aos
recursos para a Secretaria da Juventude.
Eu
queria dizer que este Projeto foi apresentado e, depois, por uma solicitação
deste Parlamento, foi acrescentada a ele uma Mensagem Retificativa no sentido
de esclarecer as dúvidas necessárias à votação do Projeto. A solicitação deste
Plenário foi atendida, o Governo Municipal apresentou a esta Casa o valor: até
5 milhões de reais, conforme solicitado por este Parlamento.
Hoje,
este Projeto está legal e administrativamente correto, as dúvidas foram
sanadas, as solicitações foram atendidas, e estão claras as informações sobre a
abertura do crédito que, inclusive, será publicado no Diário Oficial, como
exige a Lei, após 30 dias da publicação.
Eu
queria acrescentar ainda que esta Casa estará recebendo, logo mais, o Plano
Plurianual de Investimentos da Cidade, e que ele será configurado com enorme
transparência; será um Projeto estruturante, com visibilidade na aplicação dos
recursos, em relação às ações, às metas, aos indicadores, porque essa é a
proposta que nós temos trazido a esta Casa, no sentido de que não haja nenhuma
dúvida em relação à aplicação dos recursos públicos. Estamos respondendo a
todas as demandas em relação ao Projeto da Juventude, e estamos com enorme
expectativa de que esta discussão termine na noite de hoje, para que nós
possamos dar a contribuição deste Parlamento à implantação de políticas
públicas da juventude.
Queria
acrescentar, ainda, que o fato de termos criado no Município de Porto Alegre a
Secretaria da Juventude foi fator decisivo para que o Município de Porto Alegre
pudesse ser beneficiado por uma parceria entre o Município e o Governo Federal
na implantação do Projeto Jovem e Adulto, um projeto fundamental para a
população de baixa renda, projeto este que atenderá jovens entre 18 e 24 anos.
Eu acho que se o Governo Federal, numa parceria com a Prefeitura, foi capaz de
agilizar os recursos necessários à implantação do Pró-Jovem, isso é um
indicativo fundamental para que nós agilizemos o nosso processo, autorizemos
esse Projeto - que é um Projeto transparente, que cumpre rigorosamente as
exigências legais - e que, enfim, a Secretaria possa ter uma estrutura para
começar a implantar as políticas públicas na defesa e na inserção da juventude
em nosso Município.
(Não
revisado pela oradora.)
O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): A Verª Maristela Maffei está com a
palavra para discutir o PLE nº 005/05, por transposição de tempo com a Verª
Manuela d’Ávila.
A SRA. MARISTELA MAFFEI: Sr. Presidente, Sras
Vereadoras e Srs. Vereadores, senhoras e senhores, com relação ao Projeto ora
em discussão, eu gostaria de ficar mais no mérito político, pois, em seguida, a
Verª Manuela - Líder da Bancada do PCdoB - irá entrar mais no mérito.
Nós
vivemos um momento em que o que nos entristece profundamente é quando zero,
vírgula, zero, zero e alguma coisa, percentualmente falando, percebe-se
claramente uma vaidade exacerbada quando nós estamos aqui discutindo da vida e
das políticas públicas em relação à juventude de Porto Alegre. Políticas essas
que vimos construindo há muitos anos em nosso País, aqui em nosso Estado, mas,
em especial, em Porto Alegre, quando dos 16 anos da Administração Popular, e
muito fortemente, como prioridade, também no Governo Lula.
Aliás,
na segunda-feira passada o Prefeito Fogaça assinou, juntamente com a Secretaria
da Educação e com a Secretaria do Trabalho, a questão do Pró-Jovem, vindo um
percentual importantíssimo para essa Secretaria e para o Município de Porto
Alegre. E amanhã, aproveitamos para convidar a todos, Verª Margarete Moraes,
com a presença do Ministro Berzoini, será assinado o consórcio da juventude,
que diz respeito à articulação de várias políticas públicas.
Agora
eu pergunto à cidade de Porto Alegre, que está nos assistindo: baseada em que
política? Até agora essa Secretaria não apresentou política, não apresentou
programa e também não diz para onde vai esse percentual que aqui está sendo
pedido como suplementação. Vejam bem, senhoras e senhores, nós não estamos aqui
discutindo teorias acadêmicas de um percentual, nós não estamos aqui discutindo
UNE, ou seja quem for; nós estamos discutindo, prioritariamente, aqueles jovens
que ainda não conseguiram e que têm dificuldades de chegar e cursar uma
universidade, Ver. Elias Vidal, Verª Neuza Canabarro. Isso é muito sério,
porque esses investimentos são para dar possibilidade de discussão de políticas
e inserções práticas para que todos aqueles que chegam à idade de estar no
Ensino Médio e, depois, quem sabe, chegar a uma universidade, que é o menor
número, possam estabelecer-se na sociedade com o mínimo de condições para poder
disputar um lugar em que realmente aqueles, que são os construtores deste País,
só pagando impostos indiretos, possam estar aqui. Porque a gente vê,
infelizmente, que as indicações feitas pela Secretaria da Juventude, nas
comunidades, não têm o mínimo de condições de discutir lá políticas públicas
para juventude.
São
belas pessoas, mas, infelizmente, totalmente desqualificadas, despreparadas.
Inclusive, acho um desrespeito para com essas pessoas, porque lá simplesmente
fazem contraponto, como se estivessem sendo subsidiadas apenas em campanhas
eleitorais. Essa é a grande preocupação que nós temos: o investimento, não
apenas daquilo que nós vamos deliberar aqui neste dia, mas também todos os
investimentos federais que estão sendo feitos para a cidade de Porto Alegre
nessa área. Nós temos uma posição muito clara: nós não somos contra, e quem o
diga, a gente sabe muito bem das suas falácias, do ódio que externam pela sua
pele, que sempre fizeram uma política contrária ao Partido dos Trabalhadores.
Olhem, Porto Alegre está nas mãos de algumas dessas pessoas que não suportam a
democracia, que, para se constituir, têm de destruir. Quem está nos assistindo
sabe disso, sabe de quem nós estamos falando, sem precisar citar nomes.
Então,
a nossa responsabilidade, como Partido constituído, com 16 anos de experiência
frente a esta Cidade, juntamente com o PCdoB e o PSB, é de garantir, e, cada
vez mais, seremos fiscalizadores, sim; e, cada vez mais, estaremos - além de
estarmos nesta Casa legitimamente, pela democracia - também em frente às lutas
daqueles que se acham que são os donos da verdade. Porque quem perde com isso,
Ver. Haroldo de Souza, é a nossa juventude; e quem perde com isso é a paz que
nós queremos construir. Temos que lutar pela soberania de cada Partido, de cada
olhar, de cada sensibilidade. Nós não podemos usar a tribuna para desmerecer
ninguém. Agora, nós estaremos à frente dessa luta para legitimar o que nós já
construímos, Verª Manuela, e aquilo que nós temos como sonhos para continuar a
nossa luta. Muito obrigada, e a luta continua, com certeza.
(Não
revisado pela oradora.)
O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): A Verª Manuela d’Ávila está com a palavra
para discutir o PLE nº 005/05.
A SRA. MANUELA D’ÁVILA: Sr. Presidente, Sras
Vereadoras, Srs. Vereadores, eu me recordo de que no final do Fórum Social
Mundial eu relatei, aqui nesta mesma tribuna, a visita que o Ministro Aldo
Rebelo fez ao Prefeito José Fogaça, quando reiterou o compromisso do Governo
Federal em manter as mesmas relações que mantivera até então com a Prefeitura
Municipal de Porto Alegre. Esse compromisso do companheiro Lula vem, dia a dia,
se concretizando, vem se demonstrando realidade. E nós podemos elencar dois
projetos simples do nosso Governo que celebram essa responsabilidade - não do
Governo Municipal - com os brasileiros e com as brasileiras, com a totalidade
das pessoas que dirigimos e que temos a responsabilidade de dirigir neste País.
São esses dois programas: o Pró-Jovem - que destinou uma quantia significativa
de recursos para a Prefeitura de Porto Alegre, especificamente para os jovens,
não para a Secretaria da Juventude, mas para os jovens da nossa Cidade, entre
18 e 24 anos, que não concluíram o Ensino Fundamental. Esse é um recurso para a
nossa Cidade, para ser administrado por esta gestão, mas é um recurso da
juventude do nosso Município. E amanhã um outro programa, que vai ser
inaugurado na Escola Navegantes, para o qual inclusive convido a base do
Governo Fogaça para se fazer presente, com a presença do Ministro Berzoini, que
é o lançamento do Consórcio da Juventude. Então, nós aqui temos não o nosso
compromisso simplesmente com os gestores, mas o nosso compromisso pleno,
assumido em várias situações, com a Cidade de Porto Alegre, com a juventude de
Porto Alegre. Nós temos uma tradição de muitas décadas em trabalhar a temática
da juventude. Essa tradição, com certeza, se fortaleceu com a iniciativa do
Governo Federal em lançar a Secretaria Nacional da Juventude, previamente
estabelecendo uma Comissão Especial de Políticas Públicas para a juventude no
Congresso Federal. Essa Comissão Especial deu origem à Secretaria Nacional da
Juventude e a esses programas, pelos quais, hoje, Porto Alegre é beneficiada,
bem como a sua juventude.
Por
isso, nós vamos manter a nossa responsabilidade com a juventude de Porto
Alegre, com os jovens desta Cidade que estão nos vários bairros da nossa
Cidade, que fazem do nosso Hip Hop um
dos mais fortes do País - dado este demonstrado por uma pesquisa recente -, que
a nossa juventude é aquela que ainda se identifica majoritariamente com o
Movimento Estudantil, ou seja, é com essa juventude que temos compromisso.
E
vamos manter a nossa coerência com essa juventude, aprovando os recursos para a
Secretaria da Juventude.
Agora,
também, em 20 de janeiro, quando aprovamos esse Projeto, com falhas, como
levantou aqui o Ver. Sebastião Melo, porque não previa receitas, nós também
assumimos, Vereador, esse compromisso com a Secretaria da Juventude do ponto de
vista político, daquilo que representa para a organização da nossa juventude,
pela tradição histórica que tem o jovem de Porto Alegre, não desta Gestão, não
da administração Fogaça, mas anterior a isso, com vários dos Vereadores aqui
tendo origem no Movimento Estudantil da nossa Cidade. E é por isso que mantemos
a nossa coerência. Agora, também queremos saber a destinação desses recursos.
O
Ver. Paulo Odone, no debate anterior, assumiu o compromisso de, em 30 dias, a
partir daquela data, trazer o Plano de Ação da Secretaria.
Ver.
Odone, nós como achamos que, nesta Casa, a palavra é, muitas vezes, o que nos
basta, contamos com a sua palavra, e mais, naquela manifestação V. Exª empenhou
a sua palavra em nome do Secretário da Juventude. Portanto, o Secretário da
Juventude está presente, e acho que se é verdadeiro, como acredito que seja,
esse Plano de Ações, no Plano de Investimentos poderemos ver onde cada Real
desses cinco milhões será investido. O próprio Secretário Municipal da Juventude
pode empenhar a sua palavra, como o fez para a constituição da Comissão
Especial de Políticas Públicas da Juventude.
E
nós ainda acreditamos que a palavra, muitas vezes, nos basta para fazermos
política de maneira qualificada. E, mais do que isso, colaborarmos para que a
nossa juventude, a juventude de Porto Alegre, independente de qual
administração, independente de qual Governo seja, sim, a maior beneficiada com
as políticas públicas da juventude e, inclusive, com os grandes recursos,
superiores a cinco milhões, destinados pelo Governo Federal para esta Capital.
(Não
revisado pela oradora.)
O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): A Verª Margarete Moraes está com a
palavra para discutir o PLE nº 005/05.
A SRA. MARGARETE MORAES: Sr. Presidente, Elói Guimarães, Sras
Vereadoras e Srs. Vereadores, apesar de hoje termos ouvido do Ver. Claudio
Sebenelo que a Bancada do Partido dos Trabalhadores se move por impulso, de
acordo com o humor, de acordo com o gênio daquele dia, eu quero dizer ao Ver.
Claudio Sebenelo que isso não é um bom discurso, porque ele tenta desmerecer a
Bancada da oposição nesta Casa, como se o nosso voto, a nossa reflexão, a nossa
contribuição, o nosso debate, esse contraponto que é a essência da democracia,
que é a essência do Parlamento, de uma Casa Legislativa, não valesse, não
importasse porque somos minoria. Então, não teria sentido nada, porque vocês
são maioria e podem colocar tudo em votação e aprovar ou reprovar, e nós não
fizemos nada aqui.
No
entanto, a Bancada do Partido dos Trabalhadores, na oposição, comporta-se com
muita responsabilidade. Nós achamos que esse é o espaço da liberdade. Todo
Vereador deve ser respeitado, nem que seja de uma Bancada só, ele merece
respeito; nem que tenha tido o menor número de votos possível, ele merece
respeito e posso dizer isso, Ver. Paulo Odone, porque fui Presidenta desta Casa
e tratei todos e todas com toda isonomia possível. Sempre respeitei todos os
Vereadores. Nós fomos eleitos em cima de um projeto, de um programa do Partido
dos Trabalhadores e temos o dever de defender o nosso projeto. É assim que a
população quer e assim que nós vamos ser honestos e coerentes com a nossa
concepção de política e de mundo. Apesar de hoje, nesta Casa, eu ter
testemunhado um boicote da situação, a Comissão da Juventude já aprovada nesta
Casa, com exceção do Ver. Maurício e apesar de todos os esforços da Verª Mônica
Leal, ela não conseguiu sensibilizar a Bancada da situação.
Apesar
desse processo e desse Projeto enviado para esta Casa conter muitas lacunas,
lacunas na apresentação, na forma, no conteúdo, não tem sequer um plano de
atividades, nós preferimos ignorar essas falas rebaixadas e acreditar no Ver.
Paulo Odone, que disse aqui, que comprometeu-se em nome do centro do Governo
que vai, em 30 dias, trazer para esta Casa todos os retornos solicitados. Isso
é um dever. Isso é um dever de transparência, é um princípio da Administração
Pública trazer do Executivo todos os retornos que foram solicitados pelos
Vereadores.
Também
queria dizer ao Ver. Sebastião Melo, que infelizmente não está presente, que
precisamente amanhã, à tarde, o Ministro Berzoini estará em Porto Alegre, o
Ministro do Trabalho, e vai trabalhar junto com a Prefeitura de Porto Alegre,
porque não discrimina nenhum Partido que não seja o nosso, e estará
apresentando dois projetos para os jovens: o Consórcio da Juventude e o
Primeiro Emprego. Este Projeto vai atender a 7.200 jovens na nossa Cidade.
Portanto a disputa partidária é válida, mas não é válida a desonestidade,
dizendo que o Governo Lula não tem compromisso com a juventude no nosso País.
Portanto,
Ver. Elói Guimarães, em nome da coerência, da nossa responsabilidade, do amor
que nós temos por esta Cidade, a Bancada do Partido dos Trabalhadores nunca
pensa que enquanto pior, melhor; nós queremos o melhor para Porto Alegre, nós
queremos o bem. Nós já estivemos por 16 anos na Administração desta Cidade, e
nós vamos votar favoravelmente, coerentes com o primeiro voto apesar desta
insuficiência, com uma Declaração de Voto que vai esperar daqui a 30 dias e vai
cobrar do Ver. Paulo Odone todos os retornos necessários à implantação desta
Secretaria. Muito obrigada.
(Não
revisado pela oradora.)
O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): O Ver. Luiz Braz, Líder do PSDB, informa
que retira o representante do PSDB da Comissão Especial da Juventude.
Não
há mais quem queira discutir o PLE nº 005/05. Encerrada a discussão. Em votação
nominal, solicitada pela Verª Sofia Cavedon, o PLE nº 005/05. (Pausa.) (Após a
apuração nominal.) APROVADO por 20
votos SIM, com Mensagem
Retificativa.
Declaração
de Voto encaminhada pelo PCdoB...
(Aparte
anti-regimental.)
O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): Mas tinha que ser protestado, eu não vi o
protesto para o voto no tempo devido.
Ver.
Haroldo de Souza, em face dessa dúbia interpretação da Presidência... Eu não vi
manifestação, mas eu não tenho por que duvidar.
Eu
vou permitir, excepcionalmente, que quem deixou de votar proceda à votação.
(Aparte
anti-regimental.)
O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): Ver. Haroldo de Souza, excepcionalmente,
vamos permitir que os Vereadores que não conseguiram votar por problemas de
ordem técnica - que fique claro -, votem no microfone dos apartes. Eu pediria
que fosse acompanhado pela assessoria técnica.
(Apartes
anti-regimentais.)
O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): Verª Maristela Maffei, sim, com
Declaração de Voto; Ver. Haroldo de Souza, sim, com Declaração de Voto; Verª
Maria Celeste, sim, com Declaração de Voto; Ver. Carlos Comassetto, sim, com
Declaração de Voto; Ver. Carlos Todeschini, sim, com Declaração de Voto; Ver.
Aldacir Oliboni, sim, com Declaração de Voto; Ver. Adeli Sell, sim, com
Declaração de Voto.
Eu
pergunto se todos os Srs. Vereadores e Sras Vereadoras votaram?
Votaram. Bom, eu leio a Declaração de Voto da Bancada do PT... A Verª Manuela
não votou?
A SRA. MANUELA D’ÁVILA (Questão de
Ordem): Votei, Vereador.
Eu gostaria, neste sentido, que o espelho da votação, quando o painel foi
fechado, que venha a público, para tornar-se claro, que a Verª Margarete
Moraes, Manuela d’Ávila e Raul Carrion, votaram e fecharam o quórum.
O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): Não há por que duvidar.
O SR. SEBASTIÃO MELO (Questão de Ordem): Sr. Presidente, eu quero fazer uma
ponderação a V. Exª, que é um Presidente muito equilibrado, que zela pela Casa,
mas há um velho ditado popular que diz que “porteira em que passa um boi, passa
uma boiada”. Quero dizer o seguinte: V. Exª toma uma decisão muito equivocada.
Vossa Excelência havia encerrado a votação e pode registrar em ata, mas não
pode considerar a votação, pois isso vai abrir precedente para outros momentos
de votação. É um apelo que faço a V. Exª, porque esta é uma votação que, em
tese, não é contraditória, mas nós vamos enfrentar momentos, ali na frente, de
votações muito tensas. Eu acho que é um precedente que cria grandes problemas
para a Casa. Então, é um apelo que faço a V. Exª: registre, mas não considere a
votação, porque, efetivamente, V. Exª havia encerrado a votação, e a Bancada da
Frente Popular estava presente e não quis votar; portanto, é presença ficta,
não quis votar, é um direito que tem!
O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): Eu recolho as observações de V. Exª,
Ver. Sebastião Melo. Eu quero dizer aqui, a quem não votou, que, nesta área, eu
vi manifestações. Eu tenho dúvidas, mas não posso deixar de acreditar na
palavra das pessoas que manifestaram a dificuldade de votar. Eu não posso
admitir que Vereadores e Vereadoras utilizem expedientes dessa natureza
colocados na Questão de Ordem de Vossa Excelência. Não posso aceitar isso! Por
isso, por exceção, porque não posso conceber que Vereadores e Vereadoras
utilizem instrumentos não recomendados numa situação dessa! Eu vi movimento,
interpretei como se já tivessem votado ou não tivessem votado. Então, não posso
conceber, Ver. Sebastião Melo, que Vereadores se utilizem de determinados
expedientes. As ponderações de V. Exª, com todo o acerto e etc. e tal, eu tenho
dificuldades em aceitar; por isso mantenho a decisão que tomei, pelos
fundamentos que aludi há pouco.
O SR. PAULO ODONE (Questão de Ordem): Sr. Presidente, eu protestei quando a
Verª Manuela apresentou a Declaração de Voto. Eu disse: o Presidente já
proclamou os resultados e quem não votou, não pode. Eu quero fazer a
intervenção para dizer duas coisas. Uma, que eu reconheço aqui que a Verª Manuela
havia votado e tinha toda a legitimidade. Está no painel, que V. Exª proclamou:
vinte votos, entre os quais estavam o da Verª Manuela e o da Verª Margarete
Moraes. Então, eu estava protestando por isso, e quero dizer que aceito a Declaração
de Voto. E V. Exª agiu bem, porque estavam nos 20 votos proclamados como
resultado. Mas, quero também dizer a V. Exª que endosso a Questão de Ordem
levantada pelo Ver. Sebastião Melo, não por causa desta votação, que já não tem
nenhuma diferença, não alteraria o resultado, mas pelo precedente para o
futuro. Se o Presidente proclama o resultado e dá o número do resultado, abrir
o direito para o Vereador que se equivocou, que não estava no plenário, é um
risco futuro para a Casa. Eu, então, endosso para quem não votou antes da
proclamação, mesmo estando no plenário. Estando no plenário, me desculpe, a
nossa obrigação de Vereadores é essa, quando o Presidente autoriza o
encerramento, obedecido pela Mesa, e ele proclama o resultado, nós não podemos exigir
do Presidente que reabra, sob pena de isso ficar infindável. Era a minha
manifestação e não tem nenhuma reprovação à sua atitude, Presidente; V. Exª foi
sensível. Obrigado.
A SRA. MARISTELA MAFFEI (Questão de
Ordem): Sr. Presidente,
não vamos aceitar que um fato importante como este se torne um fato de disputa
política. Já havíamos manifestado, como Líder do Partido dos Trabalhadores, bem
como a Verª Margarete Moraes e outros, a nossa Declaração de Voto, de que
votaríamos favoravelmente. Portanto, para nós, tudo o que está acontecendo
aqui, ao contrário disso - fora a questão da sua sensibilidade e seriedade na
condução desta Casa -, o restante, não passa de uma disputa desnecessária, já
que aprovamos o Projeto. Muito obrigada.
O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): Eu tomei uma decisão e a torno imutável,
salvo recursos, evidentemente, que poderão ser encaminhados pelos fundamentos
que reiteradamente coloquei. Não posso admitir situações desta ordem, porque
seria uma situação insustentável na nossa Casa.
O SR. SEBASTIÃO MELO (Questão de Ordem): Sr. Presidente, eu vou estabelecer um
contraditório aqui; V. Exª já tomou a decisão, é o Presidente da Casa, mas eu
vou utilizar da faculdade recursal, e, portanto, vou recorrer à Comissão de
Justiça, pois acho que ela tem de clarear essa questão, porque, em outros
momentos, vai ficar muito difícil essa questão: o Vereador não vota, diz que
vai votar, e a Presidência da Casa diz que pode votar. O regramento é de um
minuto e meio; fechou o painel, está encerrado. Obrigado.
O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): Exatamente.
A SRA. MANUELA D’ÁVILA (Questão de
Ordem): Eu gostaria de
dizer que temos constantemente enfrentado problemas com o painel, com o local
de votação aqui nesta Casa; não são poucos os Vereadores que tentam dar suas
presenças e não conseguem, prova é que esta situação passou, inclusive,
fundamentalmente, também pela base do Governo, pois a Verª Mônica Leal e o Ver.
Haroldo de Souza também não conseguiram votar por um problema técnico, que não
tem sido raro aqui nesta Casa. Se começarmos a questionar a palavra de cada um
de nós Parlamentares que dissemos que não conseguimos votar - eu falo isso
tendo conseguido votar e tendo meu voto, assim como do meu camarada Raul
Carrion, registrados em tempo hábil -, fragilizamos as relações aqui dentro da
Casa, se não conseguirmos conviver com a palavra dos Vereadores.
O SR. CARLOS COMASSETTO (Questão de
Ordem): Sr. Presidente,
assim como vim declarar meu voto aqui, gostaria que V. Exª pudesse determinar à
comissão técnica que fosse, neste momento, tentar votar no meu número de senha
para verificar, Ver. Paulo Odone. Nós não podemos colocar em dúvida aqui a dignidade
de qualquer um destes Vereadores, e eu, juntamente com o Ver. Haroldo e a Verª
Mônica Leal estamos pedindo isso. O meu não está funcionando. E não foi a
primeira vez que não funcionou e que solicitei o meu voto após e foi
considerado. Não podemos colocar em dúvida. Nosso pronunciamento em plenário
foi um. Com muita clareza, inclusive,
nós vamos dar mais uma vez um cheque
em branco com a nossa declaração que está na sua mesa. Muito obrigado
O SR. HAROLDO DE SOUZA (Questão de
Ordem): Sr. Presidente,
não é questão de aparte, é que eu estou aqui já há quatro anos, e não é a
primeira vez que há problema na votação, no painel. Se eu fiz uma Declaração de
Voto antes, por que eu não iria votar no momento? Porque houve problema na
minha votação. Eu espero que o meu voto conste aí, sim, porque eu votei também
a favor. E duvidar da palavra, não é possível que seja assim.
O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): Eu interpretei que todos tivessem
votado. Mas, diante das manifestações feitas e também do movimento que vi, eu
achei que estivesse encerrado, quando não deveria ter encerrado, porque
Vereadores, tecnicamente, não conseguiram votar. Por isso nós abrimos a
possibilidade excepcional de permitir o voto aos Vereadores que não puderam
votar; assim interpretei, porque nem poderia pensar diferente diante das
manifestações dos Vereadores. Por isso procedi, permitindo, de forma precária,
excepcionalmente, que se permitisse que os Vereadores e Vereadoras votassem.
O SR. PAULO ODONE: Presidente, sua decisão está
sacramentada. Apenas em relação à Questão de Ordem do Ver. Comassetto, eu quero
dizer que o Paulo Francis dizia que na sua casa não se gritava nem quando não
se tinha razão. Então, eu quero dizer a ele que ninguém ofendeu a dignidade de
ninguém aqui. Eu estou dizendo é que a votação está encerrada, como já esteve
quando havia 20 votos, e V. Exª proclamou e reabriu, e que agora está
encerrado. Foi só o que eu disse a ele. Não precisa jogar dignidade na cara de
ninguém aqui, porque não foi ofendida.
O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): É uma situação que está superada.
A SRA. MANUELA D’ÁVILA (Questão de
Ordem): Solicito que, posteriormente à aplicação de sua
sábia decisão de valorizar os Vereadores e as Vereadoras, sejam lidas, como é
de praxe, as Declarações de Votos, porque isso também diz respeito à dignidade
dos Vereadores..
O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): Serão lidas.
A SRA. SOFIA CAVEDON (Questão de Ordem): Presidente, gostaria de fazer o registro
que eu não reivindiquei o voto, porque, de fato, politicamente esperei que a
Bancada governista desse quórum, já que tem tanta confiança nos dados que
virão. E não reivindiquei depois, porque não tentei. Mas sou a exceção que
comprova que V. Exª foi sensível à tentativa dos demais.
O SR. CARLOS COMASSETTO (Questão de
Ordem): Só para deixar
claro aqui, em apoio à sua posição, no momento em que é dito que só há 20 votos
válidos, quero dizer que o que tenho de mais digno aqui, sim, é o meu voto. E
eu votei e quero que ele seja validado, diferente da posição que defendeu aqui
o Ver. Paulo Odone. É isso que está em discussão: é a posição, sim, o direito
ao voto. Muito obrigado.
O SR. PAULO ODONE (Questão de Ordem): Na próxima vez, o Ver. Comassetto, se
quiser votar, que vote antes do Presidente proclamar o resultado da votação. É
assim em qualquer Parlamento.
O SR. CARLOS COMASSETTO: Isso é desrespeito com o meu voto, Sr.
Presidente; V. Exª comandou o meu voto, e isso é um desrespeito.
O SR. HAROLDO DE SOUZA: Sr. Presidente, V. Exª já tomou a sua
decisão? Então, vamos continuar com a Sessão, senão, com todo o respeito que eu
tenho à Casa, vira palhaçada!
O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): Eu vou ler a Declaração de Voto firmada
pela Verª Manuela d’Ávila e pelo Ver. Raul Carrion, da Bancada do PCdoB. (Lê.):
“A Bancada do PCdoB vota favorável ao Projeto, uma vez assumido o compromisso
do Governo Municipal (através do Ver. Paulo Odone - PPS) em entregar/apresentar
a este Plenário o plano de atividades da Secretaria Municipal da Juventude, com
os programas a serem desenvolvidos e a origem dos recursos”.
Declaração
de Voto firmada pela Bancada do PT, subscrita por diversos Vereadores, e pelo
Ver. Haroldo de Souza (PMDB). (Lê.): “A Bancada do Partido dos Trabalhadores e
o Ver. Haroldo de Souza (PMDB) votam favoravelmente, com a garantia dada pela
representação do Governo em fornecer a esta Casa o plano de atividades da
Secretaria Municipal da Juventude, bem como os programas em curso e os do
futuro, com a respectiva aplicação das verbas liberadas por esta votação. E
registra, no entanto, a sua inconformidade com as profundas lacunas existentes
na apresentação, na forma e no conteúdo desta Lei”.
O SR. IBSEN PINHEIRO (Questão de Ordem): Sr. Presidente, com desculpas pelo atraso
com que venho a este microfone, eu gostaria de conhecer a proclamação do
resultado.
O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): Eu já proclamei o resultado, Vereador.
O SR. IBSEN PINHEIRO: V. Exª pode informar à Casa, mais uma
vez, Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): Proclamamos o resultado: O PLE nº 005/05
foi aprovado por 27 votos SIM.
Em
votação nominal, solicitada pelo Ver. Ibsen Pinheiro, a prorrogação da Sessão
por mais duas horas. (Pausa.) (Após a apuração nominal.) APROVADA por 18 votos SIM, 1 voto NÃO.
Há
quórum.
O SR. SEBASTIÃO MELO (Requerimento): Sr. Presidente, (Lê.): “Com base no
Regimento da Casa, o Vereador que este subscreve, irresignado com a decisão
proferida pela Mesa, recorre à Comissão de Constituição e Justiça, da decisão
tomada por V. Exª no sentido de colher os votos de vários Vereadores após ter
dado por encerrada a votação do processo. Requer a juntada da planilha de
votação, bem como das notas taquigráficas”.
O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): Esta Presidência recebe o recurso do
Ver. Sebastião Melo.
DISCUSSÃO GERAL
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte)
2.ª SESSÃO
PROC.
N.º 1408/05 - PROJETO DE EMENDA À LEI ORGÂNICA N.º 004/05, de autoria do Governo Municipal, que
altera e dá nova redação ao inciso I do §6º, e ao inciso I do § 7º, todos do
art. 121 da Lei Orgânica do Município de Porto Alegre.(prazo/plurianual) Com Emenda n.º 02.
Parecer
Conjunto:
- da CCJ, CEFOR e CUTHAB. Relator-Geral Ver. Paulo Odone: pela aprovação
do Projeto e da Emenda n.º 02.
Observações:
- discussão geral nos termos do art. 129
do Regimento da CMPA;
- incluído na Ordem do Dia em 20-04-05.
O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): Em discussão o PELO nº 004/05. A Verª
Sofia Cavedon está com a palavra para discutir o PELO nº 004/05.
A SRA. SOFIA CAVEDON: Sr. Presidente, Ver. Elói Guimarães;
Srs. Vereadores, nós estamos na primeira discussão de uma importante mudança na
Lei Orgânica deste Município. Mesmo com o adiantado da hora, eu fiz questão de
fazer a discussão. Sei que isso não prende nenhum Vereador, pois não votaremos
hoje, mas quero afirmar aqui, neste microfone, que votei contra a renovação da
votação exatamente para poder participar agora, na seqüência, na segunda
reunião do Orçamento Participativo, na Região Leste, que está sendo
acompanhada, agora sim, pelo Prefeito José Fogaça. Com essa ampliação de
prazos, vai ser possível que o Governo, ao elaborar a sua proposta de Plurianual,
já esteja imbuído, sentindo, percebendo as discussões que aparecem nas inúmeras
reuniões do Orçamento Participativo expressas pelas pessoas muito simples, mas
muito sinceras, muito genuínas, muito verdadeiras ao traduzir as necessidades
da vida cotidiana, ao traduzir os seus problemas, e verdadeiras inclusive na
forma de vestir, na forma de falar.
O
Plano Plurianual é um Plano para quatro anos. Eu ainda não consegui acompanhar
a elaboração que o Governo Fogaça está fazendo desse Plano e a nossa expectativa,
a minha expectativa, é que, considerando as falas de campanha - falas que se
comprometeram com a participação popular -, esse Plano chegue nesta Casa já
fazendo uma aferição, já sendo um diagnóstico, já tendo a marca dessa
participação.
Nós,
Vereadores da Frente Popular, pelos 16 anos, as quatro vezes que fizemos o
Plurianual, sempre defendemos - negociamos, sim, Emendas ao Plurianual - a
maior parte do corpo do Projeto que chegava aqui em função da significação
social que ele tinha. E me preocupa, Verª Neuza Canabarro, que ouve com
atenção, que ainda não começou uma discussão mais objetiva com a população na
elaboração do Plano.
Eu
sei que o Governo Fogaça está fazendo os diálogos com a Cidade, eu sei que há
um material de pesquisa - uma pequena folhinha, em que as pessoas, nas regiões,
opinaram sobre quais os temas que mais as preocupam -, mas é muito diferente
quando o Governo se apresenta com um Plano e coloca em debate na sociedade:
coloca suas diretrizes para a Educação; coloca suas diretrizes na área da
Habitação; e as pessoas, de posse da intenção do Governo, olham, têm
informação, têm condições de interferir, de emendar e de opinar. E isso não
começou ainda.
Pelos
prazos que estamos estabelecendo, esse Plano deverá chegar a esta Casa até o
final de maio. Esse Plano não é nada simples; é um Plano complexo para um
Governo que está iniciando. Então traduzo aqui essa preocupação, trago o
desafio para que o Governo apresente à sociedade, faça circular nela a sua
proposta de Plano Plurianual, para que ele chegue aqui na Casa com essa marca,
com essa respeitabilidade, para que os Vereadores acompanhem as discussões lá
na base e a gente possa, de fato, ter um processo muito mais rico, um processo
que garanta, fundamentalmente, que esta Cidade não perca a continuidade, que
parta do que já conquistou, do que já construiu, do diagnóstico dos problemas,
das soluções já apontadas em inúmeras instâncias. E aí chamo atenção dos quatro
congressos da Cidade, das inúmeras conferências temáticas, dos congressos temáticos
como o da Educação, o da Cultura, que tem um material riquíssimo que já é
reflexão da cidadania apontando situações que devem ser enfrentadas, e metas.
Então,
há acúmulo da cidadania desta Cidade para produzir um belo Plurianual, que
comprometa este Governo, que comprometa a sociedade e comprometa esta Câmara. É
nesse sentido que nós estamos votando na ampliação do prazo, mas apelando para
que o processo seja, de fato, qualificado e participativo. Obrigada.
(Não
revisado pela oradora.)
O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): Está encerrada a segunda discussão dessa
matéria.
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: autor e bancadas/05
minutos/sem aparte)
PROC.
N.º 0126/04 - PROJETO DE RESOLUÇÃO N.º 039/04, de autoria do Ver. Sebastião Melo, que
concede o prêmio jurídico Otávio Francisco Caruso da Rocha ao Advogado Marco
Antônio Birnfeld.
Pareceres:
- da CCJ. Relator Ver. Ibsen Pinheiro: pela inexistência de óbice de
natureza jurídica ao Projeto;
- da CECE. Relator Ver. Adeli Sell: pela aprovação do Projeto.
Observação:
- incluído na Ordem do Dia
em 25-04-05.
O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): Em discussão o PR nº 039/04. (Pausa.) Não
há quem queira discutir. Em votação nominal, solicitada pelo Ver. Carlos
Todeschini. (Pausa.) (Após a apuração nominal.) APROVADO por 21 votos SIM.
DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: bancadas/05 minutos/sem
aparte)
PROC.
N.º 1352/05 - PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO N.º 004/05, que atribui verba de representação ao
cargo que menciona e extingue cargo em comissão na Administração Centralizada
do Município, e dá outras providências.
Parecer:
- da CCJ. Relator Ver. Paulo Odone: pela inexistência de óbice de
natureza jurídica ao Projeto.
Observações:
- para aprovação, voto favorável da
maioria absoluta dos membros da CMPA, art. 82, §1º, III da LOM;
- incluído na Ordem do Dia, por força do
art. 81 da LOM, em 25-04-05.
O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): Em discussão o PLE nº 004/05. (Pausa.)
Não há quem queira discutir. Em votação nominal, solicitada por esta
Presidência. (Após a apuração nominal.)
APROVADO por 21 votos SIM.
O SR. LUIZ BRAZ (Questão de Ordem): V. Exª tinha declarado anteriormente que
era preciso...
O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): ... maioria absoluta.
O SR. LUIZ BRAZ: Eu entendi que era preciso quórum
especial.
O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): Maioria absoluta, que foi preenchida com
sobra.
(discussão: todos os Vereadores/05minutos/com
aparte;
encaminhamento: autor e bancadas/05
minutos/sem aparte)
PROC.
N.º 0129/05 - PROJETO DE RESOLUÇÃO N.º 049/05, de autoria do Ver. Claudio Sebenelo, que
concede o “Troféu Destaque Mário Quintana” ao Senhor Milton Ferretti Jung.
Pareceres:
- da CCJ. Relator Ver. Ibsen Pinheiro: pela inexistência de óbice de
natureza jurídica ao Projeto;
- da CECE. Relator Ver. Adeli Sell: pela aprovação do Projeto.
Observação:
- incluído na Ordem do Dia em 25-04-05.
O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): Em discussão o PR nº 049/05. (Pausa.)
Não há quem queira discutir. Em votação nominal, solicitada pelo Ver. Adeli
Sell. (Pausa.) (Após a apuração nominal.) APROVADO
por 23 votos SIM.
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: autor e bancadas/05
minutos/sem aparte)
PROC.
N.º 0119/05 - PROJETO DE RESOLUÇÃO N.º 048/05, de autoria do Ver. João Carlos Nedel, que
concede Comenda Pedro Weingärtner à Senhora Dilva Inez Camargo.
Pareceres:
- da CCJ. Relator Ver. Ibsen Pinheiro: pela inexistência de óbice de
natureza jurídica ao Projeto;
- da CECE. Relator Ver. Sebastião Melo: pela aprovação do Projeto.
Observação:
- incluído na Ordem do Dia em 25-04-05.
O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): Em discussão o PR nº 048/05. (Pausa.)
Não há quem queira discutir. Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o
aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO
pela unanimidade dos presentes.
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: autor e bancadas/05
minutos/sem aparte)
PROC.
N.º 0811/05 - PROJETO DE RESOLUÇÃO N.º 058/05, de autoria do Ver. Mauro Zacher, que
concede o Prêmio Não às Drogas à Fundação Thiago de Moraes Gonzaga.
Pareceres:
- da CCJ. Relator Ver. Márcio Bins Ely: pela inexistência de óbice de
natureza jurídica ao Projeto;
- da CECE. Relatora Ver.ª Manuela d'Ávila: pela aprovação do Projeto.
Observação:
- incluído na Ordem do Dia em 25-04-05.
O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): Em discussão o PR nº 058/05. (Pausa.)
Não há quem queira discutir.Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o
aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.
Visivelmente
não há quórum.
Estão
encerrados os trabalhos da presente Sessão.
(Encerra-se
a Sessão às 19h05min.)
* * * * *